É pau, é pedra, é o fim do caminho? A Contextile 2018 – Bienal de Arte Têxtil Contemporânea contraria a clássica canção de Elis Regina, mostrando que a arte não é uma história construída exclusivamente com materiais tradicionais ou nobres, declinações de mármore, ferro, madeira. Guimarães veste outra camisola: a quarta edição da bienal dedicada à arte têxtil revela obras de mais de 200 artistas internacionais, em várias exposições, sob o tema (In)Organic.
Orgânica, tátil, eclética, imaginativa simbiose entre técnicas tradicionais e expressões contemporâneas, são atributos usuais da arte têxtil, a viver hoje uma grande vitalidade. No programa ambicioso da Contextile, destaque para as artistas convidadas: a norte-americana Ann Hamilton, cujo impressionante currículo tem sido tecido com instalações sensoriais de grande escala, apresenta agora Side-by-side, projeto site-specific criado para Guimarães que propõe um questionamento dinâmico entre espaços público e museológico – um “desenho à escala da cidade” estendido por quatro lugares simbólicos (Mercado, Plataforma das Artes, Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Sociedade Martins Sarmento); e a israelita Dvora Morag, que fará igualmente uma intervenção artística in situ, Between Heaven and Earth, no Centro para os Assuntos da Arte e da Arquitetura.Outras exposições traçam uma panorâmica da arte têxtil na atualidade: uma mostra internacional que reúne 59 obras de 52 artistas (selecionados entre 630) oriundos de 40 países estará patente no Palácio Vila Flor; e Fiber Art Fever, mostra sobre a arte têxtil em França com 20 artistas. Há só que puxar o fio…
Contextile – Bienal de Arte Têxtil Contemporânea > vários locais de Guimarães > 1 set-20 out > grátis