
Pat “Mother Blues” Cohen, cantora norte-americana que, aos 61 anos, é uma encarnação do espírito original dos blues
Foram quase duas mil pessoas, as que em 2017 se deslocaram ao Palácio de Cristal para a primeira edição deste festival dedicado aos blues. Um género que, mesmo sem o sabermos, influencia muita da música que ouvimos – é não só o pai do rock como também o avô, o tio e o primo de quase todos os estilos musicais nascidos no século XX, sejam eles o jazz, a soul e mesmo a pop. É este legado único que o Porto Blues Fest celebra, juntando músicos de variadas latitudes que têm em comum esta mesma raiz, oriunda do delta do Mississípi algures no final do século XIX.
Os primeiros a subir ao palco, nesta sexta, 18, são os North South Blues Connection, projeto de António Casado (guitarra), João André (baixo), Hugo Danin (bateria) e do também líder dos The Black Mamba, Tatanka (voz e guitarra), que junta músicos do Porto e de Lisboa. A seguir, chega Pat “Mother Blues” Cohen, cantora norte-americana que, aos 61 anos, é uma encarnação do espírito original dos blues. Pat foi uma das figuras maiores dos palcos de Nova Orleães, onde atuava seis noites por semana, em vários locais, incluindo o mítico House of Blues, até que em 2005 o furacão Katrina lhe destruiu a casa, obrigando-a a mudar-se para a Carolina do Norte, onde recomeçou a cantar. Já no sábado, 19, a noite começa ao som dos espanhóis Chino & The Big Bet, um dos mais ativos representantes da cena blues de Barcelona, em que a sua inconfundível slide guitar é já um clássico. Para fechar, a melhor banda de blues nacional, como há muito é apelidada, a Budda Power Blues, que aqui atua com dois convidados de peso: a cantora Maria João e, a jogar em casa, Pedro Abrunhosa.
Porto Blues Fest > Jardins do Palácio de Cristal > R. de D. Manuel II, 282, Porto > T. 22 209 7000 > 18-19 mai, sex-sáb 22h > €20 a €25 (passe)