
Passadiço do Carvoeiro
D.R.
1. Passadiço do Carvoeiro, Lagoa – 570 metros
Pode tratar-se apenas de meio quilómetro, que se percorre em menos de nada, mas uma vez no Algar Seco, um monumento natural de fazer abrir a boca de espanto, este merece que nos demoremos o tempo que for preciso. Descemos então até à Boneca, por entre um labirinto de rochedos de tom ocre, para chegarmos a um buraco que é uma autêntica varanda natural sobre a água salgada. Abrigamo-nos a ouvir o mar que, por vezes, nos salpica. Mais tarde, e no outro extremo do caminho de madeira, havemos de espreitar as ruínas do Forte de Nossa Senhora da Encarnação, no Carvoeiro, do qual apenas resta o muro, a ermida e as antigas casas da Guarda Fiscal. E depois, ficamos simplesmente a mirar a costa, que daqui se avista em modo 180 graus. Optar por passear quando a noite algarvia cai – e tudo se ilumina – também terá o seu encanto. Do Algar Seco ao Forte de Nossa Senhora da Encarnação
Ecovia do Vez, em Arcos de Valdevez
Lucília Monteiro
2. Ecovia do Vez Arcos de Valdevez – 32,7Km
Retrato do verde Minho, a Ecovia do Vez acompanha quase sempre os leitos dos rios Vez e Lima. Está dividida em três etapas, para facilitar a caminhada. A mais conhecida é a que fica entre Sistelo, a aldeia conhecida como o Tibete Português (pelos socalcos da paisagem), e Vilela, com 10,2 km de dificuldade média, com o esforço recompensado por mergulhos nas praias fluviais. É também aquela que concentra a maioria dos passadiços de madeira, com vários desníveis, intercalados pelos antigos trilhos de transumância. Está inserida na Reserva Mundial da Biosfera – uma classificação atribuída pela UNESCO, dada a importância e a raridade das suas fauna e flora. De Sistelo a Jolda de S. Paio
Passadiço da Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos, entre Ovar e Espinho
Lucília Monteiro
3. Passadiço da Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos Ovar e Espinho – 8 Km
Com as dunas e o mar no horizonte, numa das zonas húmidas mais importantes para a conservação de aves no Litoral Norte de Portugal, este passadiço circular atrai uma imensidão de fotógrafos da Natureza. A lagoa costeira de águas salobras ocupa 396 hectares e tem agora uma ponte de madeira de 40 metros a unir as margens, pintadas de verde dos canaviais. Ao longo do percurso, há painéis informativos sobre este património natural e cultural. Da Barrinha de Esmoriz à Lagoa de Paramos
Passadiço da Foz do Arelho
Marcos Borga
4. Passadiço da Foz do Arelho, Caldas da Rainha – 800 metros
Desenhado pela arquiteta paisagista Nádia Schilling, o passadiço da Foz do Arelho foi a forma de se criar um caminho seguro para a contemplação e deixar o resto da área liberto para o crescimento da vegetação espontânea. O recorte natural da encosta, ora tapa ora destapa o oceano Atlântico, consoante subimos ou descemos os pequenos lanços de escada que ajudam a galgar os declives. Mas quando chegamos a qualquer um dos sete miradouros, com bancos giratórios para podermos ver a 360 graus, o mar está sempre presente (nos dias melhores, até o arquipélago das Berlengas se vê) e o pôr do Sol tem um encanto especial. Do miradouro da Foz do Arelho em direção às Quebradas das Pedras da Aberta
Passadiço de Monte Gordo
Marcos Borga
5. Passadiço de Monte Gordo, Vila Real de Santo António – 3 km
Ao longo da marginal de Monte Gordo, dez entradas desembocam no Passeio Marítimo Dr. António Almeida Santos, inaugurado em 2017, e que faz com que seja possível percorrer toda a extensão desta praia, sem pôr o pé nestas areias finas. O passeio faz-se tranquilamente, em cima das ripas de madeira, e ajuda a aceder aos vários apoios de praia que surgiram renovados depois da obra. Sempre com os olhos em cima do mar, que por estas bandas é bastante sossegado. Toda a extensão da praia de Montegordo
Passadiço da Ria de Aveiro
Lucília Monteiro
6. Passadiços da Ria, Aveiro – 7,5 Km
Os primeiros 2 km da Via Ecológica Ciclável (é este o nome oficial) a ligar o Cais de São Roque, no centro de Aveiro, ao Cais da Ribeira da Esgueira são os menos interessantes. Só a partir deste último local surge a paisagem do Baixo Vouga Lagunar, uma manta de retalhos de salinas e lodaçais. É um percurso plano, sem qualquer dificuldade, entre passadiços de madeira e caminhos de terra batida, com bancos de madeira a revelarem expressões locais, como “andar à rola”, ou seja, ser impelido pela corrente e pelo vento. Para os observadores de aves, este é um belo local de vigia, por onde passam mais de 20 mil espécies migradoras durante o inverno. O percurso termina em Vilarinho, com uma envolvente rural. Do Cais de São Roque a Vilarinho
7. Ecovia do Litoral Norte Caminha, Viana do Castelo e Esposende – 37 Km
Do percurso pedonal e ciclável de 73 km, que há de ligar Vilar de Mouros, em Caminha, à Praia da Ramalha, em Esposende, estão concluídos cerca de 37 quilómetros. A maioria, junto à orla costeira, como os que partem de Vila Praia de Âncora em direção a norte, com o Forte da Ínsua e o areal de Moledo no horizonte. Em Esposende, no troço entre as praias de Suave Mar e de Rio de Moinhos, ou em Viana do Castelo, entre as praias do Rodanho e do Cabedelo, caminha-se por passadiços de madeira, com paisagens de tirar o fôlego. De Vilar de Mouros à Praia da Ramalha

Linha Azul, em Vila Nova de Gaia
D.R.
8. Linha Azul, Vila Nova de Gaia – 22 Km
Começa no cais de Vila Nova de Gaia e passa por S. Pedro da Afurada, zona protegida do estuário do Douro, e por todas as praias da zona com Bandeira Azul, como Lavadores e Miramar com a sua Capela da Senhora da Pedra no areal, e pelas vilas piscatórias da Aguda e da Granja, com as suas casas imponentes e chalés do tempo em que era o destino de verão de aristocratas, da realeza e de escritores. O percurso nem sempre é por passadiços, feitos da recuperação das traves de madeira de antigas linhas férreas. Do cais de Vila Nova de Gaia a Granja
9. Penedo Furado, Vila de Rei – 532 metros
Há quatro meses, a Praia do Penedo Furado, em Vila de Rei, ganhou um passadiço de madeira que ladeia a ribeira do Codes e nos leva, num ápice, até às Fragas do Rabadão. Sugerimos que se faça tudo de uma vez, ignorando até os bancos que servem para contemplação – a surpresa que se esconde para lá da curva, depois de o passadiço acabar, e no final de um caminho de pedregulhos, vale a pressa. E nem é preciso subir a montanha até ao miradouro para se sair daqui maravilhado. A zona das cascatas do Penedo Furado (tem este nome porque a água passa por entre o maciço rochoso), desempenha essa função. Da praia às cascatas do Penedo Furado
Passadiço Osso da Baleia, Pombal
Marcos Borga
10. Passadiço Osso da Baleia, Pombal – 4 Km
Este caminho tem início (ou fim) na Praia do Osso da Baleia, Bandeira Azul, águas frias e agitadas. Nasceu com a finalidade de preservar as dunas – as caminhadas são apenas um bónus desta preocupação ambiental e uma mais-valia que transforma uma ida à praia num belo passeio também por terra batida. Por aqui, caminha-se (ou pedala-se, porque há uma ciclovia que cola com o passadiço) junto ao oceano, num cenário que oscila entre o azul do mar, o dourado das dunas e o verde da vegetação rasteira e dos pinheiros mais ao longe. Da Praia do Osso da Baleia até à ciclovia

Passadiço do Alvor, Portimão
D.R.
11. Passadiço do Alvor, Portimão – 6 Km
Desde 2016 que esta zona de Portimão ganhou um caminho extenso por cima das dunas, que não as danifica – antes pelo contrário. E por isso vale a pena aproveitá-lo para conviver de perto com a biodiversidade da região e apreciar a paisagem, que oscila entre praia, lagoa, zona de canais e sapal. O percurso é longo, mas sem subidas nem descidas. Além disso, existem várias áreas de descanso à medida que se avança passadiço adentro. Da Praia dos Três Irmãos até à ria de Alvor
Ecovia do Litoral Sul, em Vila do Conde
Lucília Monteiro
12. Ecovia do Litoral Sul, Vila do Conde – 8,6 Km
Sempre junto à costa, a ecovia começa na Azurara, na margem sul de Vila do Conde, e atravessa Árvore, Mindelo e a sua reserva ornitológica (refúgio de mais de uma centena de aves e anfíbios), a povoação piscatória de Vila Chã e Labruge, onde está o Castro de S. Paio, um dos pontos mais bonitos do passadiço, com um centro de interpretação para contar a história deste povoado da Idade do Ferro, implantado nas escarpas, e falar do património natural e geológico. Da Azurara a Labruge
Passadiços do Paiva, em Arouca
Lucília Monteiro
13. Passadiços do Paiva, Arouca – 8,7 Km
Ainda não foi inaugurada a maior ponte pedonal suspensa do mundo, mas os Passadiços do Paiva não podem queixar-se de falta de atenção. A paisagem e a construção de madeira, de 2015, atraíram as imprensas nacional e estrangeira, mais de um milhão de visitantes e valeram prémios. Para conhecer melhor o património natural e cultural desta área protegida, o Arouca Geopark disponibiliza guias-intérpretes, no entanto pode ir pelo seu pé e seguir a informação nos biospots. O percurso não é de grau fácil: há quem opte por começar em Espiunca e, ao alcançar a imensa escadaria (com 1 156 degraus), volte para trás; há quem termine a caminhada na praia fluvial do Vau, a meio do percurso; e há ainda quem faça o passadiço apenas numa direção, apanhando um táxi no regresso. Por razões de preservação e de segurança, há um limite diário de duas mil pessoas. Entre as praias fluviais do Areinho e de Espiunca > T. 256 940 258 > seg-dom 8h-20h (mai-set), 9h-17h (out-mar), 9h-18h (abr) > €2 reserva prévia, €4 no local (jun-out)

Passadiços do Rio Gresso, em Sever do Vouga
D.R.
14. Passadiços do Rio Gresso, Sever do Vouga – 1,5 Km
A partir de Sanfins, freguesia de Rocas de Vouga, o passadiço circular acompanha o rio Gresso, afluente do Vouga, com origem na serra do Arestal, a quase 800 metros de altitude. O desnível do curso proporciona muitas cascatas e quedas de água, com o denso arvoredo a garantir sombra. Para quem quiser prolongar o passeio, há um percurso sinalizado de quase 12 km, junto ao rio, por caminhos agrícolas e florestais, de dificuldade média. A partir de Sanfins, Rocas de Vouga
15. Viver o Douro, Castelo de Paiva – 7 Km
Na margem esquerda do rio Douro, estão concluídos cerca de 7 km do Viver o Douro, um percurso pedonal com 10,7 km, que nem sempre se faz em passadiços de madeira. O primeiro troço, com 1,6 km, começa na praia fluvial do Choupal, em Pedorido. O segundo, com 5,3 km, vai do cais situado na aldeia de Midões até Raiva, junto do Hotel Douro41. Os painéis informativos sobre a tradição vinhateira do Douro e miradouros semelhantes a barcos rabelos complementam o passeio.
Da praia fluvial do Choupal a Santa Maria de Sardoura
16. Passadiço de Fiães Santa Maria da Feira – 4 Km
É uma das atrações do Parque das Ribeiras do Rio Uíma, um dos principais locais de valor paisagístico e ambiental do concelho de Santa Maria da Feira. O passadiço, assente em estacas, percorre as margens deste afluente do Douro ao longo de 4 km, um terreno pantanoso, pontuado por amieiros, salgueiros e sabugueiros.
De Fiães a Corga do Lobão
17. Passadiço das Dunas da Cresmina, Cascais – 3,5 KM
Para chegar ao imenso areal do Guincho através do sinuoso percurso do Vale da Foz, tendo como pano de fundo a serra de Sintra e o Cabo da Roca. Da Areia à praia do Guincho
Passadiço do Alamal, Gavião
Marcos Borga
18. Passadiço do Alamal, Gavião – 2v Km
O Castelo de Belver é omnipresente neste caminho, em que a vegetação se mistura com as águas cristalinas do rio Tejo. E depois, ainda há a ponte centenária de Belver. Praia do Gavião até Belver
19. Trilho do Tejo, Vila Franca de Xira – 700 Metros
Percorre-se em nove minutos a andar, em quatro a correr e em dois de bicicleta. Tudo se altera quando se para por causa dos aviões, da vegetação, dos campos agrícolas e das salinas abandonadas. Parque Linear Ribeirinho do Estuário do Tejo
20. Passadiço do Cabeção, Mora – 1,5 Km
Integra o Parque Ecológico do Gameiro, que junta o fluviário, o parque de campismo, o parque de arborismo, o Centro de Interpretação Ambiental e a praia fluvial nas margens do rio Raia. Da praia fluvial de Raia à pista de pesca

Passadiço do Cabeção, Mora
Luís Barra