“Vai manter-se o centro da festa que é o dia dedicado a Nossa Senhora d’Agonia, com uma celebração litúrgica no santuário, de forma presencial, com o número de pessoas que forem definidas, no final do mês de maio, pela Conferência Episcopal Portuguesa, pelo Governo e pela Direção-Geral da Saúde (DGS). As presenças serão sempre limitadas a essas orientações”, afirmou hoje, em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Viana do Castelo.
A decisão foi tomada hoje, no final de uma reunião entre o presidente e a respetiva Comissão Executiva das Festas de Nossa Senhora da Agonia, a VianaFestas, a Real Confraria de Nossa Senhora da Agonia, a presidente da VianaFestas, o pároco de Monserrate e o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo.
A edição 2020 da Romaria Nossa Senhora da Agonia tem cinco dias de festa, entre 19 e 23 de agosto.
Na edição 2019, que decorreu entre 16 e 20 de agosto, segundo estimativas avançadas na altura à Lusa pela VianaFestas, entidade que organiza as festas, terão passado pela cidade “mais de 1,2 milhões de pessoas”.
À Lusa, José Maria Costa adiantou que para quem não poder estar presente, a celebração litúrgica da Senhora da Agonia “será transmitida através da rádio, da televisão e de meios audiovisuais e tecnológicos”.
“Toda a festa litúrgica será feita dentro das normas perfeitamente identificadas pelas autoridades de saúde e de acordo com as orientações da Conferência Episcopal Portuguesa e do Bispo da Diocese de Viana do Castelo”, especificou.
O autarca socialista adiantou que os restantes números emblemáticos da Romaria da Senhora d’Agonia, a comissão de festas está a trabalhar para que a festa seja feita com recurso a outros meios.
“Assinalaremos os momentos da festa, para as pessoas em casa, através dos meios digitais, passando vídeos, reportagens nas rádios e nas redes sociais, não deixando, cada pessoa, na sua casa, de poder viver a festa”, especificou.
José Maria Costa explicou que a comissão de festas “vai recriar, através dos meios tecnológicos disponíveis, o que não puder ser vivido nas ruas, para que as pessoas, em casa, quer em Viana do Castelo, quer na diáspora possam também viver a romaria”.
“É o que se pode fazer. Temos de ser criativos e de encontrar formas de divulgar a tradição. Estamos certos de que os vianenses não deixarão de viver, intensamente, a romaria, em casa, e de serem criativos na forma de exteriorizar a festa”, disse.
O desfile da mordomia, com todos os trajes de festa de Viana do Castelo, a procissão ao rio e ao mar em honra da Senhora d’Agonia que se cumpre sempre a 20 de agosto, desde 1968, contando com pescadores de dezenas de embarcações, a confeção dos tapetes de sal na ribeira de Viana, na noite anterior ao dia da padroeira, que mobiliza centenas de pessoas, e o cortejo histórico-etnográfico são alguns dos números emblemáticos da romaria datada da primeira década do século XX.
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