Em 39 produtos testados neste estudo, apenas dois estavam acima do Limite Máximo de Resíduo (LMR), o que dá uma taxa de 5% de não conformidade. É um resultado surpreendente ou está em linha com o cenário em Portugal e restante UE?
Está seguramente em linha com os resultados nacionais, porque o último relatório produzido pela Direção-Geral de Agricultura e Veterinária (DGAV), relativo a 2021, deu um resultado de 3,5%.
E há uma evolução positiva nesta área? Há uma utilização mais regrada dos pesticidas na agricultura?
Sim, e podemos vê-la nos indicadores de risco divulgados pela DGAV e pela Comissão Europeia. Há um desempenho muito positivo do nosso país, nos últimos dez anos, com uma tendência de decréscimo no valor das vendas de produtos fitofarmacêuticos. Se olharmos para os indicadores da estratégia Do Prado ao Prato, de redução em 50%, até 2030, do volume de vendas e do uso de produtos mais perigosos, estamos com valores acima da média europeia. Isso é muito positivo.