Na Grow Food House, os contactos com os produtores locais, ao redor do Porto, são constantes. A rede foi criada para garantir o fornecimento de hortícolas e frutícolas da época, com a maior qualidade e frescura, todos devidamente certificados com o selo orgânico. Quando Leonor Gali começou a idealizar o restaurante, o movimento Farm-to-Table (da quinta para a mesa, numa tradução literal), no Porto, “estava muito cru”, recorda. A maior proximidade com a cadeia alimentar, o recurso a uma agricultura sustentável, o aproveitamento do conhecimento sábio dos produtores sobre os diferentes alimentos são práticas que procura implementar na Grow Food House, aberta em meados de setembro, na Rua das Flores, no rés do chão do prédio onde o pai de Leonor já tinha instalado uma guest house. Um restaurante pequeno, mas muito confortável, de ambiente informal.
A carta é relativamente curta, para garantir a flexibilidade às constantes alterações, de acordo com os “frutos” dados pela terra. Há pratos de carne (como frango cuzco, do campo, por €16) e de peixe (arroz de algas com peixe fresco, €14), outros vegetarianos (açorda de cogumelos, salada de legumes assados e raviolis de beterraba, por €9,50, €7,50 e €10) e alguns estritamente vegan (como o leite creme de abóbora, feito com leite de arroz, €6). “Muitas pessoas associam-nos a um restaurante vegetariano, mas queremos ter uma oferta sem rótulos, para que todos os públicos possam aqui conviver”, diz Leonor Gali. Se a amesendação é muito simples, é para deixar brilhar a apresentação irrepreensível dos pratos. E dos cocktails de autor, criados por Bruno Magalhães, com produtos preparados na casa ou de origem nacional. Irresistíveis, tanto pelas cores como pelos sabores.
Grow Food House > R. das Flores, 179, Porto > T. 91 053 8303 > ter-sáb 15h-23h, dom 12h-19h