A última vez que os espectadores viram June Osborne (Elisabeth Moss), há cerca de dois anos, o seu destino estava mais uma vez em perigo. Depois de não ter conseguido salvar a filha Hannah – raptada e mantida prisioneira por um comandante e a sua esposa – e o marido Luke (O.T. Fagbenle) ter sido detido, June entra num comboio rumo a Vancouver, como refugiada americana no Canadá – quanto mais longe de Toronto ou de Boston, melhor.
Na temporada final da adaptação televisiva de Bruce Miller de The Handmaid’s Tale, romance homónimo da escritora canadiana Margaret Atwood de 85 anos, June terá agora como companheira de viagem a mulher que permitiu que fosse violada, a improvável Serena Waterford (Yvonne Strahovski), também ela com o filho recém-nascido nos braços. Alasca será o fim da linha para June, onde tem um reencontro inesperado; Canan, uma comunidade no Canadá onde só moram mulheres e crianças, o novo poiso para Serena.
Tudo isto por pouco tempo, pois a antiga serva não descansa enquanto não resgatar a sua filha adolescente – para que não seja obrigada a viver a sua própria história de procriação forçada. Nova Belém, uma ilha modernizada para onde podem regressar os refugiados de Gilead, a teocracia patriarcal totalitária que governa a maior parte do território que pertencia aos antigos Estados Unidos continentais, aguarda a liderança de Serena.
Na série, esta não é uma boa altura para ser americano refugiado no Canadá e a pergunta impõe-se num dos primeiros episódios: “Queremos voltar a acolher traidores, criminosos e terroristas?” “Com muros erguidos e fronteiras fechadas o país morre”, responde-se.
Para seguir os novos dez episódios (os três primeiros estrearam-se no dia 8 no TVCine+, o canal de streaming dos TVCine), não nos esqueçamos de que numa luta todos se tornam sanguinários e qualquer mãe é mais forte do que um soldado.
The Handmaid’s Tale > TVCine Edition e TVCine+ > Estreia 16 abr, qua 22h10 > 10 episódios, um novo por semana