Quando se gosta de um livro, aconselhá-lo aos amigos é um prazer. Aguardamos que o acabem, queremos descobrir o que acharam deste ou daquele capítulo e alimentamos a esperança que, talvez um dia, possamos fazer certas perguntas diretamente aos autores ou aos editores das obras. A Leya pensou no caso e apresenta nesta quinta, 23, Próximo Capítulo, aquele que se escreve com quem mais percebe do assunto. “Queríamos criar um espaço de partilha e conversa à volta dos livros, entre quem os faz e quem os lê. Neste caso entre editores, assistentes editoriais e até autores, e os leitores. O Dia Mundial do Livro pareceu-nos a data perfeita para apresentar este clube de leitura a quem gosta e quer saber mais sobre os livros e os seus intervenientes”, explica Pedro Sobral, diretor de edições gerais da Leya.
Em plena pandemia, Pedro Sobral considera que os livros são portas abertas para novos mundos, ideias e formas de compreender passado, presente e futuro. “As histórias levam-nos além das quatro paredes às quais, neste momento, estamos confinados”, resume. Todos os meses, um editor apresenta aos participantes uma seleção de quatro livros, para que estes votem naquele que mais os inspira. O livro mais votado será lido e discutido ao longo do mês, em três videoconferências orientadas por um editor da Leya. “As escolhas podem recair sobre livros que editaram, ou não. São totalmente livres”, explica Pedro, revelando que este clube “contará, sempre que possível, com a presença e participação dos autores dos livros, pois é com eles que os leitores querem dialogar e colocar muitas das suas perguntas.”
A primeira seleção de quatro livros esteve a cargo de Rita Fazenda, que escolheu Terra Americana, de Jeanine Cummins, Pátria, de Fernando Aramburu, O Deus das Pequenas Coisas, de Arundhati Roy, e As Velas Ardem até ao Fim, de Sándor Márai. “Tentei escolher livros cujas temáticas fossem diversas e com diferentes estilos de escrita, trazendo várias formas de literatura para esta primeira vez que o clube se irá reunir, ainda que virtualmente, por agora”, explica a editora da Oficina do Livro. “São autores de várias latitudes e com diferentes abordagens à sociedade e a outros tempos que implicam desafios como estes que vivemos”, refere ainda.
Depois de Rita Fazenda, segue-se Maria do Rosário Pedreira, Marta Ramires, Carmen Serrano, Cecília Andrade, Tânia Sarmento, Duarte Bárbara e José Prata. Por enquanto, existe apenas um editor responsável, por mês, mas brevemente a Leya quer ter várias salas de discussão em simultâneo, de forma a poder alcançar um maior número de leitores e diferentes tipos de livros.
As inscrições podem ser feitas a partir desta quinta, 23 de abril, Dia Mundial do Livro, até dia 5 de maio, para o e-mail proximocapitulo@leya.com, não existindo limite de participantes. O livro escolhido será divulgado no dia 7 de maio, para que os leitores o possam comprar ou recuperar, caso já o tenham, e começar a ler em simultâneo com os outros membros do clube. Os leitores do clube têm sempre um desconto de 10% a 30% na livraria online do grupo editorial. Os livros podem ser comprados em papel, e-book ou até audiolivro.
Uma vez terminado o estado de emergência, a Leya tenciona que as reuniões passem a ser presenciais, nas livrarias Buchholz, em Lisboa, e Latina, no Porto.