Depois da estreia auspiciosa d’ A Guerra dos Tronos: A Casa do Dragão, consolidada numa audiência de dez milhões de espectadores, só na primeira noite de exibição na HBO, conseguirá O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder superar a fasquia da concorrente direta? Para quem quer angariar mais subscritores, apresentar a obra épica de J.R.R. Tolkien a uma nova geração pode não ser tarefa fácil.
Para fazer este spin-off, que regressa às origens da história nunca antes abordadas nos seis filmes de Peter Jackson (vencedores de 21 Oscars), a Amazon de Jeff Bezos dispôs-se a gastar perto de mil milhões de euros na sua produção, a mais cara de sempre da história da televisão, incluindo acordo de direitos, produção e marketing por cinco temporadas.
O projeto teve início, em 2017, com a compra dos direitos de autor de J.R.R. Tolkien. A série passa-se na Segunda Era da Terra Média – ou seja, 3 500 anos antes da Terceira Era, em que se desenrolam as aventuras de Hobbit e d’ O Senhor dos Anéis – e por isso personagens familiares como Gandalf ou Bilbo Baggins não estão de regresso. Mas Galadriel (Morfydd Clark) anuncia que Sauron voltou, com imagens de uma multidão de orcs ajoelhada diante de uma figura misteriosa. Quem interpretará o vilão, que agora ganha um corpo humano, continua a ser segredo muito bem guardado.
A forja dos 20 anéis do poder, a ascensão de Sauron, a queda da ilha de Númenor e a última aliança entre elfos e homens dão rumo à narrativa, antes de Bilbo Baggins abandonar o condado e deixar o anel a Frodo.
Os produtores John D. Payne e Patrick McKay, figuras emergentes no meio, inspiraram-se nos seis livros da saga, mais os apêndices com pormenores sobre o passado da Terra Média. Ambos sabem que as diferenças criativas serão analisadas à lupa e que a tentação para comparar a série às longas-metragens, responsáveis por tornar a fantasia um género mainstream, é grande.
O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder > Prime Video > Estreia 2 set, sex > 8 episódios, um por semana