Muda o mês mas não o local. Em vez de abril, este ano a Feira do Livro de Lisboa ocupa o Parque Eduardo VII de 27 de agosto a 13 de setembro. Segundo a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), a edição de 2020 da Feira do Livro vai ser a segunda maior em 90 anos de história, superando a edição de 2018 em número de pavilhões (310), igualando-a em participantes (117) e aumentando as chancelas presentes (638), ainda que com novas regras.
Aumentaram-se as áreas de circulação e a aposta recai, este ano, sobre atividades ao ar livre. O número de restaurantes foi reduzido, os lugares sentados retirados e será dada primazia ao formato comprar para levar.
No recinto, com lotação máxima de 3 300 pessoas, o uso de máscara é obrigatório e há dispensadores de álcool gel. A APEL aconselha a inscrição prévia junto das editoras para quem queira participar nas diversas atividades agendadas, como apresentações de livros, palestras, workshops e sessões de autógrafos.
E são mais de 800 atividades que vão decorrer ao longo dos 18 dias de Feira do Livro. A Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) irá promover 15 debates sobre assuntos atuais. “Quem nos dá a mão quando estamos isolados?”, sobre o isolamento no confinamento; “Até quando jobs for the boys e boys for the jobs?”, acerca das nomeações na administração pública; “O que nos deve a banca, e o que lhe devemos a ela?” serão alguns dos temas debatidos, retratados nos livros que a FFMS apresentará em primeira mão na feira.
É na Feira do Livro de Lisboa que decorre também a quinta edição do Prémio Literário UCCLA – Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa, da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), que tem como júri representantes de diversas cidades-capitais de quatro continentes, de Portugal ao Brasil e de Moçambique a Timor-Leste. O objetivo deste prémio passa por estimular a produção de obras literárias em língua portuguesa.
A parceria entre a APEL e as Bibliotecas de Lisboa (BLX) mantém-se, especialmente no que toca à promoção de iniciativas dirigidas às crianças, famílias e escolas. A destacar, a Hora do Conto, de segunda a sexta, sempre às 17h, onde os mais novos podem assistir a leituras de histórias. Estão ainda programadas apresentações de livros, leituras encenadas, sessões de música e dança, entre outras atividades.
O Oceanário de Lisboa e a Fundação Oceano Azul promovem sessões de leitura do conto O Xerife da Ria Formosa, com texto de Ricardo Henriques e ilustrações de Ana Seixas, numa campanha de sensibilização Vamos Salvar os Cavalos-Marinhos da Ria Formosa. De forma a contribuir para a consciencialização ambiental, a Feira do Livro repete a parceria com a The Navigator Company, disponibilizando 30 mil sacos de papel reutilizáveis.
A música também se vai fazer ouvir através da iniciativa da Santa Casa da Misericórdia que leva, até ao Parque Eduardo VII, diversos concertos de estilos variados, do jazz/smooth do saxofonista Mark Cain até ao gospel de Matay, a maioria no Auditório Sul.
A campanha Doe os seus Livros, iniciativa da APEL e do Banco de Bens Doados, é a oportunidade para dar um destino feliz aos livros que já não queremos lá em casa. Os livros (novos ou usados) que estiverem em bom estado serão encaminhados para crianças que carecem do apoio de instituições que integram a rede do Banco de Bens Doados. Os que já não estiverem em tão bom estado, serão dirigidos para a Campanha Papel por Alimentos. Em 2019, através desta iniciativa, foram angariados 10 819 livros.
A Feira do Livro é também uma oportunidade para aproveitar os descontos. De quinta a segunda, entre as 21h e as 22 horas, entra em cena a Hora H, em que os livros lançados há mais de 18 meses ficam com desconto mínimo de 50 por cento. Boas leituras.
Feira do Livro de Lisboa > Parque Eduardo VII, Lisboa > 27 ago-13 set, seg-qui 12h30-22h, sex 12h30-24h, sáb 11h-24h, dom 11h-22h > www.feiradolivrodelisboa.pt