Duas mulheres vivem o confinamento e o estado de emergência, mergulhadas nos seus pensamentos, dúvidas e ansiedades. Entre as tarefas do dia a dia, as horas são pautadas pela tentativa de encontrar propósito numa vida agora suspensa e pela procura de conforto na normalidade de algumas rotinas, face às incertezas do presente e dos possíveis cenários do “depois da pandemia”.
Cláudia Lázaro trabalha, atualmente, como atriz e criadora no projeto À Barca – Teatro do Bolhão, no Porto. Anabela Calatroia vive em Évora, onde desenvolve a sua atividade profissional nas áreas da pintura, desenho, instalação e intervenção na paisagem.
SOBRE O RHI-STAGE
Uma consequência desta era de confinamento forçado foi a profusão de “espetáculos” e da presença de artistas online. Agora esse movimento global está a organizar-se e tenta-se que seja mais justo. Foi a pensar nisso que Ana Ventura Miranda, fundadora do Arte Institute, em Nova Iorque, lançou a plataforma (e app) RHI-Stage. As iniciais referem-se a Revolution, Hope e Imagination – revolução, esperança e imaginação.
Cada utilizador pode pagar o que entender depois de assistir a espetáculos e a apresentações. O projeto (uma parceria com a VISÃO) alarga-se a várias artes. Ana resume-o assim: “É uma ferramenta que ajuda os artistas profissionais que estão neste momento a fazer espetáculos gratuitos em várias plataformas digitais e não têm forma de serem pagos. Não é um donativo, é um pagamento pelo trabalho dos artistas.”
Além de música, haverá também cinema, literatura e artes visuais. Mais informação em www.rhi-think.com.