Com cerca de 98% dos mais de 140 mil residentes já com pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 e 56% estão totalmente vacinados, a grande maioria com a da Pfizer, a farmacêutica vai aproveitar a cidade brasileira de Toledo, a oeste do estado de Paraná, para um estudo. Para isso, vai vacinar total e gratuitamente todos os residentes com mais de 12 anos de Toledo.
As vacinas da AstraZeneca e Sinovac também foram utilizadas nessa cidade. A investigação pretende analisar quanto tempo dura a proteção da vacina contra este vírus, assim como contra novas variantes, num cenário real, e vai, de acordo com a própria empresa, trabalhar lado a lado com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19 e as autoridades de saúde locais, mas também com uma universidade e um hospital.
Apesar ter registado até agora o segundo maior número de mortes por Covid-19 no mundo inteiro em números absolutos – 600 mil registadas na última sexta-feira -, e de ser o terceiro país com a maior média diária de novas mortes (apenas atrás dos EUA e da Rússia), o Brasil contabilizou este domingo o número mais baixo de mortes num dia desde 10 de novembro do ano passado, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde brasileiro. Os números mais recentes elevam o número total de mortes para 601011, enquanto o número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus se situa agora em 21575820, com 8639 novos casos confirmados nas últimas 24 horas.
Este estudo acontece depois do sucesso do projeto S, que procedeu à vacinação experimental de quase toda a população adulta da cidade de Serrana, a sudeste do Brasil, com a Coronavac, num estudo realizado pelo Instituto Butantan. Em maio, os primeiros resultados mostraram que a vacinação diminuiu em 95% o número de mortes por Covid-19 nessa cidade, em 80% o número de casos sintomáticos da doença e em 86% os internamentos.