Lisbonweek’22: Descobrir Marvila (também) através do trabalho de seis jovens artistas

Da esquerda para a direita, os artistas residentes da LW’22 Maura Grimaldi, Catarina Lopes Vicente, Virgílio Pinto, José Cereceda, Inês Neves e Leonor Sousa

Lisbonweek’22: Descobrir Marvila (também) através do trabalho de seis jovens artistas

Não foi por acaso que escrevemos a palavra “trabalho” no título do artigo. Desde o início de abril que os seis artistas selecionados na open call para as residências artísticas da Lisbonweek deste ano andam com ela na cabeça. Ou mesmo às voltas com ela.

Quando Catarina, Inês, José, Leonor, Maura e Virgílio responderam ao desafio da LW’22, já sabiam que o tema de reflexão da 7.ª edição deste evento cultural, que anda há dez anos a revelar os segredos dos bairros de Lisboa, ia ser o trabalho. Ou, mais interessante ainda: “O que é isto do trabalho?”.

Faz sentido – e fez-lhes sentido, a todos. Afinal, num passado recente, Marvila foi um bairro industrial que atraiu muita gente de fora, sobretudo das Beiras, um contingente enorme de pessoas que rumaram a sul para trabalhar nas suas fábricas e nos seus armazéns.

Entretanto, a zona antiga de Marvila seria descoberta pelos artistas, que ali encontraram espaços com grande pé direito e rendas acessíveis. E, logo a seguir, chegaram os investidores imobiliários, que hoje apresentam a arte como um elemento diferenciador da zona.

“Todos os anos, os bairros dão-nos inspirações, e quando chegámos a Marvila, tornou-se logo claro que tinha um património para descobrir através das artes”, conta Xana Nunes, fundadora da LW’22. “Fizemos, então, uma open call a artistas com a temática ‘O que é isto do trabalho?’, por causa do passado industrial do bairro, e respondeu tanta gente que decidimos avançar com seis residências em vez das quatro anunciadas.”

Ao longo do último mês, os seis artistas residentes trabalharam numa sala do Prata Riverside Village porque a Vic Properties, empresa proprietária do condomínio projetado por Renzo Piano junto ao rio, é o patrocinador oficial da Lisbonweek deste ano. E foram também fazendo incursões Marvila adentro, para se inspirarem e conseguirem escolher os locais para expor os seus projetos ou apresentar as suas performances.

Antes ainda de irem para o terreno, conversaram com o historiador Pedro Sequeira – e ainda bem. É ele o responsável pelos passeios culturais da LW desde 2014 e foi ele quem gravou os audioguias sobre sete locais emblemáticos de Marvila onde foram colocados QRcodes para desafiar as pessoas a conhecerem melhor o bairro.

Agora, é também através dos olhares de Catarina, Inês, José, Leonor, Maura e Virgílio que vamos descobrir Marvila.

O ‘voyeur’ de serviço

Virgílio Pinto andava de câmara na mão pela Rua do Açúcar quando entreviu umas pessoas com aparência de artistas no interior de um armazém pintado de cor-de-rosa velho e encimado por duas janelas. Curioso, pesquisou na internet as iniciais pintadas dos dois lados de um portão de correr (CPBC), descobrindo que era ali a sede da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, fundada por Vasco Wellenkamp.

Virgílio Pinto, junto ao antigo armazém da Fábrica Musa, na Rua do Açúcar

Foi assim que este artista com formação em cinema vídeo e multimédia, de 28 anos, escolheu o local onde vai apresentar o seu projeto cinematográfico (pela primeira vez já este sábado, 7, dia de open day, entre as 16h15 e as 18h, ao mesmo tempo que os bailarinos fazem um ensaio aberto ao público). Uma curta para a qual recolheu imagens de rua e ouviu pessoas que no último mês foi conhecendo no bairro.

Mais do que contar uma história, Virgílio assumiu um lado de voyeur, explicou-nos na tarde em que o encontrámos a deambular entre a Praça David Leandro da Silva, coração do Poço do Bispo, e o Palácio da Mitra, na Rua do Açúcar, a recolher as últimas imagens. “Filmar é um bocado invasivo”, nota. “E há uma contradição: estou a explorar o trabalhos dos outros com o meu; estou a explorar uma pessoa”, repete, “como ela própria pode estar, naquele preciso momento, a ser explorada pelo seu patrão.”

Não é a primeira vez que este artista natural de Angola reflete sobre o tema do trabalho. “Como artista, comecei por me perguntar como é que ele se relaciona com a narrativa da nossa vida e da nossa auto-estima”, conta. “Agora, neste projeto, quando estou a filmar surge constantemente a questão: ‘O que é trabalho?’ Porque tenho de o materializar em imagens em movimento e nem tudo é facilmente demonstrável. Para lá da imagem mais tradicional, do trabalho que usa a força física, como se demonstra que alguém que está a pensar também está a trabalhar?”

Na conversa prévia que teve com Pedro Sequeira, Virgílio ficou a saber que Marvila foi uma freguesia para onde o clero ia em ócio. “Era num tempo em que as elites gostavam de observar os camponeses a trabalhar, até porque ver os outros trabalhar tem uma qualidade hipnótica”, diz. “E foi então que me lembrei daquela frase: ‘Há três coisas que se podem observar eternamente: o fogo a arder, a água a cair, outras pessoas a trabalharem.”

Virgílio só conhecia Marvila de sair à noite. Frequentava a Fábrica da Musa e, mais recentemente, o Núcleo A70. “Era essa a minha relação com Marvila – de ócio, como a do clero de antigamente”, ri-se.

A arte, por ser prazerosa, não é trabalho?’

Maura Grimaldi já tinha alguma intimidade com Marvila. Houve um tempo em que esta brasileira de 33 anos, que em 2017 trocou São Paulo por Lisboa, morou na entrada da vizinha Xabregas. “Frequentava, então, algumas das suas galerias de arte”, recorda.

Maura Grimaldi e as suas ‘camisetas’ com frases grevistas

Quando surgiu a hipótese de uma residência artística em Marvila, Maura ficou interessada em observar a sua transformação económica e o problema do mercado da arte relacionado com o seu processo de gentrificação “e até de uma certa violência social”, diz. Como artista, também não conseguiu deixar de pensar no facto de os artistas sofrerem com esta transformação e, ao mesmo tempo, serem eles próprios agentes dela.

O tema do trabalho levou-a, entretanto, a outras reflexões e a um projeto que começa numas frases que já tinha antes impresso em t-shirts, para uma performance em parceria com a sua mãe, que trabalha na Segurança Social no Brasil.

“ – Ninguém trabalha amanhã! – Ninguém!”, é um fragmento do livro Parque Industrial, que a escritora brasileira Patrícia “Pagu” Rehder Galvão (1910-1962), publicou em 1933, sob o pseudónimo de Mara Lobo. A obra é uma narrativa urbana sobre a vida das operárias de São Paulo, e as frases pedidas emprestadas por Maura são uma espécie de convocação de greve.

Maura decidiu, então, imprimir mais t-shirts e dedicar parte do seu tempo à pesquisa e a conversas com outros artistas (a brasileira Flora Leite e a portuguesa Filipa Cordeiro, entre outros), muito à volta da precarização do artista e do trabalho imaterial. E, para problematizar, “friccionar”, estas questões, acabou a propor diferentes relações de trabalho.

Contratou um artista para fazer o que ela faz, o que implicou um acordo por escrito e levanta a questão do que é o espaço do lazer e o espaço do trabalho. E contratou a pessoa com quem se relaciona afetivamente para performar a relação de ambas e tentar perceber o que é trabalhar com pessoas que são parceiras ou como é que o trabalho pode esgotar uma relação de afeto.

Na sala onde o grupo esteve em residência artística, no Prata Riverside Village, Maura irá expor grande parte do material que usou no projeto – livros, cadernos com pensamentos, pequenas notas, o contrato assinado com o outro artista. Também terá ali t-shirts com a frase “ – Ninguém trabalha amanhã! – Ninguém!” e a ação, diz, será apenas os seus usuários estarem juntos. “Talvez convide as pessoas a não fazerem nada, o que já é fazer alguma coisa: estar junto.”

O facto de a residência ter sido no condomínio Prata Riverside Village também lhe levantou algumas questões. “O meu interesse particular tem a ver com esta própria arquitetura, que tem uma assinatura autoral, mas o que eu vejo são estas pessoas”, diz, apontando para os operários, lá fora, “que estão a construir os prédios. Afinal, quem é o autor de tudo isto? Só o arquiteto ou também quem constrói?”

Quanto à t-shirt que ela própria tem vestido tantas vezes ultimamente, vê-a como um dispositivo de conversa. “Todos os dias, alguém me pergunta que frases são estas, e, aí, inicia-se um debate sobre o trabalho. Por exemplo, a arte, por ser prazerosa, não é trabalho? Isto é algo para ser questionado.”

Esta relação entre o corpo e o espaço

Muito antes de sonhar com esta residência artística já Leonor Sousa, licenciada em Pintura, ia diariamente a Marvila, trabalhar num ateliê que dividia com uma amiga no espaço de cowork Fábrica Moderna.

Os mapas a que Leonor Sousa foi recorrendo para não se “perder” nas várias trajetórias de trabalho em Marvila

Todos os dias, esta artista visual, de 25 anos, apanhava o autocarro 728 e andava entre o Restelo e Marvila, por trajetos sempre iguais. “E, como estávamos em pandemia, só via o interior da minha casa, o interior do autocarro e as mesmas ruas. Deixei de ter sumo para os meus desenhos”, recorda, “então, quando chegava ao estúdio abria o Google Maps, punha uma folha de papel vegetal em cima do computador e desenhava por cima.”

Aquilo que começou por ser um exercício de memória materializou-se num projeto a que chamou de Sixteen Maps for Sixteen Days, dezasseis mapas para dezasseis dias. Uma ideia que iria replicar no verão passado, em Estocolmo.

Agora para esta residência, Leonor explorou as trajetórias que as pessoas fazem a caminho do trabalho, perguntando a quase três dezenas de criativos que trabalham em Marvila quais são os percursos habituais. Além dos mapas que desenhou, vamos poder ver o vídeo de uma performance filmado do cimo do Arco da Rua Augusta (a projeção é numa sala da sede da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, no mesmo horário de Virgílio Pinto).

“Tinha amigas lá em baixo, na rua, e ia dando-lhes instruções em tempo real, ao telemóvel, sempre a ver com trajetórias e com a ocupação do espaço”, conta. “E, depois, no pátio do Palácio da Mitra, fiz mais umas filmagens do mesmo tipo.”

Outro projeto que também passa pela relação entre o corpo e o espaço é o de Inês Nêves, assim mesmo com acentos circunflexos nos dois nomes, herança dos seus tempos na Estónia, onde muito boa gente se enganava a escrever o apelido.

Licenciada em Design de Comunicação e mestre em Arte e Design Têxtil, Inês, de 26 anos, trabalha hoje com performance, desenho e instalação. Nesta residência, decidiu produzir desenhos com o corpo, utilizando pigmentos naturais que, com o tempo, a chuva, os pés das pessoas, desaparecerão (a sua performance está marcada para o open day, pelas 15h45, no pátio exterior do Prata Riverside Village).

“A minha performance representa a precariedade do trabalho artístico e, ao mesmo tempo”, explica “a capacidade de deixar marcas nos territórios e nas sociedades, embora efémeras.”

A Marvila dos pescadores e do sabão

Ali perto, mas já em pleno Parque Ribeirinho Oriente, projetado pelo ateliê de arquitetura paisagista F/C, de Filipa Cardoso de Menezes e Catarina Assis Pacheco, este sábado, 7, vamos também poder ver o artista de circo chileno José Cereceda, de 32 anos, que recorreu a cordas já utilizadas por pescadores para a fazer sua performance (às 15h30 e às 17h, junto ao rio, quase em linha reta a partir da sala das residências artísticas).

José Cereceda e as suas cordas no Parque Ribeirinho Oriente, à frente do Prata Riverside Village

Além da ligação óbvia à pesca, ainda hoje marcante em Marvila, José quis levar os espectadores a uma reflexão sobre a alienação provocada pelo trabalho. “Por vezes, a monotonia, a repetição, faz com que fiquemos quietos, atados”, lembra.

Ao mesmo tempo, interessou-lhe o facto de Marvila se encontrar num momento de mudança. “O bairro está a renovar-se, mas ainda existe um encontro entre o antigo e o moderno, em aparente contradição, o que também se liga ao meu trabalho. O meu corpo tem um prazo e, até certo ponto, ele já não pode fazer o que fazia”, lembra, “o que me obriga a renovar-me e a fazer coisas diferentes. E o que passo a fazer não tem de ser mais ou menos, melhor ou pior, do que fazia antes.”

Também encontramos o tema da renovação na obra de Catarina Lopes Vicente, artista plástica, de 30 anos, que regressou a uns objetos que andava a usar como “riscadores” para transformá-los em sabão.

Quando pensou em concorrer à open call, Catarina descobriu que foi em Marvila que, em 1919, nasceu a Sociedade Nacional de Sabões. Decidiu, então, pegar na sua coleção de objetos e fez peças em glicerina.

“Cortada” pela linha de comboio, Marvila antiga ainda mantém uma traça industrial

No pico máximo da sua atividade, a fábrica de sabão chegou a empregar 1 500 pessoas, num parque industrial amplo que se estendia por vários quarteirões do bairro, lemos no site Orientre. “Em 1989 a multinacional alemã Henkel decide comprar várias áreas de negócio da SNS e transfere a sua produção para outros países, com mão-de-obra mais acessível.” Decisão que levou à sua falência e encerramento.

É como se o projeto de Catarina Lopes Vicente oferecesse uma nova vida a esta indústria que marcou Marvila durante tantas décadas.

NOTA FINAL: Maura Grimaldi vai participar na conversa: O que é isto do Trabalho?, agendada para as 16h de sábado, 14, no Delta Coffee House (Prata Riverside Village). A artista residente da LW’22 irá debater o tema com Dalila Pinto de Almeida (consultora em pesquisa e desenvolvimento de talento), Pedro Ramos (presidente da Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas) e Victor Soares (CEO da App Tap My Back). As inscrições são gratuitas, mas limitadas aos lugares existentes. Reserva obrigatória através do e-mail contact@lisbonweek.com Todo o programa da Lisbonweek aqui

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