No domingo anterior a selecção espanhola sagrou-se campeã mundial de futebol e os seus milhões de adeptos festejaram a vitória bebendo com certeza muita cava. O consumo festivo permite-me trazer à colação as vendas anuais da Freixenet, que segundo o artigo do Le Figaro (de 7 de dez. de 2009) por mim citado a semana passada se cifravam em 90 milhões de garrafas. Informa-me agora o representante da marca em Portugal, Ricardo Nicolau de Almeida, que a Freixenet vende 160 milhões. Números e fontes citadas, aqui ficam os meus parabéns desportivos à seleção de Vicente del Bosque. E para não perdermos de vista a alegria do outro lado da fronteira, trago-vos hoje notícia da região vinhateira situada no curso português do rio Douro. Neste particular os vinhos do Porto e do Douro são campeões mundiais, embora Ribera del Duero não deixe o seu prestígio por mãos alheias (basta lembrarmo-nos do Vega Sicilia, ou de Alexando Fernandez/Pesquera, entre outros). Ainda em maio passado a revista norte-americana Wine Spectator, com grande influência no mercado mundial e particularmente no dos EUA, atribuía a pontuação máxima de 100 pontos ao Dow’s Porto Vintage 2007. É como entrar na galeria dos campeões do mundo em qualidade de vinho. A Dows integra o grupo Symington Family Estates, o qual tem contribuído para a crescente melhoria de qualidade dos vinhos do Douro assim como para a sua visibilidade no mercado global. Como se confirma pelos tintos aqui referenciados:
Altano Douro 2007 ***** As castas Tinta Roriz e Touriga Franca transmitem um grande nível qualitativo a este vinho tinto quase perfeito, que considero excecional pela sua relação qualidade/preço: custa menos de €3. De parceria com Bruno Prats, ex- Chateau Cos d’ Estournel, a família Symington apresenta desde 2000 o tinto Chryseia a par do Post-Scriptum.Foram agora lançadas as colheitas de 2008.
Chryseia Douro 2008 ***** Um tinto muito elegante, sem perder estrutura e caráter que lhe transmitem as castas Touriga Nacional e Touriga Franca. A nota saliente é mesmo a sua elegância, marca provável do enólogo Bruno Prats.
Post-Scriptum Douro 2008 ***** Houve colheitas em que gostei mais do Post-Scriptum do que do Chryseia (o que será uma heresia para os enólogos profissionais). Nesta colheita percebe-se a diferença de estilo dos vinhos (mais feminino o Chryseia; mais másculo o Post-Scriptum, permitam-me esta linguagem sexista…). Qualquer deles excecional. Os preços são indicativos, sendo que o Post-Scriptum é significativamente mais barato que o Chryseia.