Em dezembro de 2015, líderes de 196 países (incluindo a União Europeia como um todo) reuniram-se na capital francesa, no âmbito das Nações Unidas, e acordaram em prosseguir esforços “para limitar o aumento da temperatura a 1,5° C acima dos níveis pré-industriais”. Ou seja, nesse pacto – o Acordo de Paris -, o mundo comprometeu-se a tentar impedir que o aumento da temperatura média global da atmosfera fosse superior a 1,5º C, face à média entre 1850 e 1900, até ao final do século XXI.
Soubemos na semana passada que esse limite foi ultrapassado pela primeira vez num período de 12 meses: entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024, a temperatura média global ficou 1,52º C acima do período pré-industrial.
Não significa isto que, tecnicamente, falhámos já o Acordo de Paris. Primeiro, porque, apesar de ter sido num período de 12 meses, não foi num ano astronómico; segundo, porque, para se considerar que passámos definitivamente para lá da meta, segundo a letra de lei do Acordo de Paris, o aumento de 1,5º C terá de ser consistente, numa série de vários anos. Mas é indubitável a carga emblemática desta notícia, avançada pelo Copernicus Climate Change Service, da União Europeia.
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