É a palavrinha que se dá ao escritor na sessão de autógrafos, são as novidades à espera de serem descobertas ou os livros do dia que se compram com desconto. A 85.ª edição da Feira do Livro de Lisboa que esta quinta, 28, e até 14 de junho, monta arraiais no Parque Eduardo VII, apresenta-se igual a si mesma no modelo, mas traz algumas novidades com as quais a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, espera cativar mais visitantes, alcançando-se a fasquia dos 600 mil visitantes (no ano passado foram 532 mil).
Logo à entrada, está o Palco Show Cooking, com cozinha equipada e um auditório com capacidade para 50 pessoas, onde vão decorrer as apresentações de livros de culinária. E se isto de receitas e tachos tem mexido o mercado livreiro, também a APEL aposta forte na oferta gastronómica: aumentou consideravelmente o número de motos e carrinhas da chamada “comida de rua” que aqui vão estacionar (ver página 5 desta edição), não faltando, claro, as tracionais farturas.
A pensar no público infantil, e em parceria com as Bibliotecas Municipais de Lisboa, realiza-se pela primeira vez a Happy Readers: Acampar com Histórias. A iniciativa junta 120 crianças que vão passar uma noite na Feira do Livro (as inscrições já terminaram), rodeadas de histórias e com direito a dormida na Estufa Fria, mesmo ali ao lado. A oportunidade repete-se durante seis noites – 29 e 30 de maio, 5, 6, 12 e 13 de junho.
Logo após a inauguração, começa o ciclo de três conferências com convidados internacionais trazidos pela APEL, para debater os direitos de autor, a luta contra a pirataria ou a lei do preço fixo (sempre à quinta, às 17h30). Das iniciativas da APEL, destaque ainda para o I Encontro Literário Nós e os Livros, marcado para o dia 10 de junho no relvado central, com vários painéis temáticos dedicados aos géneros e subgéneros da literatura e novas tendências. Já a Fundação Francisco Manuel dos Santos, promove um ciclo de 11 debates sobre a economia portuguesa, o parlamento e o ensino, entre outros temas. E que a 13 de junho traz a Lisboa – a propósito do lançamento do novo número da revista XXI Ter Opinião, dedicada ao tema do risco -, Phillipe Petit, o francês que em agosto de 1974 percorreu, sobre um arame, a 400 metros de altura, a distância entre as Torres Gémeas do World Trade Center.
Por fim, refira-se ainda a recolha de livros usados (há dois contentores junto aos pavilhões da APEL), para serem depois doados a instituições sociais. E também o concurso nacional Livraria Preferida, em votação até 10 de junho no site www.apel.pt, cujas vencedoras serão anunciadas a 12 de junho. Da previsão meteorológica para?os 18 dias em que decorre a Feira do Livro, e a julgar pelas edições anteriores, já se sabe. Algumas noites a pedir casaco, dias de muito calor ou com o ?termómetro a bater a temperatura certa. Só a chuva, esperemos, é que não caia. ?Boas compras!
Crianças
Um programa recheado de atividades é o que propõe a rede de Bibliotecas Municipais de Lisboa, que conta com a colaboração de editoras infantis, como a Orfeu Mini e a Pato Lógico, assim como dos serviços educativos da Casa Fernando Pessoa, Padrão dos Descobrimentos ou Museu de Lisboa. Além das apresentações de livros e leitura de histórias, estão agendadas sessões de cinema, aulas de ioga e oficinas, música, exposições e jogos.
A associação cultural Zero em Comportamento traz Filminhos Infantis ao Auditório (fim de semana e feriado às 12h, semana 14h), enquanto no quiosque Central Parque contam-se histórias em curtas de 3 minutos filmadas com o telemóvel (6 jun, sáb 20h-22h).
Aprender a respirar, a relaxar, a concentrar-se e até a sonhar é a proposta das oficinas de ioga que se fazem em família, divididas por faixas etárias (31 mai, dom 11h30 e 17h; 2 jun, ter, 8-9 jun, ter-qua 16h), que decorrem no stand das Bibliotecas de Lisboa. É aqui também que se aprende a técnica da serigrafia com o projeto A Avó Veio Trabalhar (28 jun, qui 18h30) ou a fazer um estojo com lona em fim de vida com a Associação Cais (30 jun, sáb 18h30; 10 jun, qua 14h). E porque o fado não é só para crescidos, brinca-se com as suas sonoridades e vocabulário próprio em dois momentos musicais (30 mai, sáb 14h30; 31 mai, dom 16h).
A exposição interativa Sentir a Amazônia em Portugal é o grande destaque para o Dia da Criança (1 jun, seg 12h-23h) enquanto que na Estufa Fria há percursos pontuados por formigas grandes, peixes ainda maiores, totens, aves do paraíso, espelhos, plantas, formas, cores e desenhos estranhos de António Vasconcelos Lapa e Bárbara Assis Pacheco (bilhete €3,10, 6-18 anos €2,33, grátis dom até às 14h)
85.ª Feira do Livro de Lisboa
Pq. Eduardo VII
Seg-qui 12h30-23h, sex e vesp. fer. 12h30-24h, sáb 11h-24h, dom e fer. 11h-23h