Estreou no sábado passado, 23, a nova série documental No Trilho dos Naturalistas, sobre as explorações botânicas de naturalistas e botânicos da Universidade de Coimbra (UC) às ex-colónias, desde o século XVIII até ao século XX. O projeto da responsabilidade da mais antiga universidade do País, coordenado pelo diretor do Jardim Botânico da UC, António Carmo Gouveia, começou com o documentário sobre Moçambique, realizado por João Nicolau, mostrando quatro dos ecossistemas mais relevantes do território: o mangal, os prados de ervas marinhas, os inselbergs e a floresta de miombo.
Neste sábado, 30, segue-se Angola, pelo olhar de André Godinho. Este segundo documentário retrata a viagem, em 1927, de Luís Wittnich Carrisso, botânico e professor da Universidade de Coimbra a Angola para estudar a flora e recolher plantas para o Herbário de Coimbra. Dez anos mais tarde morre no deserto do Namibe, onde cerca de 80 anos antes Frederico Welwitsch encontrara a Welwitschia mirabilis, uma planta até então desconhecida para a ciência.
As Viagens Philosophicas (6 ago), filmadas por Susana Nobre que, além de realizadora, também é produtora executiva da Terratreme, responsável pela produção da série, têm como fio condutor enquadrar o desenvolvimento da ciência moderna em Portugal, impulsionada pelo Marquês de Pombal e traduzida na realização das expedições filosóficas portuguesas no final do século XVIII.
A dupla de realizadores Tiago Hespanha e Luísa Homem assina o episódio dedicado a São Tomé (13 ago) onde, através da exploração feita pelo naturalista Adolfo Frederico Moller, em 1885, se conhece a complexidade do ecossistema da ilha sobre a linha do Equador. Ficam a faltar outras ex-colónias, como Guiné-Bissau, por exemplo. Destinos, quem sabe, para uma segunda temporada.
No Trilho dos Naturalistas > 30 jul, 6 e 13 ago, sáb 20h