No início do século XXI, o lince-ibérico tinha o triste selo de felino mais ameaçado do Planeta. Restavam menos de 100, todos em Espanha, e não mais de 20 ou 25 fêmeas em idade reprodutora. E então, numa derradeira tentativa para o resgatar, Portugal e Espanha deram as mãos num projeto conjunto de reprodução e reintrodução do animal na natureza.
Sisão
Tetrax tetrax
Parecida com a abetarda, mas mais pequena (até 45 centímetros de comprimento e 115 de envergadura), esta ave estepária perdeu metade da sua população em Portugal nos últimos dez anos, passando de cerca de 16 mil para oito mil indivíduos.
Distribuição
Em Portugal, vive sobretudo nas planícies alentejanas, embora também apareça um pouco por todo o País, em pequenos números, normalmente em regiões fronteiriças.
Principal ameaça
Perda de habitat decorrente da substituição de searas e pastagens por pomares intensivos.
Foi na altura certa: mais meia dúzia de anos e já seria tarde. Soube-se há duas semanas que, pela primeira vez desde que há programas de monitorização, a população de linces ultrapassou os mil exemplares. Em apenas dois anos, do censo de 2019 para o de 2021, o número cresceu 30%, de 855 para 1111 exemplares (140 dos quais em Portugal). Depois de ter estado durante muitos anos com o nível de ameaça máximo da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) – criticamente em perigo –, desceu um degrau na escala, encontrando-se agora com a classificação de “em perigo”.
Lince-ibérico
Lynx pardinus
À beira da extinção no início deste século, foi resgatado por um projeto conjunto de Portugal e Espanha. Hoje, há 1111 exemplares, dos quais 140 no nosso país.
Distribuição
Tem sido reintroduzido nas províncias espanholas da Andaluzia, Extremadura e Castilla-La Mancha, e no Vale do Guadiana, em Portugal.
Principais ameaças
Fragmentação e destruição do habitat (bosque e matagal mediterrânicos), atropelamentos e redução da sua principal presa, o coelho-bravo.