1. Viajar num comboio a vapor
Esta viagem no tempo atravessa a paisagem deslumbrante do Douro vinhateiro. Com uma locomotiva a vapor de 1925 e cinco carruagens de madeira do início do século XX, o comboio histórico circula aos sábados, domingos e, este ano, também às quartas na linha do Douro, entre as estações da Régua (Vila Real) e do Tua (Bragança), com uma paragem no Pinhão, onde se podem admirar os painéis de azulejos que contam a história da região. Um cálice de vinho do Porto, rebuçados da Régua e moscatel de Favaios são algumas das ofertas incluídas na viagem de três horas. Estação da Régua > até fim out, sáb-dom, qua 15h30 > €49 (adultos); €25 (crianças) > reservas em cp.pt
2. Ver peixinhos na Arrábida
No Portinho da Arrábida, junto ao restaurante Galeão, encontram-se as pranchas de SUP transparentes da Seatru. A novidade, única na região, deixa ver o fundo marinho, peixinhos, algas e estrelas-do-mar como se estivéssemos dentro de água. Quem experimenta vem de olhos arregalados, asseguram os amigos Marcelo Almeida, João Nozes e Paulo Duarte, responsáveis pela empresa, que além do aluguer do equipamento, organiza um passeio pela costa das praias vizinhas com direito a mergulho com máscaras de snorkeling. Portinho da Arrábida, Setúbal > seatru.pt@gmail.com > Kayak: €20 (30 min), €30 (1h), Sup: €15 (30 min), €25 (1h); Clear Kayak Experience €45
3. Percorrer as escarpas da Maceira
Com pouco mais de um quilómetro de extensão, os passadiços das Escarpas da Maceira são, na verdade, uma porta de entrada para uma aventura muito maior, capaz de levar o caminhante a percorrer algumas das paisagens mais deslumbrantes e melhor preservadas do Oeste. Isto porque o caminho de madeira, que liga a Maceira às praias de Porto Novo e de Santa Rita, tem também uma ligação direta a uma série de outros trilhos que, nos últimos anos, foram ali desbravados pelos organizadores de uma prova de trail, sempre com um grande respeito pela natureza. A pé ou de BTT, pode-se, assim, subir as escarpas e admirar o longo vale aberto, há milhares de anos, pelas águas do rio Alcabrichel. Em alguns momentos, para os mais aventureiros, há cordas instaladas para ajudar a ultrapassar obstáculos, mas também, desde há poucos meses, um novo miradouro, de fácil acesso, no monte do Pitagudo – de onde se obtém uma vista magnífica. No final, nada melhor do que um bom mergulho em qualquer uma das praias, com a visão das Berlengas ao fundo. R.T.G. Maceira, Torres Vedras
4. Um dia no São Lourenço do Barrocal
A nova carta de almoço do restaurante principal, pensada para partilhar, ou as refeições no Hortelão, ao ar livre junto à piscina, podem ser uma das razões que nos levam ao São Lourenço do Barrocal, sem ter de lá pernoitar. Neste hotel rural de luxo, a cinco minutos de Monsaraz e do Alqueva, há muito mais para se fazer num dia: provas de vinhos ou de azeite, massagens, piqueniques, descobrir o ciclo do mel ou aulas de volteio. Na loja, há vinhos, compotas feitas na herdade, conservas de peixe do rio e outras lembranças. EN514, Reguengos de Monsaraz > T. 266 247 140 > a partir de €20
5. Aventurar-se na Ponte Arouca
Encaixada entre duas encostas rochosas do rio Paiva, junto aos passadiços, a estrutura de aço e os dois blocos de betão podem ser vistos de longe. Inaugurada em 2021, a Ponte 516 Arouca, com 516 metros de comprimento e uma altura de 175 metros, é uma das maiores pontes pedonais do mundo. Dali observa-se a magnífica panorâmica sobre a garganta do Paiva e a cascata das Aguieiras a cair pela encosta. Uma sensação de liberdade, a valer bem o friozinho na barriga, com hora marcada e bilhetes adquiridos antecipadamente. Entradas em Alvarenga ou Canelas, Arouca > T. 256 940 258 > 8h-20h > €12, €10 (7-17 anos, maiores de 65 anos), bilhete família a partir €30 (dois adultos + criança) > Reserva de bilhetes em 516arouca.pt
6. Mergulhar na nova praia fluvial do Alentejo
Antes da ida a banhos, faça-se uma paragem no passadiço de madeira que dá acesso ao areal. Dali tem-se a melhor vista da nova praia fluvial de Albergaria dos Fusos, em Cuba, integrada no projeto do Ecopark do Alentejo Central. Os chapéus de sol de colmo intercalam com o montado de sobreiros e azinheiras e um espelho de água a perder vista com piscina flutuante. Os mais ativos contam com campo de futebol, voleibol e andebol de praia, centro náutico com caiaques e pranchas de SUP e uma torre de observação de aves. Antes do regresso a casa, saberá bem uma bebida fresca na esplanada do bar/restaurante. Barragem de Albergaria dos Fusos, freguesia de Vila Ruiva e Albergaria dos Fusos, Cuba > vigiada
7. Passear de jipe no Gerês
O único parque nacional português pode (e deve) ser percorrido a pé, mas a vantagem de o fazer à boleia de um dos jipes da empresa Gerêsmont é a possibilidade de intercalar o alcatrão com estradas de terra batida. Durante quatro horas, atravessam-se carvalhais na Mata da Albergaria, avista-se a Barragem de Vilarinho das Furnas, fazem-se paragens em miradouros com paisagens de abrir a boca de espanto e, com sorte, ainda se observam cabras e cavalos garranos em liberdade. Um passeio pela Natureza. Gerêsmont, Av. Manuel Francisco da Costa, Gerês > T. 91 961 7773; 253 391 360 > a partir €30 (meio dia)
8. Jantar debaixo de uma oliveira
Os jantares Oliveira Velha acontecem ao ar livre sob o céu alentejano e debaixo de uma oliveira milenar. O próximo será no dia 30 de setembro e, tal como os anteriores, há de cruzar o azeite Amor é Cego e a sua história com a cozinha de Francesco Ogliari, do restaurante Tua Madre, em Évora. À mesa chegam pratos de raiz italiana feitos com produtos alentejanos, locais e sazonais, acompanhados por vinhos de baixa intervenção. Antes, dá-se um passeio pelo olival tradicional de sequeiro deste monte alentejano e uma prova de azeite, do mais genuíno que se faz na região. Monte da Oliveira Velha, Azaruja, Évora > T. 96 011 7714, 92 428 1551 > €140 (menu de degustação com cinco momentos e bebidas incluídas)
9. Banhos na cascata da Cabreia
Pequeno paraíso envolvido por uma vasta vegetação, a cascata da Cabreia, na freguesia de Silva Escura, em Sever do Vouga, é uma belíssima queda de água, com cerca de 25 metros de altura, formada pelas águas do rio Mau, que nasce na serra do Arestal. Em dias de calor, não há como resistir a um banho na lagoa formada na sua base. Em redor, há um bosque de carvalhos, loureiros e azevinho a convidar a passeios e momentos de contemplação, sem perder de vista (e de ouvido) as águas cristalinas. Surpreendente é ainda a rede de pequenos percursos, circulares, que ali se iniciam. Parque de Lazer da Cabreia, Silva Escura, Sever do Vouga
10. Dormir no rio Zêzere
Ancorada em frente à Aldeia do Xisto de Álvaro, no espelho de água que o Zêzere aqui forma, a Floating Álvaro alia o alojamento a passeios no rio e a outras atividades náuticas. Com seis metros de largura e 14 de comprimento, esta casa flutuante dispõe de pátio térreo, deck de madeira, terraço panorâmico com grelhador, dois quartos, casa de banho, kitchenette e uma sala de estar espaçosa, rodeada de janelas panorâmicas que se abrem na totalidade. Disponibiliza WiFi e sistema de ar condicionado para as tórridas tardes de verão e para as noites mais frias, não faltando sequer uma salamandra. M.J. Marina de Álvaro, Álvaro, Oleiros > T. 96 776 3564 > floatingalvaro.com > €130/noite (máximo seis pessoas)
11. Pedalar nos carris
Não se deixe enganar pelo sossego da antiga estação de caminho de ferro da Beirã, em Marvão, porque aqui há adrenalina a correr nas linhas. Neste ramal já não circulam comboios, mas passeia-se sobre os carris nos quadriciclos da Rail Bike Marvão. Nesta espécie de bicicleta adaptada, viaja-se a pedal sem ajuda mecânica e acompanhados por um guia. Os percursos (15 e 32 quilómetros) não são difíceis, mas há algumas subidas, o preço a pagar pela bonita paisagem que se descobre, entre a Beirã e Castelo de Vide, no Parque Natural da Serra de São Mamede. Estação Ferroviária da Beirã,Lg. da Estação, Beirã, Marvão >T. 91 298 7639 > €20 por pessoa (15 km), €45 (32 km)
12. Ver as gravuras do Côa no rio
Observar a arte rupestre a partir da água é a proposta do Museu do Côa. De caiaque e, este ano, também numa embarcação movida a energia solar, navega-se pelo rio Côa desde o cais da Canada do Inferno até às gravuras do Fariseu (4 km). Ao longo da viagem, observa-se a fauna (locais de nidificação de aves migratórias), a flora autóctone ripícola, as culturas da amêndoa e da vinha e, claro, as pinturas rupestres do Fariseu, onde foi descoberta a maior gravura do mundo ao ar livre: um auroque com três metros e meio. Aí chegados, é servido um piquenique com queijos, enchidos e vinho. Fundação Côa Parque, R. do Museu, Vila Nova de Foz Côa > T. 279 768 274 > até fim set, seg-dom 9h-14h30 > €40, menores de 12 anos €20
13. Ser apicultor em Mora
Esta é uma das propostas que a BeeBio, empresa produtora de mel biológico, disponibiliza em Cabeção, perto de Mora. Após uma pequena explicação sobre o mundo das abelhas, e vestido o fato, com luvas e chapéu, parte-se para junto das colmeias. No início, pode ser uma experiência desafiante, mas com o passar do tempo consegue-se facilmente conviver com elas em redor. Além da produção em Mora e em Bragança, a BeeBio tem uma loja em Lisboa. Cabeção, Mora > T. 21 840 0172, 93 624 1087 > €27 (inclui fato, degustação, seguro e uma lembrança)
14. A pé, de olhos no Tejo
Ao longo de dez quilómetros, entre Vila Nova da Barquinha e Constância, o Trilho Panorâmico do Tejo, inaugurado em fevereiro de 2022, pode ser percorrido a pé ou de bicicleta. Utilizado para provas de BTT e convertido num trilho com passadiços, pontes e miradouros, permite calcorrear as margens do rio Tejo, enquanto se aprecia a paisagem natural e os vários pontos de interesse da região, como o Castelo de Almourol, o Fluviário Foz do Zêzere ou a Igreja Matriz de Tancos. Vila Nova da Barquinha a Constância
15. Explorar a Mina de São Domingos
Mais parece que aterrámos na Lua quando chegamos à Mina de São Domingos, de uma beleza crua, feita de ruínas, águas ácidas e terra vermelha. Pode ser visitada livremente ou através de um circuito orientado com saída no “bairro dos ingleses”, que a dirigiam, e passagem pelo posto de polícia, oficinas ferroviárias, central elétrica e Casa do Mineiro, onde se mostra como viviam os trabalhadores. A visita termina nas fábricas de enxofre, já na Achada do Gamo, cenário perfeito para um filme. Corte do Pinto > T. 286 647 534 / 96 194 0458 > visita orientada €4, estudantes e maiores de 65 anos €2
16. Fazer stand up paddle no rio Minho
É no Jardim Bento Coelho, junto ao cais do ferry, em Caminha, que se alinham as pranchas de stand up paddle da MinhAventura. São três os programas disponíveis. Para iniciantes, que precisam de um local calmo para os primeiros treinos, o passeio deverá seguir até à foz do rio Minho ou até ao rio Coura (afluente do primeiro). Já para quem tem experiência de prancha e pagaia (remo), há um percurso de três horas pelas ilhas selvagens, de areia fina e branca, a jusante do rio Minho, marcadas pela biodiversidade e por lugares lindíssimos. R. Dr. Luciano Pereira da Silva, Caminha > T. 91 098 6232 > seg-dom 10h-19h > €25 a €35
17. Viver o Bairro da Vista Alegre
Ao entrar no Lugar da Vista Alegre, em Ílhavo, somos recebidos pela grande fábrica, onde há um museu a contar a história e a evolução estética da marca, e fica-se com a ideia da vida de bairro, construída em redor da Capela Nossa Senhora da Penha de França e do Teatro (1826), alvo de profundas obras que lhe mantiveram a traça antiga. Mais do que uma fábrica, este é um lugar único, onde ainda há pessoas a contar histórias antigas, três opções de alojamento e três lojas. Lugar da Vista Alegre, Ílhavo > T. 232 420 000 > seg-dom 10h-19h30 > €6 museu e capela
18. Admirar as Berlengas
A viagem de barco de Peniche até às Berlengas é motivo de prazer, mas também pode provocar enjoos, dependendo da ondulação do mar. Nada que não se ultrapasse quando se chega a este pequeno paraíso, classificado como Reserva Natural, de águas cristalinas, ideais para fazer mergulho. Após uma caminhada, com paragens no Forte de São João Baptista e para observar a flora e a fauna – aqui vivem colónias de falcão-peregrino, cagarras, rolas-do-mar, entre outras espécies –, vale a pena ficar a relaxar na Praia da Cova do Sonho, de uma beleza indescritível. Feeling Berlenga > T. 91 620 9659 > a partir de €15
19. De barco na Terramay
Na Terramay, propriedade de 562 hectares nas margens do Alqueva, na zona do Alandroal, pratica-se uma agricultura regenerativa, criam-se bovinos, cabras e patos e aproveita-se o cenário para desenhar programas de atividades que tiram partido disto tudo. Passar um dia na Terramay pode incluir um passeio a cavalo, uma visita guiada à herdade ou um passeio de barco, com partida do ancoradouro da propriedade, até ao Raya, o restaurante na Praia Fluvial das Azenhas d’El Rei. Na ementa, privilegiam-se os produtos da herdade. Rosário, Alandroal > T. 932 566 672 > a partir de €20
20. Visitar o Tibete português
No concelho de Arcos de Valdevez, a Aldeia de Sistelo, com apenas 270 habitantes, é conhecida como o Tibete português. A agricultura em socalcos (paisagem eleita Monumento Nacional), os carros de bois, os espigueiros comunitários, os moinhos e o casario típico do Minho fazem de Sistelo paragem obrigatória. Dali, vale a pena pôr os pés ao caminho e percorrer os dez quilómetros do Passadiço do Sistelo que atravessa os antigos trilhos da transumância e a Ecovia do Vez, entre os rios Lima e Vez. Sistelo, Arcos de Valdevez
21. Jogar na Quinta da Aveleda
Não nos enganamos se escrevermos que é o primeiro (e único) jogo de fuga desenhado entre oito hectares de jardins românticos e vinhas. Na Quinta da Alveleda, um dos maiores produtores da Região do Vinho Verde, o desafio é encontrar uma garrafa de 1870 da coleção privada da família Guedes. Um mapa, um relógio que vai contando os 60 minutos do jogo e um telefone é tudo o que se pode levar para ir desvendando as pistas. O melhor? A passagem por recantos menos óbvios destes belíssimos jardins e a diversão em família ou entre amigos (mínimo quatro pessoas). Quinta da Aveleda, R. da Aveleda, 2, Penafiel > T. 255 718 200 > seg-dom, reserva em aveleda.com > €15 (adultos), €7,50 (5-12 anos), menores 5 anos grátis
22. Percorrer os Passadiços do Mondego
Aberto em novembro de 2022, o percurso de 12 quilómetros pelas margens do rio Mondego e seus afluentes, na Guarda, leva-nos por dentro do Parque Natural da Serra da Estrela, permitindo atravessar zonas até agora inacessíveis, com levadas, cascatas e moinhos. Pelo meio, cruzam-se três pontes suspensas e miradouros. Reserve-se cerca de cinco horas para este passeio, que começa junto à Barragem do Caldeirão, passa pela Aldeia de Trinta e por Vila Soeiro e termina já na montanha, em Videmonte. Barragem do Caldeirão, Guarda > T. info 96 746 6964 > seg-dom 8h-18h > €1 > Reserva em passadicosdomondego.pt
23. Aventura radical no Alqueva
A localização e a paisagem da Aldeia da Estrela são uma mais-valia para esta aventura radical, mas são as águas sem ondulação nem correntes, numa zona da Barragem do Alqueva protegida pelo vento, que proporcionam horas de diversão sobre as pranchas de E-Foil, mais pequenas do que as de surf e com motor elétrico. Esta sensação de poder voar sobre as águas do Grande Lago é possível graças à iniciativa dos amigos Francisco Caldeira e Mário Faria, fundadores da Alqueva 4 All, empresa de desportos náuticos pioneira nesta modalidade e no Wing Sup por estes lados do Alentejo. Centro Náutico da Estrela, R. da Parreira, Estrela > T. 96 799 1154, 91 818 2019 > a partir de €100 (60 min/uma pessoa ou duas pessoas com tempo repartido)
24. Flutuar nas salinas de Olhão
Flutuar ao pôr do sol no lago, onde a concentração de sal na água se assemelha ao Mar Morto, é uma das atividades que as Salinas do Grelha, em Olhão, organizam até ao final de setembro, entre as 19h30 e as 22h. A esta juntam-se os banhos diurnos, com ou sem aplicação de lama (até outubro). Já as visitas guiadas, para ficar a conhecer os processos e métodos de produção artesanal de sal e flor de sal, entre outras curiosidades, podem ser feitas durante todo o ano. Cova da Onça, Belamandil, Olhão > T. 967 753 496 > banhos noturnos €10 (a partir dos 13 anos), banhos diurnos €6, 6-12 anos €4
25. Conhecer a BioRia de Aveiro
A Natureza foi particularmente generosa para com esta região, com a ria a recortar a paisagem e as ribeiras de água doce a serpentearem os campos agrícolas. Em Estarreja, através da BioRia, projeto pioneiro na defesa da biodiversidade, desenvolve-se uma rede de oito percursos com visitas guiadas (€2), a pé ou de bicicleta (€1/hora, €3/dia), para observar inúmeras espécies de vegetação, mamíferos e aves. O percurso circular de Salreu, o mais antigo, com oito quilómetros, parte do Centro de Interpretação Ambiental e atravessa campos de arroz, sapais e juncais. Estarreja > T. 96 277 4466 > ter-dom 9h30-12h30, 14h-18h