De acordo com a aicep Global Parques, em comunicado, o consórcio internacional português, dinamarquês e neerlandês, liderado pela empresa Madoqua Renewables, realizou as “escrituras de constituição de direito de superfície de mais 60 hectares de terrenos industriais” para a instalação das suas unidades de produção de hidrogénio e amoníaco verdes na ZILS.
“O projeto MP2X, líder mundial de hidrogénio e amoníaco verdes em Portugal, já alcançou diversos marcos importantes no seu desenvolvimento que o posicionam como um projeto com elevado grau de maturidade”, realçou a aicep Global Parques, entidade gestora da ZILS.
Para a diretora executiva da aicep Global Parques, Isabel Caldeira Cardoso, citada no comunicado, “este novo passo demonstra a importância da ZILS e de Portugal na necessária transição energética e no cumprimento das metas de descarbonização”.
“O projeto do consórcio Madoqua Power2X é extremamente relevante no desenvolvimento de uma comunidade de energia renovável e comprova, com este ato, a sua maturidade e o seu comprometimento para o desenvolvimento económico sustentável”, destacou.
No comunicado, a aicep referiu ainda que o projeto de interesse nacional “foi oficialmente reconhecido a 10 de maio de 2023, como parte da iniciativa “Vale do Hidrogénio”, liderada pela Comissão Europeia através do programa Mission Innovation and Clean Hydrogen Partnership”.
O projeto prevê a “criação de 265 postos de trabalho permanentes altamente qualificados e 6.000 postos de trabalho indiretos estabelecidos através de parcerias locais e com a academia a partir de 2025”, acrescentou.
Também a diretora não-executiva da MadoquaPower2X, Marloes Ras, citada no comunicado, sublinhou que com a aquisição de mais 60 hectares de terreno na ZILS, o consórcio “demonstra a sua dedicação contínua” na “missão de descarbonização”.
“Em conjunto com a ZILS e a aicep Global Parques, demos um importante passo em frente para o nosso projeto, concretizar o potencial de Sines como Vale Europeu do Hidrogénio, reforçando a importância estratégica de Portugal como pioneiro e líder na transição energética”, frisou.
O projeto inicial irá utilizar 560 megavoltamperes (MVA) para produzir anualmente 50.000 toneladas de hidrogénio e 300.000 toneladas de amoníaco verdes usando energia elétrica renovável. Na segunda fase, utilizará uma ligação elétrica de 1.400 MVA para produzir um total de 150.000 toneladas de hidrogénio e mais de 1 milhão de toneladas de amoníaco verdes anualmente.
O MP2X prevê a construção e operação de parques solares e eólicos que produzirão energia renovável dedicada à unidade industrial em Sines a implementar em zonas do interior, desconcentradas e dispersas no território português.
“Só a primeira fase do projeto corresponde a 20% das metas portuguesas, no contexto da produção europeia de hidrogénio verde, estando assente num ambicioso Plano Estratégico a oito anos. O MP2X é essencial para contribuir para a autonomia europeia das cadeias de valor da energia e alimentar (fertilizantes) através do consumo e produção de hidrogénio e comercialização de amoníaco verde”, lê-se no comunicado.
HYN // CSJ