Pelos cálculos da organização internacional Global Footprint Network, o Qatar foi o primeiro país a a esgotar os recursos que lhe eram destinados para o ano inteiro e foi logo a 11 de fevereiro. O Luxemburgo foi pouco tempo depois, no dia 20, seguido dos Emirados Árabes Unidos, a 4 de março, e os Estados Unidos, no dia 14 do mesmo mês. Segundo as mesmas contas, Portugal esgota esta terça-feira os recursos disponíveis para 2024, passando a consumir recursos que só deviam ser usados em 2025.
Face a estas a dados, a associação ambientalista portuguesa Zero destaca que se cada pessoa no planeta vivesse como uma pessoa média portuguesa, a humanidade precisaria de cerca de 2,9 planetas para sustentar a sua utilização de recursos.
A boa notícia é que no ano passado este dia de passar a usar o “cartão de crédito”, como refere a Zero, aconteceu três semanas mais cedo, embora algumas das variáveis utilizadas para contabilização dos consumos em 2023 sejam relativas a 2020, ano em que a pandemia de covid-19 levou a uma paragem generalizada da atividade económica a partir de março.
A mesma associação salienta que o consumo de alimentos (30% da pegada global nacional e a mobilidade (18%) estão entre as atividades que mais contribuem para a pegada ecológica de Portugal.
No próximo dia 5 de junho será anunciada a data em que os recursos da Terra para 2024 se esgotam. Em 2023, esse marco foi atingido em 2 de agosto.