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Luís Barra
1. MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia
Assim a cidade ganhou um novo museu (e um miradouro) à beira-Tejo
Ainda está fresca na memória a abertura ao público, no dia 5 de outubro, com milhares de pessoas a aproveitar o feriado regressado para visitar o novo MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Belém, obrigando até ao encerramento da ponte pedonal próxima, por se temer que a estrutura cedesse ao peso dos visitantes.
A designação MAAT serve para o campus da Fundação EDP à beira do Tejo, dedicado a exposições – e para o qual António Mexia chamou Pedro Gadanho, que era curador no departamento de arquitetura e design do MoMA, em Nova Iorque. Do que aqui se fala, portanto, é do edifício de linhas curvas desenhado pelo atelier da arquiteta britânica Amanda Levete, revestido a mosaicos tridimensionais que ajudam a refletir a luz do lugar (pena é que tenham vindo de Barcelona). Depois desta pré- -inauguração, só a Galeria Oval – uma espécie de átrio da área expositiva com 1000 metros quadrados – está a funcionar com a obra site-specific Pynchon Park, da francesa Dominique Gonzalez-Foerster. Isso e a cobertura, espaço público que permite voltar as costas ao rio e olhar Lisboa de uma perspetiva que não tínhamos – a não ser do outro lado do Tejo ou de um barco.
Contas feitas – quando ainda falta construir a ponte (em forma de arco, com 60 metros) que passará por cima da linha de comboio –, o MAAT custou 20 milhões de euros. E até março, mês em que estão previstas terminarem todas as obras, será preciso contabilizar ainda o jardim pensado pelo arquiteto libanês Vladimir Djurovic, a unir a Central Tejo ao novo edifício. Nessa altura, as quatro salas de exposição vão estar todas a funcionar (Sala Oval, Galeria Principal, Project Room e Video Room), estando já anunciada uma exposição de Héctor Zamora (México) e outra de Jordi Colomer (Espanha), inseridas na programação de Lisboa Capital Ibero-Americana. Av. Brasília > Central Tejo, Lisboa > T. 21 002 8130 > seg, qua- -dom 12h-20h > grátis (até março de 2017)
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2. Loco
Sem ementa definida, aposta na cozinha de vanguarda
No Loco, o chefe Alexandre Silva mostra como uma boa dose de loucura pode ser acompanhada por método, profissionalismo e sabedoria – características que lhe valeram, aliás, a atribuição de uma Estrela Michelin. Foi um dos restaurantes mais aguardados em 2015, e ainda abriu poucos dias antes do calendário virar para 2016. A originalidade do Loco encontra-se na escolha e apresentação dos pratos, bem como no serviço de mesa. Mas vamos por partes. Neste fine dining, especializado em cozinha portuguesa de vanguarda, não há ementa fixa. São servidos apenas dois menus de degustação: Descobrir, com 14 momentos (€70, sem bebidas), e Loco (€85, sem bebidas), com 18 ou mais sugestões doces e salgadas, que mudam consoante o que há nos mercados. “Só trabalhamos com produtos portugueses, mas usamos técnicas de todo o lado”, explica Alexandre Silva. Por isso, assim que o mar, o rio ou a terra deixa de dar, esses ingredientes são alterados por outros, da época. Atualmente, em destaque na mesa estão os tubérculos, as raízes, as romãs, os dióspiros, os frutos secos e os citrinos. Além do mais, aqui tudo é servido pelos próprios chefes de cozinha e pasteleiros. R. dos Navegantes 53, Lisboa > T. 21 395 1861 > ter-dom 19h-23h
![nucleo regional de megalitismo mora 02.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/10036320nucleo-regional-de-megalitismo-mora-02.jpg)
3. Núcleo Regional do Megalitismo
Um museu que pisca o olho ao futuro enquanto revela o passado
No Núcleo Regional do Megalitismo, inaugurado em setembro na vila alentejana de Mora, aprender sobre o período megalítico e o legado arqueológico da região é como avançar para o futuro. O projeto é original e a interatividade do museu, dirigida a crianças e a adultos, marca a diferença. No início da visita, projeta-se um filme em 3D que dá a conhecer a vida no período neolítico e, a partir daí, as surpresas não param. O percurso inclui um simulador de escavações arqueológicas e um homem do período megalítico em tamanho real. No chão, as estruturas em madeira simulam a topografia do terreno e mostram alguns achados (estão expostas cerca de 100 peças). Nas paredes há projeções de hologramas e, nas mesas interativas, jogos e testes de conhecimento. Para além da exposição permanente, o Núcleo Regional do Megalitismo também se revela curioso do ponto de vista arquitetónico. Instalado na antiga estação ferroviária de Mora, o projeto de reabilitação dotou a infraestrutura com dois novos edifícios atravessados por um corredor aberto. R. da Estação, 4, Mora > ter-dom 10h-17h30 > €5, €2,50 (3-12 anos), €3,50 (maiores de 65 anos)
![jc underdogs montana_0009.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/10036301jc-underdogs-montana_0009.jpg)
José Caria
4. Underdogs Art Store + Montana Lisboa
O lugar mais “coolorido” da cidade
Abriu como uma loja dois-em-um, mas, na verdade, acaba por ser mais um três-em-um ou mesmo um quatro-ou-cinco-em-um. É na Underdogs Art Store + Montana Lisboa, instalada num dos armazéns do Cais do Sodré desde fevereiro, que se vendem as edições da plataforma artística de Vhils, é dali que saem as visitas guiadas que organizam pelos graffiti da cidade e ali funcionam residências artísticas, numa mezzanine que aproveita o altíssimo pé-direito. Atrás do balcão, está à venda todo o material necessário para writers e aspirantes a. Mais do que isso, dizemos nós, a Underdogs Art Store + Montana Lisboa revelou-se um dos lugares mais cool de Lisboa, onde apetece ficar, seja lá dentro, rodeados de latas de spray e de obras de Vhils, Wasted Rita, MaisMenos e outros artistas, seja lá fora na esplanada à beira Tejo, com os pés quase dentro do rio, a comer, por exemplo, um dos mais originais e coloridos bagels de Lisboa. Alexandre Farto (Vhils) e Miguel Negretti (DJ Glue) conseguiram criar o ambiente perfeito neste armazém virado para a Margem Sul, onde os dois se conheceram e começaram a grafitar. De portas abertas de um lado e de outro, a Underdogs Art Store + Montana Lisboa quase parece um corredor a vir do lado de lá do rio e a entrar pela cidade dentro, no Cais do Sodré. Uma boa metáfora, sim. R. da Cintura do Porto de Lisboa, Armazém A, 3 e 20, Cais do Sodré, Lisboa > T. 91 967 5160 (Montana Lisboa e cafetaria), T. 21 099 1678 (Underdogs) > ter-dom 11h-20h
![rive-rouge lisboa_dsc0668.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/10036321rive-rouge-lisboa_dsc0668.jpg)
Luisa Ferreira
5. Rive-Rouge
Com o selo de qualidade Manuel Reis, o Lux chegou ao Mercado da Ribeira
Foi o bonito culminar de um namoro de anos. E depois de muitos boatos que se espalharam por Lisboa, dando lastro a várias datas de abertura, o irmão mais novo do Lux inaugurou de forma discreta, sem que a maioria desse por ele. O Rive-Rouge (Rouge para os amigos) nasceu em novembro, no andar de cima do Mercado da Ribeira, em pendant com o restaurante Papa Açorda (aliás, partilham a casa de banho). Em pouco mais de um mês, o bar já se encheu para uma matinée com a marca da radialista Inês Meneses e para o lançamento do livro de Ricardo Araújo Pereira, a que se seguiu uma festa privada regada a champanhe.
O nome Rouge não é por acaso. Basta lá entrar, ficar submerso no ambiente vermelho, para se perceber o porquê. A estrutura metálica do edifício do mercado, de 1892, foi aproveitada para realçar essa cor, assim como a iluminação, que vai mudando de tom (mas nunca de cor) consoante a hora. As portas abrem às cinco da tarde e só fecham às quatro da manhã, sempre ao som da música dos djs que costumam estar no primeiro andar do Lux. Em dias de festa, a conversa é outra, claro. Apesar de ainda ter muito pouca história, temos a certeza de que este poiso vai fazer muito pela elegância da vida noturna da cidade. Pç. D. Luís I, Lisboa > T. 21 346 1117 > ter-dom 17h-04h
![jcc quinta quetzal 06.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/10036312jcc-quinta-quetzal-06.jpg)
José Carlos Carvalho
6. Quinta do Quetzal
No interior alentejano, entre vinhas, nasceu um centro de arte contemporânea
Este ano, o casal de bilionários holandeses Cees e Inge de Bruin-Heijn criou no Alentejo um equipamento cultural que põe Vila de Frades, no concelho da Vidigueira, no circuito da arte contemporânea nacional. A Quinta do Quetzal é um projeto vitivinícola com mais de uma década de existência, mas distingue-se pelo facto de unir o vinho à arte. Na herdade com cerca de 50 hectares de vinha, a paisagem alentejana é interrompida por dois edifícios, o da adega, onde se produzem os vinhos Guadalupe e Quetzal, e o do Centro de Arte Contemporânea, inaugurado em setembro. Revestido a xisto e rasgado por grandes janelas, o centro foi construído de raiz com o objetivo de mostrar ao público as obras de arte da família Bruin. Até ao início do próximo ano, estarão expostos os trabalhos de Robert Heinecken, Pat O’Neill e Trisha Baga, e, depois, serão revelados novos artistas. Para além da arte, no Quetzal existe uma loja, com livros, produtos da região (mel, azeite, compotas) e os vinhos da herdade, e ainda um restaurante com comida tradicional alentejana, para partilhar e confecionada com produtos da região. Da carta assinada pelo chefe Pedro Mendes, destacam-se o à Braz de farinheira ou queijo de cabra, os figos e o presunto de porco alentejano. Vila de Frades, Vidigueira > T. 284 441 618 > visitas guiadas à adega: qua-dom 11h, 15h, 17h; centro de arte: qua-dom 10h-18h; restaurante e loja: qua-qui, dom 10h-18h, sex-sáb 10h-23h > grátis (visita ao centro de arte), visitas guiadas com prova a partir de €15
![jc bairro do avillez 20160805_0009.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/10036302jc-bairro-do-avillez-20160805_0009.jpg)
José Caria