“O cenário que se vislumbra é de muitos desafios, mas como Governo tudo faremos, em parceria com o sector privado, para mitigar os impactos nefastos deste fenómeno, sempre à luz da meta do Governo de criar muito mais postos de trabalho”, referiu o chefe de Estado.
As celebrações do Dia do Trabalhador deste ano “terão de obedecer às medidas de prevenção da covid-19 que assola o mundo” e que “afeta diretamente os trabalhadores e suscita incertezas na sociedade, nas empresas, sindicatos e até nos governos”.
“Somos solidários e encorajamos os trabalhadores que ocupam a linha da frente neste esforço nacional de resposta à covid-19”, destacou Filipe Nyusi.
O Presidente moçambicano enumerou “o pessoal da saúde, os professores, a polícia, os provedores de serviços, como eletricidade e água, entre outros que dão o melhor de si para que o país mantenha a marcha”.
Ao terminar, Filipe Nyusi lançou um apelo: “celebremos esta data em distanciamento social, refletindo sobre o que mais cada um de nós pode dar, com criatividade e espírito empreendedor, para que juntos superemos os desafios”.
Moçambique regista um total acumulado de 79 casos de infeção pelo novo coronavírus, sem registo de mortes e com 10 recuperados.
O país vive em estado de emergência desde 01 de abril e até final de maio, com espaços de diversão e lazer encerrados, proibição de todo o tipo de eventos e de aglomerações, e recomendando-se a toda a população que fique em casa, se não tiver motivos de trabalho ou outros essenciais para tratar.
Durante o mesmo período, há limitação de lotação nos transportes coletivos com obrigatoriedade do uso de máscaras faciais.
As escolas estão encerradas e a emissão de vistos para entrar no país está suspensa.
A declaração do estado de emergência prevê a adoção de medidas de política fiscal e monetária sustentáveis “para apoiar o setor privado a enfrentar o impacto económico da pandemia”.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 233 mil mortos e infetou mais de 3,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Cerca de 987 mil doentes foram considerados curados.
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