Derivado do leite, o iogurte herdou os seus benefícios nutricionais e ainda tem mais um: Para pessoas com pressão sanguínea alta, o seu consumo revelou ter efeitos positivos na proteção contra doenças cardiovasculares.
Um estudo da Universidade de Oxford, publicado no American Journal of Hypertension, analisou os dados de quase 56 mil mulheres hipertensas, de 30 a 55 anos de idade, e de mais de 18 mil homens de 40 a 75 anos com a mesma doença, participantes, respetivamente, no Nurses’ Health Study, de 1980, e no estudo de follow up de profissionais de saúde, de 1986.
Na atlura, os participantes responderam a um inquérito relativo aos seus hábitos alimentares no ano anterior e era-lhes pedido que relatasse, depois qualquer evento de saúde, como enfartes e AVC, confirmado posteriomente pelos investigadores com os seus dados clínicos. No total, os participantes foram seguidos ao longo de 30 anos.
A equipa da Universidade de Oxfort concluiu que as pessoas que consumiam iogurte mais de duas doses por semana apresentavam uma redução de 20% na probabilidade de sofrer de doenças cardiovasculares no futuro. O consumo mais elevado foi associado a um risco 30% inferior de ter um ataque cardíaco entre as mulheres e 19% nos homens.
“Pusemos a hipótese de o consumo de iogurte a longo prazo poder reduzir o risco de problemas cardiovasculares, uma vez que pequenos estudos anteriores tinham mostrado efeitos benéficos dos produtos lácteos fermentados”, explica Justin Buendia, um dos autores do estudo. “Aqui tivemos um grupo muito grande de homens e mulheres hipertensos que foram seguidos durante 30 anos. Os nossos resultados são novas e importantes provas de que o iogurte pode beneficiar a saúde cardíaca, só por si ou como parte consistente de uma dieta com frutos ricos de fibra, vegetais e cereais integrais”.