Publicado esta semana no Animal Cognition, o estudo reviu várias investigações anteriormente publicadas e concluiu que a inteligência das galinhas tem sido muito subestimada: estas aves são, afinal, capazes de raciocínio lógico, têm personalidades distintas e até mostram tendências maquiavélicas. Os galos, por exemplo, “finjem” que há comida para atrair as fêmeas e cacarejam mais baixo durante os rituais de acasalamento se estiverem outros machos nas redondezas para não lhes chamar a atenção.
As galinhas, mesmo com pouca idade, demonstraram também ter noção das quantidades.
“Ao contrários de muitas outras aves, as galinhas são consideradas um bem, desprovido de autenticidade enquanto animal real”, escreve o autor, o investigador Loro Marino, na publicação. “Mas as galinhas têm capacidade de raciocínico e deduções lógicas, uma capacidade que os humanos desenvolvem aos sete anos”, refere ainda, acrescentando que têm noção de intervalos de tempo e que conseguem até antecipar acontecimentos futuros.
Por exemplo, galinhas com 30 semanas mostraram-se capazes de prever, aproximadamente, um evento, a cada seis minutos, perente uma pista visual concreta: As aves deviam dar bicadas num ecrã tátil para receberem comida como recompensa, que chegava seis minutos depois. As galinhas usadas no estudo mostram-se capazes de estimar esse período de tempo, aumentando a frequência das bicadas quando se aproximavam os seis minutos.
O estudo considera também demonstrado que as galinhas são capazes de auto-controlo quanto se trata de esperar por uma recompensa alimentar melhor.
No campo emocional, as aves mostraram sentir medo, expectativa e ansiedade.