1. Rega
“A maneira mais fácil de matar uma planta é a rega em excesso, que vai apodrecer as raízes, pois não há oxigénio suficiente para que o sistema radicular continue saudável”, avisa Sofia. Deve-se colocar água suficiente para o substrato ficar todo húmido (no verão, mais, porque a água evapora mais rápido). E só se volta a regar quando, ao enfiarmos o dedo na terra, a sentirmos seca – no inverno, pode-se deixar secar completamente. Para os vasos mais fundos, em que esta técnica do dedo não é suficiente, existem medidores de humidade do solo. Não há timings iguais para a rega, “porque todas as casas têm diferentes temperaturas e exposição solar”. Já agora, aproveite a água da chuva para o fazer.
2. Humidade
“Todas as plantas consideradas de interior são geralmente provenientes de locais tropicais. O ideal será dar-lhes um bocadinho de conforto do seu local de origem, adaptando o nível de humidade nas nossas casas”, explica a Tripeirinha. O nível de humidade ideal para as plantas anda, geralmente, entre os 50% e os 60%. “Uma percentagem que também é boa para as pessoas, porque desaparece aquela sensação de pele e garganta seca”, realça. Existem aparelhos para medir a humidade, baratos, no mercado.
3. Arejar a casa
“Arejar a casa é dos hábitos mais antigos e um daqueles que deve ser passado de geração em geração”, defende Sofia. Abrir a janela 10 minutos por dia pode ser uma grande ajuda na prevenção do aparecimento de fungos e pragas indesejadas nas plantas.
4. Luz
“Uma planta sem luz acabará por morrer à fome. Um dos processos vitais da planta é a fotossíntese, sem ela a planta não é capaz de produzir alimento. O local ideal para as termos é, então, bem pertinho de uma janela”, aponta Sofia. Exposição solar direta, só durante as horas matinais do inverno. Caso contrário, as plantas podem queimar.
5. Limpeza
Uma vez por semana, deve-se limpar a planta com um simples plano húmido, pois “o pó atua como uma camada bloqueante e a planta não consegue aproveitar toda a luz disponível”.
6. Vasos
“Esqueçam os vasos ornamentais!”, diz a Tripeirinha. Os ideais são aqueles com um ou mais furinhos no fundo, para sair o excesso de água, que até podem ser comprados nos hortos, reciclados, a preços muito baratos. Depois, pode-se escolher um vaso mais bonito para o envolver.
7. Adubação
Os adubos são recomendados durante a primavera e o verão, a época de crescimento. “Nas outras estações, se as plantas se mostram estagnadas e sem crescimento visível, estão em estado vegetativo e não é aconselhável fertilizar”, explica. Existem vários tipos de adubos à venda, é preciso ver quantos nutrientes contêm e escolher o mais completo. Deve-se seguir as doses recomendadas nas embalagens e nunca dar adubo a mais, que pode ser prejudicial. Também há as fórmulas caseiras e orgânicas, como a casca de ovo e as borras de café, mas a sua decomposição é lenta e é mais difícil acertar nas quantidades adequadas.
8. Pragas
Desde logo, o ideal é ter plantas bem fertilizadas, que conseguem resistir melhor às pragas. Há diferentes inseticidas, como o óleo de neem, à venda nas lojas de produtos naturais, que deve ser borrifado pela planta (10 ml de óleo para 1 litro de água). Sofia também recomenda o uso de sabão, líquido ou sólido (20 ml ou 20 gr), dissolvido em um litro de água. “No borrificador, pode-se juntar também um dente de alho ralado, que funciona como repelente”, diz. No que diz respeito aos fungos, “um sinal de alarme podem ser manchas escuras no meio da folha, com bordas de um amarelo muito vivo”, descreve. Pode-se aplicar água oxigenada (60 ml para 1 litro de água). “Chá de camomila, para borrifar ou regar o substrato, também é um ótimo tratamento”, acrescenta.
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