Após dois meses de isolamento social e cerca de um mês de desconfinamento progressivo, as estações sucederam-se e, dentro em pouco, é verão. Uma forma de aproveitar as tardes longas que já se avizinham é rumar a um jardim e ali ficar a ler um livro ou fazer um piquenique.
Em Lisboa, a Junta de Freguesia do Parque das Nações encontrou a solução para uma utilização segura do Jardim das Ondas. No relvado, à beira-rio, desenharam-se dezenas de círculos, com tinta não tóxica para pessoas e animais, que garantem o distanciamento social recomendado.
A iniciativa é inspirada no projeto italiano StoDistante, desenvolvido pelo Caret Studio que, em maio, criou uma instalação temporária na Piazza Giotto, na cidade de Vicchio, perto de Florença, para relembrar os seus habitantes da distância que deviam manter, quando estes começaram a sair a rua. A ideia, desenvolvida para Vicchio, poderia ser aplicada noutras áreas públicas desta cidade da região da Toscana, assim como noutras cidades e aldeias.
Com uma área de cerca de oito mil metros quadrados, o Jardim das Ondas, obra de Fernanda Fragateiro inspirada no movimento da água, situa-se junto do Oceanário de Lisboa. O grande aquário também já reabriu portas, e, até dia 30 de junho, oferece um bilhete de criança até aos 12 anos, na compra de um bilhete de adulto.
