Terá um início bem sonoro, com os bombos do agrupamento Tocá Rufar a anunciar a oitava edição do Festival de Coimbra numa arruada pela cidade, que começará este domingo, 17, às 16h, junto à câmara municipal de Coimbra, e terminará já na Quinta das Lágrimas, onde ficará instalado o palco principal. Pouco depois, às 19h, será a vez do recém-inaugurado Convento São Francisco (também na margem esquerda do Mondego) acolher o concerto Dois Grandes Inovadores, pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, com música de Mozart e Beethoven. Um exemplo dos Pioneiros, na Ciência e na Cultura, que serão o tema deste festival. “O número 8 é o símbolo do infinito e são os pioneiros que, geração após geração, vão fazendo avançar o Mundo e assegurando o futuro da Humanidade”, sustenta José Miguel Júdice, presidente da direção do Festival das Artes, organizado pela Fundação Inês de Castro, com o apoio da câmara municipal de Coimbra.
A música, clássica e contemporânea, terá a maior fatia da programação. Três formações jovens marcam presença: a Orquestra Estágio Gulbenkian, dirigida pela maestrina Joana Carneiro (dia 28), com a 5ª Sinfonia de Chostakovitch; a Orquestra Jovens da Turquia (dia 29), com peças de Bartók; e a Orquestra de Jovens do Canadá (dia 30), com a 5ª Sinfonia de Prokofiev. Destaque-se também o concerto Vanguardistas do Piano (dia 27), interpretado pelo premiado pianista Evgeni Bozhanov, e o concerto Pioneiros Nacionais e a Quinta, com Mário Laginha e a Orquestra Gulbenkian (dia 26). Haverá ainda duas estreias absolutas: a peça Concertino de Primavera para oboé e orquestra de cordas (dia 21), do compositor Sérgio Azevedo, com a Orquestra Clássica do Centro; e Jazz Wonders Suite (dia 25), obra tocada pelo CPJazz Collective.
No que diz respeito ao ciclo de Teatro, dia 22 haverá a estreia de Palavras que Mudaram a Humanidade, um recital interpretado por Diogo Infante, com excertos de alguns dos discursos mais inspiradores da nossa História. Já no Ciclo de Artes Plásticas, sobressaem três exposições: O Tesouro da Rainha Santa Isabel, patente no Museu Nacional Machado de Castro; Bohemia – Vida e Morte no Chelsea Hotel, da fotógrafa Rita Barros, retratando o quotidiano desse mítico hotel de Nova Iorque de 1987 a 2014, patente no Edifício Chiado; e Ex-Libris Vandelli, uma mostra que recria os gabinetes do naturalista italiano, em vários espaços da Universidade de Coimbra.
No Ciclo de Cinema, serão exibidos três filmes que foram um marco na sua época: La Jetée, de Chris Marker; O Lírio Quebrado, de D.W. Griffith; e Aguirre, a Cólera dos Deuses, de Werner Herzog. O Serviço Educativo também terá uma agenda preenchida ao longo do festival. Por último, o jantar 2 Estrelas Michelin Cruzam o Atlântico, no restaurante do Hotel Quinta das Lágrimas, no dia 20, um dueto entre o Eleven de Lisboa e o do Rio de Janeiro, ambos liderados pelo chef Joachim Koerper. A mostrar que também há arte na cozinha.
Festival das Artes > Jardins da Quinta das Lágrimas > R. António Augusto Gonçalves, Coimbra > T. 91 810 8232/ 91 306 0516 > 17-31 jul > Ciclo da Música e das Artes do Palco €10 a €15, Ciclo da Gastronomia €45, Ciclo de Cinema €2