“Aqui é a guerra. Todas as escolas fechadas a partir desta quarta-feira. De creches a universidades. Há hospitais que já não admitem internados e todos os casos de gente jovem e relativamente jovem são mandados para casa. Já começou a corrida aos produtos enlatados e há uma imensidão de prateleiras vazias nos supermercados”. A descrição de uma portuguesa, Marta R, de 47 anos, que vive em Madrid, Espanha, mostra o que se vive naquela cidade.
Espanha tem mais de 1.600 infetados e 35 mortos. O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez Pérez-Castejón, avisou que se esperam “semanas difíceis”. Na terça-feira, ainda antes das 8 horas da manhã, as notícias indicavam que “já havia 77 novos casos de coronavírus no Hospital Universitário La Paz”, em Madrid, conta Marta.
“A todos os que não eram idosos ou não estavam em estado crítico, mandaram para casa”, diz a portuguesa, explicando que essa situação resulta, segundas as informações que estão a ser dadas pela comunicação social, pela “escassez de camas, a falta de pessoal médico que foi contagiado e está de baixa, e ainda a expectativa de uma ainda maior afluência de casos nos próximos dias”.
A situação está a gerar uma corrida aos supermercados. Marta R. relata o que viu quando foi às compras. “As prateleiras estavam completamente vazias, havia filas enormes com carros cheios e vários produtos encontravam-se esgotados, sobretudo carne e comida enlatada.”