É costume dizer-se que, na Bretanha, há uma creperia para cada habitante. Nada que se assemelhe ao que é feito, de forma industrializada, nos espaços comerciais portugueses. “Lá é mesmo considerado artesanato local”, diz Luísa Cabral. Casada com o bretão Franck Desormeaux, fez uma formação na terra natal do marido para conhecer os segredos de um bom crepe, desde a preparação aos equipamentos certos. Agora, dá a provar os seus talentos culinários na La Bombarde, aberta recentemente na Foz.
O nome remonta aos tempos em que estiveram na Rua Miguel Bombarda e era digna de registo a coincidência com o instrumento musical tipicamente bretão a bombarda, voilá! Estiveram muito tempo à procura do espaço ideal, onde pudessem criar um ambiente familiar e confortável, propício ao slow food. “Aqui não é um McDonald’s de crepes, não dá para grandes grupos “, realça Franck, que faz questão de falar com os clientes e explicar-lhes um pouco da história dos produtos. Alguns pormenores a registar: há os crepes e as galettes, os primeiros com recheio doce, os segundos com recheio salgado e feitos com uma farinha de trigo sarraceno, mais escura.
Entre as especialidades, destacam-se as galettes Gondarém, com vieiras e fondue de alho francês, ou a The Special One, com magret de pato fumado, maçãs e molho de cogumelos. Para adoçar a boca, um crepe com requeijão, doce de abóbora e nozes ou um crepe Suzete, flambeado com Grand Marnier. Outras sugestões não faltam. Mas faça como um verdadeiro bretão e experimente uma entrada, um prato principal e uma sobremesa à base desta massa fina e bem amanteigada, acompanhada da tradicional cidra, vinda diretamente de França.
La Bombarde
R. de Gondarém, 239, Porto
T. 22 099 0228,
Ter-Dom 12h-20h