Assim que a noite se aproxima, as mesas da esplanada do Povo, na Rua Cor de Rosa, vão-se enchendo. Reaberto recentemente com uma decoração renovada – e enquanto não se retomam as residências artísticas e a programação musical –, a casa de fados ganhou também uma nova ementa criada por Bernardo Agrela que alia a missão de chefe consultor com o projeto A Praça e a cozinha da Casa Capitão (vai reabrir em breve, fica a dica, no Hub Criativo do Beato).
No Povo, a funcionar a partir das 17 horas, durante a semana, Bernardo Agrela, em parceria com o chefe residente Vitor Charneca, decidiu mudar a ementa e encurtar o número das sugestões. “Não tenho nada contra, mas já há muitos restaurantes a fazer peixinhos da horta e chouriço assado. Apostámos no peixe do rio, como a tainha e, em breve, a enguia. Gosto de trabalhar ingredientes pouco habituais, daí estas escolhas mais inusitadas, mas que não esquecem a minha identidade e o nosso receituário”, explica.
A puxar por um copo de vinho ou pela imperial bem fresca, há rissóis de polvo, pastéis de massa tenra de camarão picante, empadas de língua e croquetes de carne de alguidar (€2/cada). E ainda bifana à moda do Porto, pratos de enchidos de Vila Nova de São Bento e queijos do Monte da Vinha, em Arraiolos.
Agora que se despertou o apetite, é a vez de provar a tainha curada (€13) ou a favada de bacalhau (€13). Já nas carnes, a dupla de chefes pensou, entre outras opções, no xerém com língua (€11) e na espetada de borrego com salteado de abóbora (€12). Para os vegetarianos, sugere-se couve queimada com húmus e sultanas (€7) e salada de batata-doce e queijo de cabra (€9). Antes de sair, é obrigatório provar as farturas (€4,50) que vêm acompanhadas com chocolate e especiarias. Uma gulodice irresístivel.
Povo > R. Nova do Carvalho 32, Lisboa > T. 21 347 3403 > seg-sex 17h-22h30