O maestro Manfred Honeck, à frente da mesma Pittsburgh Symphony Orchestra, já antes tinha gravado um extraordinário CD de Beethoven com as sinfonias 5 e 7 – emparceiramento tradicional, em que ele não fazia má figura ao lado de predecessores como Kleiber ou Böhm.
Agora é a vez da Eroica, uma obra mais portentosa, cujas interpretações nem sempre conseguem a vitalidade rítmica e de articulação necessárias, o que pode torná-la um pouco indigesta (sobretudo no primeiro andamento; A Marcha Fúnebre impõe-se facilmente, e o último andamento cativa-nos de outra forma, não subestimando o fabuloso Scherzo…). Honeck é irrepreensível.
Numa leitura que funde o melhor da tradição romântica com as interpretações de “época”, tudo é atenção e estímulo. Não há realmente qualquer motivo que desaconselhe acrescentar esta interpretação da Eroica para juntá-la às 20 que já lá temos em casa – ou mesmo que não tenhamos nenhuma. O programa termina com o belo Concerto para Trompa nº 1, de Richard Strauss.