Rumo ao Porto: 8 novos hotéis para aproveitar a cidade

Tem sido, sobretudo, a Baixa e a zona histórica a atrair novos investimentos hoteleiros no Porto. Só na Avenida dos Aliados, coração da cidade, abriram dois hotéis nos últimos meses. O cinco estrelas Monumental Palace Hotel, da cadeia hoteleira francesa Maison Albar, recuperou a fachada neogótica, os interiores Art Nouveau e Art Déco, projetados em 1923 pelo arquiteto italiano Michelangelo Soá. Aos 63 quartos e 13 suites, e ao Café Monumental, à imagem dos anos 30, junta-se o restaurante de alta cozinha Le Monument, onde o chefe francês Julien Montbabut ambiciona conquistar uma Estrela Michelin.

Mais abaixo, foi o Pestana Porto – Goldsmith a ocupar o edifício onde outrora funcionou a Casa Navarro. O hotel, propriedade do grupo de relojoaria e joalharia de luxo David Rosas, com o grupo Pestana na gestão, tem a filigrana portuguesa como tema – daí o nome goldsmith (ourives, em inglês). Os 43 quartos, com vista para a Avenida dos Aliados, a Rua do Almada e a Rua dos Clérigos, primam pela decoração sóbria e conforto. Um museu da filigrana no interior e uma loja David Rosas no rés-do-chão serão a joia da coroa.

Ali bem perto, na Rua Sá da Bandeira, foi o Porto Royal Bridges a abrir as portas há poucas semanas. A dois passos do Teatro Sá da Bandeira, ergueu-se (mais) um hotel, desta vez, com as pontes do Douro e o vinho do Porto como tema, a percorrer os 70 quartos e o balcão oval em forma de casco de navio. A decoração é de Nini Andrade Silva e, só isso, já diz muito do que dele podemos esperar.

O quarto é para dormir. Foi com esta ideia em mente que surgiu o Zero Box Lodge, o primeiro projeto hoteleiro do grupo MainSide, num edifício reabilitado do século XIX. É quase uma cidade dentro da cidade. Além dos 78 quartos, perfilados como se fossem caixas de madeira, tem biblioteca, um terraço com dois tanques de mergulho, discoteca, restaurante, e, até, o antigo cofre de um banco que dá nome aos cocktails servidos no bar Big Bad Bank Bar.

Diversão é o que não faltam no Selina Porto, o primeiro na Europa da cadeia internacional com o mesmo nome. Com 190 camas e mais de meia centena entre quartos e dormitórios (com quatro, seis e oito camas), nada falta a este hotel situado na Rua das Oliveiras: bar, música com dj e, até, uma foodtruck estacionado no jardim a servir cozinha do mundo.

No final do verão do ano passado, foi o grupo Gran Cruz a abrir uma guesthouse na Ribeira, num edifício do seculo XVII. Com sete quartos, a Gran Cruz House percorre a história desta marca dedicada ao vinho do Porto. A ligação vínica prolonga-se na alta-cozinha do restaurante Casario, com assinatura de Miguel Castro e Silva e José Miguel Guedes.

Do outro lado do Douro, também a Sogrape, em parceria com o grupo The Independente Collective, abriu o The House of Sandeman Hostel & Suites nas caves da marca, com 12 suites e 43 camas, divididas por quatro camaratas. Apesar de recente, o hotel já ganhou o prémio de melhor projeto de alojamento vínico no Best of Wine Tourism 2019, além de ter sido considerado pelo jornal britânico The Guardian como um dos dez melhores novos hostels do mundo.

Charme é o que não falta ao hotel-boutique Cocorico Luxury Guest House, próximo da Batalha, no Porto, com dez suites de áreas generosas. Também, neste caso, foi o vinho e o terroir do Douro a dar o mote ao primeiro hotel do grupo francês Millésime em Portugal, onde se inclui um restaurante de cozinha francesa. Tudo pensado ao pormenor, bien-sûr.