Muitas vezes, o processo entre acordar e iniciar as atividades do dia pode ser moroso. Há certos truques, contudo, que podem ajudar o cérebro a “acordar” mais facilmente e a manter-se ativo durante toda a manhã. Estas são algumas das formas mais eficazes, todas justificadas pela ciência:
Muita luz ao acordar
Receber luz logo de manhã vai ajudar a regular o ritmo circadiano, dando informação ao cérebro de que iniciou um novo dia. Quando os olhos recebem luz, é estimulado um impulso nervoso que liga a retina ao hipotálamo, no cérebro. A partir daí, uma parte específica do hipotálamo, denominada núcleo supraquiasmático, que é o centro primário de regulação dos ritmos circadianos, vai regular a temperatura do corpo, as hormonas segregadas e outros fatores que vão fazer com que o despertar seja mais rápido.
Como nem sempre se acorda no momento do nascer do sol ou se consegue facilmente luz natural – caso se consiga, dormir com as persianas abertas é uma boa opção -, pode optar-se por um despertador que vai iluminando gradualmente o quarto.
Beber água
Depois de algumas horas de sono, o corpo fica desidratado. Além de ajudar a eliminar as impurezas do organismo, a regular a temperatura corporal e a auxiliar no crescimento celular, a água é necessária para a produção de neurotransmissores e hormonas. Estudos sugerem que a desidratação pode prejudicar a memória de curto e longo prazo, assim como a capacidade de concentração (a também ajuda as células do cérebro a receberem mais sangue oxigenado e, dessa forma, fica mais atento).
Há ainda quem defenda que se deve iniciar o dia a beber água com limão.
Tomar banho de água fria
Não é nada agradável, é verdade, mas tem imensos benefícios para a saúde. Além de melhorar a circulação sanguínea – já que aumenta o fluxo sanguíneo e ajuda a regular a pressão arterial – faz com que o cérebro liberte mais neurotransmissores, que vão fornecer uma explosão de energia e fazer com que o humor seja melhorado. Um estudo publicado na revista científica Medical Hypotheses deu conta de que tomar banho de água fria liberta uma grande quantidade de impulsos elétricos que, ao chegarem ao cérebro, produzem um efeito anti-depressivo.
Ouvir músicas mais mexidas
Está provado que a música estimula o cérebro de uma forma particular. Isto poque as ondas cerebrais vão ser sincronizadas com o ritmo daquilo que se ouve, ou seja, quanto mais músicas de ritmo acelerado se ouvirem, mais o cérebro vai seguir um caminho ativo e mais otimista.
Já um estudo de 2015, realizado pela Universidade de Helsínquia, na Finlândia, deu conta de que ouvir música clássica não só é tranquilizante como também melhora a aprendizagem e a memória, mas alertou para o facto de este efeito não servir para todas as pessoas.
Em 2016, pesquisadores do MIT identificaram caminhos neurais que reagem quase exclusivamente ao som da música. Ou seja, quando alguém ouve uma música, um grupo específico de neurónios escondidos no córtex auditivo de quem ouve “dispara”, em resposta a esse som.
Fazer exercício durante o dia
Já se sabe que o exercício físico é bom para a saúde. E, se for ao ar livre e durante o dia, melhor ainda, já que se absorve mais vitamina D, que tem inúmeros benefícios para a saúde.
O exercício físico leve ajuda a melhorar a circulação sanguínea, o que vai ajudar a fornecer mais oxigénio e nutrientes ao cérebro. Além disso, treinar aumenta as sinapses, criando mais conexões dentro do cérebro e auxiliando na formação de mais células.
Combinar a atividade física com a adoção de diferentes ambientes para o efeito é uma boa forma de ajudar o cérebro a ativar, já que as células nervosas novas conseguem formam circuitos adequados.
Leia aqui como pode tirar o máximo partido do exercício físico, a qualquer hora e em qualquer lugar.