Monstros, carrascos, carniceiros, assassinos: as alcunhas dos oficiais do regime nazi diziam tudo sobre as suas personalidades e ações. Porém, nem todos foram julgados pelos crimes que cometeram. Alguns escaparam à justiça, sobrevivendo na clandestinidade e com a ajuda de cúmplices da ditadura alemã.
Num registo diferente do seguido por Olivier Guez, em O Desaparecimento de Josef Mengele, Eric Frattini faz, em A Fuga dos Nazis (Bertrand, 376 págs., €17,70), um levantamento exaustivo da chamada Rota das Ratazanas, por onde passaram, com destino à América do Sul, centenas de nazis.
O jornalista italiano, autor de duas dezenas de livros, isola 12 casos que se destacam pela colaboração (cada vez mais conhecida) do Vaticano. Com recurso a fotografias, documentos e memórias, este é o relato de uma justiça que só a História é capaz de fazer: a da verdade contra o esquecimento.