Portugal está a atravessar um período de crescimento – quase revolução – na produção de vinhos. Existem cada vez mais produtores, mais jovens e inovadores, novas sub-regiões, renascimento de regiões meio esquecidas, recuperação de castas mal-amadas, transformadas em estrelas, adoção de estilos de vinificação menos clássicos – e, consequentemente, mais controversos. Tudo fatores que nos fazem ver o vinho de uma forma mais abrangente, mais acessível e, espera-se, menos conservadora.
No dossier de vinhos deste ano, o desafio foi dar a conhecer um pouco desta revolução, desta variedade crescente de vinhos portugueses. Aqui, dá-se lugar não só às marcas clássicas, que nunca podem faltar à mesa, mas também a produtores mais pequenos e familiares, que procuram fazer algo diferente e trazer sangue novo ao panorama vínico nacional.
A organização deste dossier é muito clara e direta ao assunto. Começa com uma seleção de brancos, seguida de rosés, tintos e, para o fim, os vinhos espumantes e fortificados, terminando mesmo com o ex-líbris da aguardente vínica portuguesa. Procurou-se igualmente sugerir vinhos para todas as ocasiões, iguarias, estações do ano e até mesmo para todas as carteiras.
Cinquenta e duas semanas compõem o ano, pelo que a proposta deste dossier é recomendar-lhe um vinho para disfrutar ao longo de cada semana, inspirado nos lançamentos e novidades que tiveram lugar durante 2023. Pretendemos, assim, que não lhe faltem bons vinhos para brindar aos melhores momentos que o novo ano irá trazer!
BRANCOS
1. Quinta do Salvante Branco Grande Reserva DOC Trás-os-Montes 2019
A Quinta do Salvante orgulha-se de ser detentora de um património vitícola precioso, com vinhas velhas a ultrapassar os 100 anos de idade. Este Grande Reserva branco vem de uma dessas vinhas, cujas uvas brancas são selecionadas no meio das tintas, vindimadas à mão e, depois, estagiadas em carvalho francês. O resultado é um vinho bem estruturado, guloso, que enche a boca de frutos secos e alperce, sem perder uma acidez que equilibra tudo no fim. €17
2. Quinta da Boavista Vinha do Levante DOC Douro 2020
Da vindima de 2020 resultou o primeiro vinho branco desta quinta. A vinha do Levante é a única vinha de uvas brancas, composta por Arinto e Viosinho, que até este ano não tinha dado origem a nenhum vinho da marca. Um vinho algo exuberante no nariz, mas na boca lembra aromas mais vegetais e ervas aromáticas. É envolvente e volumoso. Está pronto a consumir, mas tem um excelente potencial de guarda. €35
3. Anunciada Velha branco de curtimenta Regional Tejo 2021
Feito com Arinto e Fernão-Pires. Não é um vinho fácil ou consensual. É seguramente um vinho para aventureiros. Isto porque, sendo de curtimenta, tem taninos bem presentes, acidez marcada e um certo amargo no final de boca. Pelo meio, encontra-se sabor de casca de laranja e resina de pinheiro. Um branco com estrutura para acompanhar carne de churrasco. €40
4. Soito Wines Reserva Encruzado DOC Dão 2021
A Soito Wines orgulha-se dos seus encruzados e este Reserva é um bom representante do que por ali se produz. O nariz muito fresco, com notas mais vegetais, transforma–se na boca ao revelar sabores de pêssego e manga madura. Teve estágio em carvalho francês e bâtonnage, o que lhe dá um bom corpo, que preenche a boca. Perfeita combinação com o queijo Serra da Estrela. €25
5. Quinta dos Santos Tesouro Malvasia Fina e Sercial Regional Algarvio 2021
Um branco algarvio com muito pouco de óbvio, uma vez que junta duas castas menos usadas na região e é envelhecido por 12 meses em barrica francesa usada. O resultado é um vinho seco, com notas de toranja, assim como sabores de frutos secos e alguma baunilha. Elegante e complexo ao mesmo tempo. €30
6. Quanta Terra Grande Reserva branco DOC Douro 2021
Pode ser um vinho branco jovem feito a partir de Viosinho e Gouveio, mas nada tem de simples. É um Grande Reserva, com tudo o que isso significa: guloso, encorpado e intenso. Um bom branco de inverno, que apetece beber junto à lareira ou levar a uma mesa, juntamente com bacalhau no forno e batata a murro. €25
7. Viúva Quintas DOC Bucelas 2020
Tratando-se de um DOC de Bucelas, só poderia ser um vinho feito 100% de Arinto. Este Viúva Quintas é um excelente exemplar do que a região consegue produzir. Um branco bem seco, mas ainda assim aromático. No nariz, faz lembrar ervas aromáticas, como o tomilho, mas na boca é mais fruta, parecido com ameixa branca pouco madura. Tem um final longo e guloso. €12
8. Cortes de Cima Salino branco Regional alentejano 2021
Uma marca que nasceu no terroir quente da Vidigueira e se estendeu para a costa do Alentejo, de onde sai este Salino. O nome faz-lhe jus: este 100% Loureiro, além das notas aguçadas de limão, características da casta, tem sabores salinos, a lembrar os ventos do Atlântico que penetram nestas vinhas. Um vinho que acompanha pratos de peixe, desde um grelhado a um arroz rico. €38
9. Casa de Paços Loureiro Reserva Vinhas Velhas DOC Vinho Verde 2021
Em jovem, tem todas as características do Loureiro – acidez do limão harmonizada com a delicadeza de flores brancas, como jasmim e flor de sabugueiro. Mas o Loureiro envelhece muito bem e daqui a dez anos será um vinho com notas de mel, frutos secos, casca de laranja, sempre com uma acidez vibrante. €11,90
10. Campo do Tejo Fernão-Pires DOC Tejo 2022
O Campo do Tejo é um projeto criado entre os Vinhos do Tejo e diversos produtores da região, para alavancar o Fernão-Pires, especificamente do terroir Campo. Esta iniciativa quer destacar um lado mais leve e fresco e o baixo álcool (até aos 12%) desta casta branca, ideal para consumir no dia a dia, a solo ou com comida. €5
11. Teixinha Roupeiro Regional Alentejano 2022
A Herdade da Malhadinha Nova, habituada ao terroir quente de Beja, decidiu aventurar-se por terras mais frescas e de altitude. Lançou, neste ano, a marca Teixinha, nascida na serra de São Mamede. Este Teixinha Roupeiro é o branco que melhor representa o perfil da serra, com aromas frescos de fruta de polpa branca. Já na boca, mostra–se mais profundo, seco e com um final longo. €22
12. Quinta Vale da Roca Malvasia Regional de Lisboa 2021
Com uma vista sobre a praia do Guincho, esta vinha de Malvasia beneficia do que o vento do Atlântico traz de melhor aos vinhos: mineralidade, salinidade, acidez e muita frescura. O estágio de seis meses em barrica e bâtonnage dão a este branco um pouco mais de corpo e algum sabor de ameixa branca. €16
13. Quinta de Saes Encruzado DOC Dão 2022
Se o adjetivo “mineral” define um vinho, é este Encruzado. A Quinta de Saes conhece bem a casta mais famosa do Dão, criada em solos graníticos e que beneficia dos ares da serra. Aqui, o Encruzado está muito bem trabalhado, resultando num vinho elegante, com sabor de meloa e ameixa branca, bem seco e de acidez equilibrada. €18
14. Vale dos Ares Limited Edition DOC Vinho Verde Monção e Melgaço 2020
Há uma década dedicado à produção de Alvarinho de Monção e Melgaço, este produtor consegue sempre dar um toque diferente a cada um dos seus vinhos. O Limited Edition mostra um lado mais encorpado e intenso do Alvarinho, sem esconder as suas características mais cítricas. Aqui, adiciona notas de mel e frutos secos provenientes do estágio em barricas de carvalho francês e bâtonnage por seis meses. €23
15. Tapada de Coelheiros DOC Alentejo 2021
A crescente preocupação em criar um ecossistema sustentável na herdade reflete-se na qualidade dos vinhos de Coelheiros. Neste branco, o Arinto e o Roupeiro apresentam notas cítricas e uma excelente acidez, que, combinada com um estágio em barrica com bâtonnage e finas borras, lhe conferem um toque mais untuoso na boca e um final persistente. €30
16. Quinta da Atela Gewurztraminer Regional Tejo 2021
Existem pouco exemplares desta casta alemã em Portugal. A Quinta da Atela foi audaz, ao transformar uma casta com tendência para alguma sensação de doce num vinho seco e muito equilibrado. Com fermentação e estágio em inox, este vinho resultou muito aromático, destacando-se as notas de flor de laranjeira e erva-cidreira. €11,50
17. Quinta da Biaia Fonte da Vila Síria DOC Beira Interior 2019
Os vinhos da Biaia são recentes, mas já se tornaram uma referência nesta região. Proveniente de vinhas biológicas a mais de 700 m de altitude, este Síria é um bom representante da sub-região de Castelo Rodrigo. Mostra uma enorme variedade de aromas, como frutos secos, pólvora e até toranja. Na boca, consegue ter acidez e frescura, mas igualmente uma cremosidade, devido a um longo estágio em carvalho francês.€39,99
TINTOS
18. Lello Vinhos Borges DOC Douro 2021
Uma marca de vinho de mesa que existe no mercado há 110 anos é algo admirável. A Lello faz, assim, parte da história do Douro e é exemplo de muita resiliência. O néctar em si cumpre a promessa da região, revelando sabores de fruta preta madura, alguma compota, chocolate e frutos secos. Um vinho que promete chegar à mesa dos portugueses por muitos mais anos. €4,29
19. Poças Fora da Série Lagar das Quartas DOC Douro 2021
Um tinto diferente, pois pretende reproduzir os vinhos de antigamente no Douro, feitos de vinhas velhas e, por isso, de mistura de castas brancas e tintas. É produzido e estagiado em cubas de inox, pelo que os sabores de fruta vermelha predominam. Com 12% de grau alcoólico, leve, com acidez, aromático, bebe-se sem cansar, com ou sem comida a acompanhar. €20,50
20. Pegos Claros Claro DOC Palmela 2020
É feito 100% com a casta tinta Castelão e a cor é rubi aberta. Este Claro é uma versão bem alegre e jovem do Castelão. Um vinho aromático, com muita frescura e acidez q.b., baixo álcool, muita groselha e framboesa com um toque de alecrim. O final de chocolate negro vem do curto estágio em barrica. É melhor beber-se frio, a acompanhar aqueles pratos de massa com bastante molho. €10
21. Natus Tinto Regional Alentejano 2021
Um vinho com tudo para ser tipicamente alentejano sem o ser. Feito com Trincadeira e Castelão, pouca rega, uvas colhidas à mão, mosto fermentado em talha e logo passado para barricas muito usadas. Cor vermelha viva e brilhante, com aromas de groselha, framboesa e tomilho. Na boca, a acidez é vincada e o final é subtil, mas muito prolongado. Um Alentejo diferente e surpreendente. €28
22. Monte da Bonança Regional Alentejano 2022
Um blend clássico alentejano com Alicante-Bouschet, Aragonês e Trincadeira. Feito por um pequeno produtor com vinhas velhas de sequeiro, algo já por si raro no Alentejo, nos dias de hoje. Apesar de ser um vinho com 14% de álcool e parcialmente envelhecido em barrica, quando servido refrescado, este tinto torna-se leve e jovem, deixando sobressair as notas de groselha e framboesa e um toque mentolado. €8,50
23. Quinta do Crasto Altitude 430 DOC Douro 2021
Este vinho apresenta um estilo muito diferente daquilo a que a Quinta do Crasto tem habituado os seus fiéis consumidores. Através de um blend de Tinta-Francisca e Touriga-Nacional, com origem em vinhas a 430 m de altitude, criou um tinto mais leve, frutado e com baixo grau alcoólico, mas com a elegância característica desta casa. €17
24. ODE Winery Touriga-Nacional DOC Tejo
Um vinho Touriga–Nacional no Tejo pode não trazer muita novidade, mas a ODE Winery arriscou lançar este tinto apenas um ano após a colheita. Um vinho bastante mais inovador, ao conhecermos uma Touriga-Nacional num estilo mais fresco, com acidez, fruta do bosquee alguma pimenta-branca. €18
25. Matremilia Grande Reserva tinto Regional Alentejano 2020
Este vinho da adega Mainova é uma homenagem à avó Emília, uma mulher do campo, cheia de garra, trabalhadora, com uma maneira de ser muito doce e que deixou saudades. O Matremilia tem muito deste caráter. Feito de Alicante-Bouschet, é um tinto bastante encorpado, taninos firmes, fruta preta e com um final longo e guloso na boca.€95
26. Vieira de Sousa Reserva Tinto DOC Douro 2011
Este tinto é de partilha obrigatória, por várias razões. Porque é de uma colheita clássica, considerada por muitos a melhor deste milénio. Depois, porque é grande, em tamanho e preço. Trata-se de uma edição especial, apenas disponível em garrafão premium de cinco litros e limitada a 50 unidades. Um vinho para abrir numa mesa recheada de boa gente. €245
27. Marquês de Marialva Baga Unoaked DOC Bairrada 2015
Este Baga Unoaked é irmão do Baga Complexo e andam sempre aos pares. Uma interessante experiência e bonita homenagem da Adega de Cantanhede à casta rainha da Bairrada. Sem a influência do estágio em carvalho, o Marquês de Marialva Baga Unoaked revela o melhor da casta: compota de fruta vermelha, que enche a boca e se prolonga no final. €64,49 (pack de dois)
28. Arribas Wine Company Quilómetro tinto IVV 2020
O Quilómetro de 2020 é único e não se repete nos anos seguintes, pois a origem das uvas muda a cada colheita. Trata-se de uma parceria que os enólogos fazem com pequenos produtores com vinhas velhas, espalhadas pela região de Trás-os-Montes. Este Quilómetro 2020 vem da vila de Travanca. O resultado é um vinho cheio de história e personalidade, com álcool elevado, mas que nem se dá por ele. Um tinto com fruta vermelha e ervas frescas, que se bebe com prazer. €25
29. Esporão Reserva DOC Alentejo 2021
O Reserva é um clássico do Esporão – sendo que se produz consistentemente desde a criação da marca, em 1985 – e, ao mesmo tempo, um clássico do Alentejo. É feito com uvas biológicas da herdade – Alicante-Bouschet, Trincadeira, Touriga-Nacional, Aragonês, Cabernet Sauvignon –, destacando-se as notas de amoras pretas e ameixa madura, especiarias e alcaçuz. €20
30. Dandy de Cidrô Real Companhia Velha DOC Douro 2021
A mais antiga empresa de vinhos em Portugal prova, com este vinho, que acompanha as tendências do mercado. Misturou castas brancas e tintas do Douro e criou um tinto leve, baixo álcool, cor pouco carregada, muita fruta vermelha, e tudo com uma imagem jovem e divertida. Acompanha carnes brancas, massas, queijos curados e sobremesas de chocolate. €6,50
31. Crono Tinta Amarela Regional Lisboa 2021
Crono significa “tempo”. E é o que este projeto pretende: dar tempo à terra, à vinha e ao vinho para se revelarem. Este é um vinho de edição limitada, intervenção mínima e máxima personalidade: um tinto seco, com taninos marcados, muita fruta preta, algum cacau e chá preto no final. Para beber com calma (o tal tempo), com uma carne no forno com arroz e enchidos. €29
32. Quinta da Alorna 1723 Grande Reserva DOC Tejo 2019
A Quinta da Alorna completou 300 anos de existência e a efeméride foi celebrada com diversas iniciativas, entre as quais um vinho. Trata-se de um blend de Tinta-Miúda, Castelão e Alicante-Bouschet, com uma complexidade de sabores que passam pelas notas balsâmicas e de bosque no nariz, que na boca dão lugar à cereja, amora e violeta. €300
33. Arvad Negra Mole Regional Algarvio 2022
A Negra-Mole, casta autóctone algarvia, está finalmente a ter o reconhecido valor há tanto tempo esperado. Tem características únicas, e a Arvad soube trabalhá-las na perfeição. Este vinho destaca as notas de ginja, groselha e ervas aromáticas. O facto de estagiar em ânfora por sete meses ajuda a torná-lo mais fresco e elegante. €19
34. Artisans’ Terroir Gandim IVV 2018
Gandim era o nome que o enólogo carinhosamente chamava ao seu pai, e este vinho tem uma personalidade igualmente forte. Feito de Syrah e com 14,5%, tem cor violeta escura, aroma de fruta preta e um toque mentolado. Um vinho robusto, para acompanhar comida igualmente intensa, como uma feijoada ou cabrito assado no forno. €32
35. Clandestino Cuvée EC + TN IVV 2022
Clandestino é uma gama de vinhos destinada a experiências e vinhos menos consensuais produzidos pela Caminhos Cruzados, em Nelas. Neste caso, a aventura foi fermentar mosto de Encruzado em películas de Touriga-Nacional. Além da cor rubi aberta, os aromas também são pouco óbvios, destacando-se o morango e a framboesa e notas herbáceas. Perfeito para servir fresco, a acompanhar frango assado ou sardinhas.€12,50
ROSÉS
36. Cardo Rosé DOC Beira Interior 2022
Em 2023, a Quinta do Cardo ganhou nova vida. A gerência mudou, a imagem gráfica foi renovada e muitas novas referências foram lançadas, sendo este Cardo Rosé uma delas. Produzido a partir das casta regionais Rufete e Tinta-Roriz, o único rosé desta quinta é leve, delicado, mineral e muito frutado. Um vinho de baixo grau alcoólico, que se pode beber a solo ou a acompanhar salada ou pratos de massa.€7,50
37. Quinta da Boa Esperança Rosé Atlântico Regional Lisboa 2021
Chamam-lhe um “rosé atlântico” e efetivamente as vinhas encontram-se apenas a poucos quilómetros do oceano. Os ventos salinos penetram nas vinhas e permitem que a Touriga-Nacional, o Castelão e a Syrah, em conjunto, produzam um rosé salino, frutado e com baixo álcool, mas ao mesmo tempo encorpado, capaz de acompanhar boas refeições de marisco e carnes brancas. €20
38. Torre de Palma rosé Regional Alentejano 2022
Este rosé é composto por Touriga-Nacional e Tinta-Miúda, com estágio de seis meses em depósito de cimento, e apenas uma pequena parte envelhece em barrica de madeira usada. É evidente o sabor de morango fresco e groselhas, acima de tudo pela sua excelente acidez. Um bom vinho, para beber bem fresco em dias bem quentes, a acompanhar queijos amanteigados ou salmão fumado. €24,30
39.Serenada Grauvaque Y14 Rosé Regional Península de Setúbal 2021
Grauvaque é um tipo de solo predominante nesta propriedade em Grândola, onde nascem a Touriga-Nacional, o Jaen e o Cabernet Franc, que compõem este rosé. Com um tom mais carregado do que os rosés da moda, este Grauvaque Y14 é um vinho bastante gastronómico. Tem acidez bem vincada, típica de frutos como morango e groselha, e um final de boca muito prolongado. €18
40. Taboadella Caementa DOC Dão 2022
Um rosé feito inteiramente da casta Tinta-Roriz, vinificado em cimento e com estágio em carvalho, por um curto período de cinco meses. Isso explica o seu perfil: acidez vincada, corpo médio e uma subtileza de sabores, a lembrar frutos vermelhos, assim como alguns aromas dos bosques e rochas que rodeiam as vinhas. €15
41. Saravá Rosé IVV 2022
“Salve” ou “bem-vindo” são significados para a palavra afro-brasileira Saravá. E, de facto, sejam bem-vindos os vinhos diferentes, originais num meio ainda tão tradicional. Este é um rosé feito com a casta branca Loureiro, fermentado com cachos inteiros de uvas tintas. Assim, nasce um vinho com alta acidez e uma mistura de sabores de lima e morangos frescos. €16
42. São Luiz Colheita rosé DOC Douro 2022
Este Colheita rosé é uma estreia inédita para a Sogevinus, que está apostada em dar a conhecer o terroir muito próprio da Quinta de São Luiz, no Cima Corgo. Tem aromas de framboesa e casca de tangerina e uma boca intensa de final persistente. Um rosé discreto, mas nem por isso simples, que irá acompanhar bons pratos de peixe e marisco. €7,50
43. Profetas e Villões Rosé dos Villões DOC Madeirense 2022
Em tempos, a Tinta-Negra era uma casta mal-amada na Madeira, apesar de ser a tinta mais plantada na ilha. Hoje, além de fazer parte do vinho Madeira, produz belos tintos e rosés. É o caso deste Rosé dos Villões, em que é evidente o caráter salino, que se mistura de forma muito elegante com os sabores de toranja e framboesas frescas. Um rosé que pede comida – porque não umas lapas grelhadas? €14,90
44. Villa Alvor Rosé Regional Algarvio 2021
O Algarve tem-se revelado uma excelente região para produção de vinhos rosé. Com um clima marítimo ameno, influenciado pelo Atlântico e pelas serras a norte, consegue um equilíbrio perfeito para os rosés. Este Villa Alvor, feito com castas intensas como Syrah, Trincadeira e Aragonês, resulta num vinho muito suave e equilibrado, acidez média e notas de flor de laranjeira e pêssego. €5,99
ESPUMANTES E GENEROSOS
45. Kompassus Grande Reserva Pinot Noir e Baga DOC Bairrada
Elaborado com as castas Pinot Noir e Baga, este é um espumante com bastante complexidade. Isso significa que consegue unir uma grande diversidade de aromas e sabores numa só garrafa: brioche, frutos secos e até fruta cristalizada. Fermentou em garrafa segundo o método clássico, tem uma bolha fina e elegante, bem como leveza e frescura. €29
46. Casa da Passarella Espumante Fugitivo Baga bruto DOC Dão 2016
Produzido exclusivamente com a casta Baga e segundo o método clássico, este espumante blanc de noir ganhou alguma cor rosada, o que lhe atribui suaves aromas a frutos vermelhos. Apresenta uma acidez e notas vegetais, assim como pão tostado, típicos de espumantes mais tradicionais. Acompanha bem peixes gordos ou mesmo carnes brancas. €39,30
47. Pôpa Tinto Doce 2019
Não é um fortificado nem um colheita tardia; é um vinho tinto doce. Feito a partir do blend de mais de 20 castas, com predominância da Tinta-Barroca. A sua vinificação é semelhante à do vinho do Porto, mas aqui a fermentação é interrompida através do frio. Obtém-se um tinto jovem, doce e com baixo teor alcoólico (9,5% vol.). Bebe-se sozinho como aperitivo ou a acompanhar sobremesas, mas sempre bem fresco. €14,90
48. Herdade das Servas Espumante Blanc de Noir Regional Alentejano 2018
Um espumante branco de Estremoz, produzido inteiramente com a casta tinta Castelão, segundo o método clássico. É um vinho muito versátil, com excelente acidez, mas com corpo e suavidade dados pelo estágio sobre as borras finas. Acompanha bem marisco e queijos de menos cura. €34
49. Aguardente Vínica XO DOC Lourinhã
Existem três regiões demarcadas para produção de aguardente na Europa, e a Lourinhã é uma delas. Esta Extra Old Clássica é a aguardente mais célebre da Adega Cooperativa da Lourinhã. Tem aromas muito distintos de fruta, como laranja amarga, mas também baunilha, café e frutos secos. Na boca, sente-se obviamente o elevado álcool, mas com uma textura aveludada e um ligeiro sabor fumado no final. €49
50. Quinta da Pedra Alta Pedra n.º 3 Porto Branco DOC Douro
Um vinho do Porto branco, meio seco e despretensioso. No nariz, mostra bastantes aromas de flores brancas e maçã; já na boca, tem algo de mentolado e refrescante. É o vinho perfeito para criar o clássico cocktail Port & Tonic ou até mesmo para beber à refeição. Porque, apesar de ter 18% de álcool, este n.º 3 Porto Branco tem boa acidez, é jovem e muito leve. €16,50
51. Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo Vintage DOC Douro 2021
2021 foi um ano relativamente ameno, com um verão pouco quente, de noites frescas. Tais condições foram muito favoráveis à produção de vinhos do Porto de excelência e de grandes Vintage. A qualidade e o equilíbrio da uva – provenientes de vinhas centenárias – atribuíram ao vinho um nariz muito perfumado e aromático, mas na boca uma textura mais suculenta, acidez equilibrada e um final bastante persistente. €90
52. Dalva Porto Tawny 50 anos DOC Douro
Recentemente, o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) alterou a legislação, autorizando uma nova categoria de vinho do Porto. Além dos 10, 20, 30 e 40 anos, agora surgem os 50 anos. É o caso deste Tawny. Com a idade, vieram a elegância e a suavidade, mas também uma imensidão de sabores, entre os frutos secos, frutas cristalizadas, especiarias (da canela ao caril) e muitos outros que podem ser descobertos enquanto o vinho persistir na nossa boca.€240