A parceria entre a VEJA e a fábrica de calçado Samba, em Felgueiras, tem um nome: Aegean. Esta é a designação do projeto que está a trazer a produção de ténis (ou parte dela, para já) para o Norte de Portugal, uma estreia na Europa, dado que todo o fabrico da marca, fundada por Sébastien Kopp e François-Ghislain Morillion em 2005, se encontrava no Brasil. O objetivo desta segunda cadeia de fabrico é a aposta no local to local, ou seja, numa produção mais próxima do mercado europeu.
A fábrica Samba, com meio século de vida (e um historial na produção de calçado para marcas internacionais), foi a unidade escolhida para esta parceria com a VEJA – desde setembro de 2022, já produziu mais de 80 mil pares de ténis do modelo V-90 (€185). Com um estilo retro que evoca a estética dos anos 90, chega às lojas em três cores: Almond, Náutico e Pekin.
O cuidado na escolha dos materiais é uma parte fundamental neste “puzzle de juntar as cerca de 40 peças” que compõem uma sapatilha, explica Rui Oliveira, diretor-geral da Samba. No caso da VEJA, há materiais que continuam a vir do Brasil, como a borracha (extraída por seringueiros exclusivos na Amazónia) e o algodão orgânico (para os cordões), ou a pele de vaca oriunda de Itália, mas também de Portugal (Alcanena). O modelo V-90 já inclui componentes nacionais como os ilhós, o contraforte e a própria embalagem de cartão.
Se, por um lado, a marca francesa terá apreciado a produção quase toda manual da Samba, onde trabalham 150 pessoas – desde o corte e cosedura da pele à colagem da sola –, também a unidade de Felgueiras ficou agradada com os valores da VEJA, como as preocupações pela sustentabilidade dos materiais, justiça económica e projetos sociais que envolvem toda a cadeia produtiva. Se esta parceria tiver pernas para andar, adianta Rui Oliveira, a Samba “tem a expetativa de vir a criar uma linha de produção para a VEJA com capacidade para 600 pares diários”.
VEJA > À venda em veja-store.com e em lojas multimarca