Seis semanas depois de ter começado a tentar encontrar uma forma de imunização contra o Covid-19, a empresa de biotecnologia americana Moderna já fez chegar uma vacina experimental aos investigadores do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas e Alergias (NIAID, na sigla em inglês).
A nova vacina, a mRNA-1273, vai agora começar a ser testada num pequeno número de pessoas saudáveis. Segundo o diretor do NIAID, Anthony Fauci, é possível dar início, no final do próximo mês abril, a um ensaio clínico, o primeiro passo até poder ficar disponível.
O The Wall Street Journal, que adiantou a notícia, explica que duas doses da vacina deverão ser testadas num máximo de 25 voluntários para ver se produz uma resposta imunitária capaz de proteger contra o coronavírus que continua a alastrar-se pelo mundo e já infetou dezenas de milhares de pessoas.
Se o ensaio clínico tiver sucesso, segue-se uma maratona de novos testes e aprovações dos organismos reguladores.
Apesar da urgência de obter uma vacina, Fauci não acredita que seja possível esta estar disponível antes dos próximos 12 a 18 meses.
Além desta empresa, de Boston, estão na corrida para encontrar uma imunização contra o Covid-19 gigantes farmacêuticos como a Johnson & Johnson ou a GlaxoSmithKline.
De acordo com a Moderna, a vacina que vai agora ser testada foi desenvolvida num prazo de 42 dias desde que obteve a informação genética do coronavírus. No caso da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), passaram-se 20 meses até uma vacina estar pronta para testes em humanos.