Sabia que mais de 90% dos adultos com mais de 50 anos já são portadores do vírus que causa herpes zoster (o mesmo que causa a varicela) e mais de 30% dos adultos desenvolverão herpes zoster durante a sua vida?
No entanto, uma pesquisa global com adultos com 50 ou mais anos mostrou que apenas cerca de 7% acreditam que correm alto risco de desenvolver herpes zoster, cuja dor associada é frequentemente descrita como uma sensação dolorosa, ardente, aguda ou semelhante a um choque.
O herpes zoster é causado pela reativação do vírus varicela-zoster (VZV) e por volta dos 50 anos, o VZV está presente na maioria dos adultos, podendo reativar-se com o avançar da idade. Ou seja, à medida que as pessoas envelhecem, a força da resposta do sistema imunitário à infeção diminui, aumentando o risco de desenvolver a doença.
Apresenta-se normalmente como uma erupção cutânea, com bolhas dolorosas no peito, no abdómen ou na cara, havendo o risco de os olhos serem afetados. A seguir à erupção cutânea, a pessoa afetada pode também sofrer de uma neuralgia pós-herpética (NPH), uma dor nervosa de longa duração que pode durar semanas ou meses e que, por vezes, pode persistir durante vários anos. A NPH é a complicação mais comum do herpes zoster, ocorrendo em 5-30% de todos os casos de herpes zoster, de acordo com os resultados de vários estudos.
Esta pode ser uma doença debilitante com um impacto significativo na qualidade de vida quotidiana das pessoas afetadas. Por isso, a prevenção é crucial para evitar desfechos mais graves acima dos 50 anos. Para tratar o herpes zoster é também importante recorrer o mais rápido possível a um médico, uma vez que uma atuação precoce sobre a infeção é fundamental para um tratamento eficaz.
Contudo, o herpes zoster ainda é um vírus relativamente desconhecido, principalmente no que diz respeito à prevenção, ao tratamento e às consequências. Em colaboração com a Federação Internacional sobre o Envelhecimento (IFA), a Semana de Sensibilização para a Zona foi criada para encorajar conversas informadas entre adultos, especialmente se tiverem 50 anos ou mais, e profissionais de saúde sobre esta doença.