O convite foi lançado há dias a toda a comunidade: participar no ensaio do espetáculo que, esta quinta-feira, 3, às 21h, abre o festival Mel – Piquenique das Artes (nome inspirado na riqueza e na produção colaborativa do alimento). Não foram adiantados muitos pormenores, apenas se referia a presença do projeto musical Chulada da Ponte Velha, que recupera o repertório tradicional da chula, e de um professor de dança para ensinar os passos básicos deste estilo. Mas o desafio já enunciava muitos dos propósitos da primeira edição do festival famalicense, desde o cruzamento de disciplinas artísticas à participação comunitária. O programa, desenhado pelas associações Elogio Vádio e Fértil Cultural, é marcadamente familiar e muito variado.
No teatro apostou-se no público infanto-juvenil. Haverá espetáculos para a primeira infância, como os monstrinhos do Papim Papa Palavras (para bebés) e as lendas de mouras encantadas e seres fantásticos do Bzzzoira Moira, e para maiores de seis anos, como o Eu é que Conto, inspirados nos contos universais e portugueses. Os concertos abrangerão muitos estilos, com grupos como os Budda Power Blues, Samba Sem Fronteiras, Eixo do Jazz, Fogo Fogo, Les Saint Armand ou os músicos argentinos Lucas Caballero e Florencia Paz. Haverá ainda um espetáculo de dança, The Zotagnas, pela companhia Aygafrik Dance, e oficianas dedicadas ao corpo e à voz.
O palco de todas as iniciativas será o Parque da Devesa, o espaço verde por excelência de Vila Nova de Famalicão. São cerca de 27 hectares, atravessados pelo rio Pelhe e reflorestados com espécies autóctones, por onde se passeiam coelhos, ouriços-cacheiros, patos e muitos outros bichos. De sexta a domingo, existirão duas visitas guiadas diárias (às 10h e às 11h) pelo parque, com uma vertente de educação ambiental. Ao almoço e ao jantar, hão de estender-se sempre mantas na relva para os piqueniques.
Mel – Piquenique das Artes > Parque da Devesa, Vila Nova de Famalicão > 3-6 ago, qui 19h-21h, sex-sáb 10h-24h, dom 10h-22h30 > grátis