1. Lisboa
“Adoro viajar, mas tenho um prazer infinito em regressar a Lisboa. É a minha cidade, o meu berço, a minha âncora, o meu ar dominante. O lugar onde, verdadeiramente, me sinto em casa.” Vive no Príncipe Real, no coração do centro histórico, e faz “tudo a pé”, pois está “habituada ao montanhismo urbano e ao constante subir e descer das calçadas.”
2. Paris
Viaja com bastante frequência para a capital francesa. “É a cidade onde aprendi a ver arte, a olhar e a compreender. Revejo os autores que estudei, figuras que acompanharam o meu crescimento e que eu nunca larguei, como Marguerite Duras, Jacques Brel, Léo Ferré ou Serge Gainsbourg.” Dos inúmeros lugares em que gosta de “passar horas, sem ninguém a chatear”, destaca L’Écume des Pages, “uma das mais completas livrarias de Paris.”
3. “Um Quarto só Seu”, de Virginia Woolf
“Neste momento que nós, mulheres (atrizes, escritoras, artistas…), estamos a viver, é muito importante não esquecermos, de facto, esta obra obrigatória. Escrita em 1928, relembra a necessidade de defender a condição social da mulher e as limitações impostas ao trabalho intelectual.”
4. “As Mil e Uma Noites”, traduzido e adaptado por Antoine Galland
O conjunto de histórias, reunido pelo francês Antoine Galland, diz a atriz e escritora, “é das obras mais importantes a que alguma vez poderíamos ter acesso. Para quem escreve para um público infantojuvenil, é mesmo um presente dos céus.”
5. Livrarias
Seja em Londres, Oxford ou Normandia, o caminho segue no mesmo sentido: “Acabo sempre por ir parar a uma livraria, em que fico horas a ‘paginar’, para recolher ideias, a ver o que se publica.” Por outro lado, na capital inglesa, vê um “ambiente fantástico, sombrio e muito resguardado no tempo, a incitar à escrita, aliado à literatura que é um hábito, a um encontro entre o público e as livrarias, diferente de outros países.”
6. Meditação
Entre as filmagens, o palco e a escrita – publicou recentemente o livro A Magia das Boas Palavras, para crianças –, Margarida Marinho faz meditação. “Ajuda-me a estar em contacto comigo. Às vezes, é na cadeira da maquilhagem, durante uns minutos. Tudo é respiração. Os atores têm essa prática.”