Apresentou-se pela primeira vez em 2016, com Tremble Like a Flower, que representou, na altura, um escape para JP Simões que, através do alter-ego Bloom, desbravou um novo caminho para a sua música, mais em direção ao imaginário do pop-rock anglo-saxónico. Um território ao qual está de regresso com o novo Drafty Moon, um disco que o afasta do registo mais intimista e de cantautor a que habituou os fãs. “Trata-se de uma continuação com o seu quê de renascimento, com o regresso a um lado elétrico e poderoso, do qual, confesso, já sentia alguma falta”, afirmou à VISÃO.
![](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2021/11/211103_Bloom_DraftyMoon_Artwork-1079x1080.jpg)
Composto por oito temas, Drafty Moon é um álbum assumidamente rock, feito de canções enérgicas que a produção eletrónica, em parceria com “o amigo e cúmplice” Miguel Nicolau, dos Memória de Peixe, tornou ainda mais grandiosas, na melhor tradição de artistas como Roxy Music, David Bowie ou The Cure. “Será, porventura, das coisas mais sofisticadas e elegantes que já fiz”, admite o músico.
Apresentado pelo autor como “um disco feito ainda com um pessimismo pré-pandémico”, pois “algumas músicas já tinham seis ou sete anos e estavam apenas à espera da oportunidade certa”, Drafty Moon é o resultado de “um pico de angústia em relação ao mundo”, fruto de toda a erupção de tendências e de consequentes conflitos dos últimos anos. A ironia, essa, está sempre garantida no discurso de JP Simões: “No fundo, apenas tento dar um lado enérgico e algum humor a todo esse pessimismo.”
Ouça aqui o tema People That Never Dance