A cor dos olhos da mãe, o formato das orelhas do pai. É o tipo de frase que usamos muitas vezes, e com, razão, a genética determina vários dos nosso “predicados”. Mas, afinal, pode não definir significativamente um deles: a forma como o nosso corpo ganha ou perde peso.
Num estudo recente do King´s College of London, no Reino Unido, os cientistas avaliaram como o intestino processa a comida em 786 indivíduos gémeos. Ao analisarem as fezes dos intervenientes, as conclusões foram que alguns marcadores estavam relacionados com a gordura à volta da cintura, mas os fatores ambientais tinham uma importância muito superior no que diz respeito ao aumento do peso.
Apenas 17,9% dos processos que ocorrem no intestino têm causa hereditárias, ao passo que quase 68% desses processos estão relacionados com os fatores ambientais.
Um dos autores do estudo, publicado na revista Nature Genetics, acredita que este é um passo importante para os tratamentos contra a obesidade.
“Significa que podemos alterar o ambiente intestinal e enfrentar o desafio da obesidade através de um novo ângulo relacionado com a dieta e os micróbios no intestino”, referiu Jonas Zierer.
Há dois meses, um estudo feito em Toronto, no Canadá, mostrou que comer massas como parte de uma dieta pode ajudar a perder alguns quilos extra, desafiando os standards de que se deve evitar os hidratos de carbono durante a dieta.