1. “Parasitas”, de Joon-ho Bong
Com um argumento perfeito, tão habilmente construído que todos os pormenores encaixam na perfeição, Parasitas é um filme com várias camadas de interesse e de leitura. Não há pontas soltas nem portas que se abram sem se fecharem depois. Estamos perante a camada mais baixa da sociedade urbana sul-coreana. Um casal com dois filhos jovens, todos desempregados, que recorrem a pequenas falcatruas para sobreviver. Contudo, o realizador Joon-ho Bong, que gosta de enredos bem construídos e atraentes, não se foca demasiado no realismo social. Depois da Palma de Ouro em Cannes, e de continuar em exibição meses após a sua estreia, Parasitas foi nomeado em seis categorias pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.
2. “1917”, de Sam Mendes
Sam Mendes imaginou um filme que acompanha a jornada de um herói naquela que foi a última grande guerra de infantaria e provocou cerca de 20 milhões de mortos. Com uma estrutura narrativa que se aproxima de O Resgate do Soldado Ryan (Steven Spielberg, 1998) e uma forma de filmar que lembra os modernos jogos de computador, dando a ilusão de que tudo é feito em apenas um plano-sequência, 1917 é mais espetacular do que realista e constrói-se de forma suficientemente empolgante para deixar o espectador preso ao ecrã. O filme tem 10 nomeações para os Oscars, a par de O Irlandês, de Marin Scorsese, e Era Uma Vez… Em Hollywood, de Quentin Tarantino.
3. “Mulherzinhas”, de Greta Gerwig
Mais conhecida como atriz e argumentista, Greta Gerwig (Lady Bird) realiza esta versão de Mulherzinhas, baseada não só no romance de Louisa May Alcott, mas também nas notas deixadas pela autora. O seu filme integra a lista dos candidatos ao mais cobiçado Oscar, o de Melhor Filme, e ainda a lista de Melhor Atriz (Saoirse Ronan), Melhor Atriz Secundária (Florence Pugh), Melhor Argumento Adaptado, Melhor Banda Sonora Original e Melhor Guarda Roupa.
4. “Joker”, de Todd Phillips
É o filme mais nomeado para os Oscars, em 11 categorias, e é o mais popular e o mais visto dos filmes em competição. Joker é quase perfeito – graças a Joaquin Phoenix – e apenas se lamenta o pós-clímax, um pouco esticado e confuso, que embrulha a natural fluidez. Só mais uma curiosidade: Todd Phillips é nomeado pela primeira vez como realizador depois de o seu Joker ter arrebatado o Leão de Ouro do Festival de Veneza.
5. “Era Uma Vez… Em Hollywood”, de Quentin Tarantino
Tal como se previa, Quentin Tarantino não filmou exatamente um conto de fadas… Em Era Uma Vez… Em Hollywood, Brad Pitt e Leonardo DiCaprio encarnam um cinema desaparecido e cruzam-se no caminho de um acontecimento trágico de 1969. Depois dos Globos de Ouro, onde foi o filme mais premiado, Era Uma Vez… Em Hollywood soma 10 nomações para os Oscars.
6. “Dor e Gloria”, de Pedro Almodovar
Com vincados traços de autoficção, Dor e Glória é o melhor filme do realizador espanhol desde Tudo sobre Minha Mãe. Antonio Banderas brilha no papel de um realizador em luta com o seu passado e afirma aqui todo o seu talento e toda a sua versatilidade, contrariando os estereótipos a que foi submetido por Hollywood.