1. Guimas
O icónico Guimas, bistrot carioca fundado no bairro da Gávea, em 1981, atualmente nas mãos de uma das famílias fundadoras, os Mascarenhas, tem desde outubro um irmão em Cascais. Com Domingas Mascarenhas ao leme e a tia Cláudia na cozinha, serve moquequinha de peixe, arroz de coentros e farofa de dendê, picadinho de lombo, filé da casa, pato da fazenda e outras especialidades que fazem parte da sua história. O ambiente é familiar e tudo o resto ficou quase igual ao Guimas original: o balcão de madeira, as bandeiras feitas pela família e os desenhos dos clientes com os quais decoram as paredes. “Até os funcionários se vestem de igual, com chino bege, camisa azul e uma gravata engraçada”, diz a sorridente Domingas, convidando “todo o mundo” a ir conhecer este Guimas. R. Freitas Reis, 24 > T. 93 645 4497 > ter-sáb 17h-20h, dom 12h-18h
2. The Craft Company Café
Das agulhas às lãs, do fio para bordar aos acessórios de costura, tudo se encontra na The Craft Company. A funcionar desde 2015, a loja de Alexandra Egreja cresceu e, em outubro, abriu uma casa de chá na porta ao lado. “Queremos proporcionar uma experiência diferente, já que comprar lãs e fios demora o seu tempo”, diz Alexandra. Entre móveis antigos e louça de família, toma-se um chá da Companhia Portugueza do Chá, com scones, compota e manteiga ou com uma fatia de bolo de maçã. Também há empadas, tostas em pão de massa mãe, sopa e quiche, para um almoço leve. Embora não sejam confecionados na casa, tudo é caseiro e saboroso. Pç. Dr. Francisco Sá Carneiro, 4A > T. 92 686 8813 > ter-dom 9h-19h
3. Holy Wine
Em Cascais, não havia nada dedicado aos vinhos naturais com petisco à mistura. A cara do projeto é Anna Ivanova, que sempre gostou deste tipo de vinhos. Quando surgiu a oportunidade, ficou com o Holy Wine, que já tinha uma loja em Lisboa, e abriu esta. A carta tem referências nacionais e algumas estrangeiras, mas não é fixa, “para que se possa ir experimentando coisas diferentes”. Qualquer vinho, seja tinto, rosé, branco, espumante ou vinho laranja, é servido a copo (a partir de €6). Duas vezes por mês há prova de vinhos e ao fim de semana serve-se brunch. R. Afonso Sanches, 21 A > seg-sex 16h-22h, sáb 13h-22h, dom 13h-21h
4. Residente
Comer ou beber a qualquer hora do dia é o lema do Residente. De portas abertas desde novembro, na Rua Amarela, tem na esplanada o cartão de visita e uma sala interior ampla e confortável com grandes vidraças para a rua. À mesa podem chegar um café de especialidade (têm uma máquina de torra, e o café está disponível para levar para casa), um cocktail de autor, um sumo natural ou uma panqueca. Conte-se também com um risoto de abóbora e gorgonzola, para o almoço, ou um magret de pato com gnocchi caseiro, para o jantar. R. Alexandre Herculano, 114A > T. 93 803 8991 > seg-dom 9h-24h
5. Chalet Ficalho
Escondido atrás da Casa das Histórias Paula Rego, foi transformado numa guesthouse de charme, com sete quartos e duas suítes com vista sobre o jardim, inspirado no Jardim Botânico de Lisboa, do qual o conde de Ficalho foi fundador. Há ainda um terraço, ideal para beber um chá ou ler um livro. O projeto de restauro, feito por artesãos de vários ofícios, venceu o Prémio Vilalva da Fundação Gulbenkian em 2023. Av. Emídio Navarro, 211 > T. 92 751 3816 > a partir de €250
6. Souldough Pizza
As verdadeiras pizzas napolitanas (daquelas com o rebordo alto) servem-se na Souldough, a pizzaria que passou por Colares e Ericeira e se instalou na guesthouse Legasea, no centro de Cascais. São feitas com massa de fermentação lenta; os queijos, a farinha, o molho de tomate vêm de Itália; os vegetais são portugueses. A pizza mais barata é a Margherita (€11,50) e a mais cara é a Pesto Heaven (€16), com um pesto vegan divinal, para comer à mão (sim, não há talheres) nas várias salas, no pátio ou no terraço. I.B. R. Nova da Alfarrobeira, 5 > T. 91 253 8573 > ter-qui 18h30–22h30, sex 12h30-15h, 18h30–22h30, sáb-dom 12h30-22h30
7. Mana
As pinsas vêm da época romana e são antecessoras da pizza. Com uma massa feita de farinha de trigo, arroz e soja, provam-se agora no Mana, dos sócios Luís Telles da Silva, Francesco Galletti e Miguel Lino, proprietários dos vizinhos Taberna Clandestina e Cantina Clandestina. “Queríamos crescer, mas fazer diferente. Inspirámo-nos na figura feminina para o nome e decoração, e na carta apostámos na cozinha mediterrânica.” Às pinsas, servidas com vários ingredientes, juntam-se sugestões como os biqueirões fritos, o aromático fateh de borrego, o risoto de camarão ou o magret de pato, confecionados sob a supervisão da chefe Inês Brigantim. Para acompanhar, há cocktails de autor, como o Bibi Sour. Irreverente, o Mana foi decorado com intervenções do artista urbano Francisco Camilo, incluindo o desenho de uma estação de metro junto às casas de banho. Tv. dos Navegantes, 13 > T. 91 566 9206 > qui-dom 12h-16h, 18h-23h, qua 18h-23h
8. 88
O frango recheado com camarão é uma especialidade da cozinha cantonesa. Com a pele estaladiça e um recheio de camarão, porco, frango e raiz de lótus, que lhe dá crocância e um sabor exótico, este prato serve-se no novo 88, restaurante dedicado à gastronomia típica do Sul da China, fundado por Seong Peng Ho, empresário de Hong Kong. Aqui, não há dragões, cores fortes ou dourados, mas materiais nobres, como o veludo e a madeira. É neste ambiente que se convida a provar sugestões autênticas de uma cozinha chinesa mais leve e fresca, como a beringela na panela à Cantão, os bolinhos de taro (inhame) ou pratos de marisco e peixe (alguns por encomenda). Al. dos Combatentes da Grande Guerra, 230 > T. 21 870 0886 > seg-dom 12h-15h, dom-qui 18h30h-22h30, sex-sáb 19h-23h
9. DCigars
Neste cigar lounge, tudo gira à volta do charuto. Há mais de meia centena de referências à venda, feitas em Cuba mas também na República Dominicana, Nicarágua ou Honduras, guardadas numa sala climatizada, para que se mantenham no ponto ótimo de consumo. O ritual de acender e fumar pode demorar horas, porque um charuto é para degustar, dizem os entendidos. No DCigars, quem fuma encontra quem lhos prepare e até pode alugar um cacifo para os guardar. Quem nunca fumou pode aprender a fazê-lo. Aos charutos junta-se uma carta de bebidas, onde não faltam whiskies, conhaques e outras bebidas. Marina de Cascais > seg-dom 16h-22h
10. Café Joyeux
O edifício Casa das Riscas, na baía de Cascais, é um Café Joyeux. Abriu em julho e é um dos quatro cafés-restaurante-escola solidários e inclusivos em Portugal, dinamizados pela Associação VilacomVida. No Joyeux, um sorriso é sempre certo e a alegria, garantida. Junte-se um café preparado com o blend especial da casa, uma cookie ou um brownie confecionados pelos funcionários, pessoas com dificuldades intelectuais e de desenvolvimento, e a visita só melhora. No interior ou na esplanada, provem-se as sugestões do menu da semana (tem sopa, salada, quiche, prato, sobremesa e sumo), o croque monsieur ou a francesinha. Tv. de Santa Catarina, 3 > T. 21 484 1422 > ter-dom 8h30-19h
11. Bossa
Desenhada a azul e branco, com muitas riscas e plantas a pontuar o cenário, a esplanada do Bossa destaca-se entre as demais na Marina de Cascais, e é para aproveitar o ano inteiro. O restaurante, com assinatura de Viviane Rocha (responsável por projetos como a Confraria ou o Vela Latina), abriu em meados de junho de 2023 e tem uma carta inspirada na gastronomia brasileira, mas inclui outros sabores. Aberto o dia inteiro, serve o típico café da manhã brasileiro, com pão na chapa, tapioca e queijo de Minas, brunch (todos os dias) e pratos como o spaghetti nero com frutos do mar e polvo no forno com batata assada. Quem é fã do Brasil vai gostar de saber que, às quintas-feiras, há roda de samba a partir das 19h e, aos domingos, feijoada à brasileira. O melhor é reservar, porque o Bossa costuma encher. Marina de Cascais > T. 21 484 2391 > seg, qua-sáb 9h-24h, dom 9h-18h
12. Edifício do Relógio
É uma espécie de galeria de lojas, que ocupa o rés do chão do conhecido Edifício do Relógio, a meia dúzia de passos da câmara municipal. No interior, sala a sala, qual matrioska, descobre-se a nova Organii (com cosmética biológica), os acessórios e roupa de homem d’A Indústria e as joias de Helena Lopes Cardoso. Há ainda a Papua, com os seus fatos de banho e vestuário e acessórios multimarca e, por fim, os objetos decorativos e roupa feita à mão da Saints at Sea. Também o Niccolò, a marca de chocolate artesanal feita com grãos de São Tomé e Príncipe, abriu aqui um café. Tudo com uma curadoria cuidada e várias portas abertas para a rua. Pç. 5 de Outubro, 75 > seg-dom 10h30-14h, 14h30-19h
13. Bougain
O nome deste restaurante homenageia as buganvílias do boutique-hotel The Pergola House, um dos edifícios mais icónicos de Cascais, onde está inserido. Aqui a aposta é na cozinha clássica portuguesa, francesa e italiana, sem inventar a roda. Por esta altura, Diana Roque, a chefe de cozinha, dá destaque a sabores que confortam: sopa de cebola gratinada, lombo de garoupa selada com puré de couve-flor e azeite de endro, arroz de pato e enchidos e bife Wellington. Também o jardim ganhou novas coberturas e aquecedores para o frio. I.B. Av. Valbom, 13 > T. 91 476 8826 > seg-dom 12h30-15h, 19h-23h
14. Artsy Cascais
A história da vila cruza-se com a arte urbana no hotel Artsy Cascais, inaugurado em meados de 2023. Como? O artista Vhils desenhou uma gigantesca peça em pedaços de betão, ligados à estrutura original de um palacete de finais do século XIX, exemplo perfeito da arquitetura de veraneio, a poucos metros da baía de Cascais. Tem 19 quartos e suítes de várias tipologias, arquitetura de Pedro Gomes Fernandes e decoração de interiores de Marta Carreira, a lembrar os tons das praias da vila. Há arte espalhada nas paredes e um restaurante gastronómico com consultoria do chefe Daniel Estriga, o Art, onde os pratos são de partilha e os cocktails estão em destaque. M.C.B. Av. Dom Carlos I, 246 > T. 21 013 2390 > a partir de €173