
Cientistas da Universidade de Notre Dame, em Sydney, relacionaram o crescimento das asas do papagaio de Barnard (“Barnardius zonarius”) com as alterações climáticas, atendendo a que geralmente as extremidades dos animais em climas quentes tendem a ser mais compridas.
“À medida que a temperatura sobe, o aumento do comprimento das asas pode ajudar estas aves a libertarem-se do excesso de calor e adaptarem-se melhor ao seu meio ambiente”, disse um dos cientistas que participaram no estudo Dylan Korczynskyj em declarações citadas pela estação local ABC.
O investigador explicou que as maiores alterações no comprimento da asa ocorreram a partir da década de 1970, um período que coincide com as variações de temperatura de cerca de mais 0,1 e 0,2 graus centígrados e as práticas de desflorestação que se registaram no estado da Austrália Ocidental.
Embora a variação da temperatura pareça mínima, o impacto no meio ambiente é significativo tal como demonstra a investigação aos papagaios, segundo o cientista.
Na investigação foram examinadas várias espécies do Museu da Austrália Ocidental que tem uma coleção de aves que datam do início do século XIX e inclui um exemplar de um papagaio de Barnard de 1904.