Olá, bom-dia
Para os leitores mais velhos e, naturalmente, com mais memória, basta citar uma ou duas frases para explicar ao que vimos na Arquivo VISÃO deste domingo. “Olhe que não, olhe que não” ou “nós somos da mesma família, somos irmãos…”. Estas são citações de dois dos debates mais célebres da história política portuguesa, e ambos tiveram Mário Soares como protagonista. O primeiro travou-o Soares contra Álvaro Cunhal, no final do Verão Quente de 1975; o segundo, em 1986, contra Francisco Salgado Zenha, amigo de uma vida e sua alma gémea na condução do PS durante o PREC.
A partir do próximo dia 5 de fevereiro, começam os debates televisivos para as legislativas de 10 de março. A data serve-nos, hoje, de mote para recuperar dos confins dos arquivos da VISÃO (sim, é uma força de expressão, está tudo à distância de uns quantos cliques) um artigo intitulado Debates que Fizeram História ( leia aqui). Da autoria de Filipe Luís, atual subdiretor da VISÃO, a peça foi publicada na edição de 7 de janeiro de 2021, semanas antes das eleições que reconduziram Marcelo Rebelo de Sousa à Presidência da República, e centra-se nos exemplos nacionais, apesar de fazer referência, logo a abrir, ao debate mítico que opôs John Kennedy a Richard Nixon, em 1960. Como escreve Filipe Luís, Kennedy e Nixon “inauguravam o modelo de debate televisivo que se tornaria o novo normal do tira-teimas público, no confronto de ideias, de estilos e de personalidades”. E conclui: “É mais ou menos consensual que a monumental vitória de Kennedy, um fenómeno de comunicação telegénica, contra um aflito – e transpirado… – Nixon lhe valeu a eleição.” O YouTube faz maravilhas, e é possível assistir, aqui, a esse debate.
Este artigo é exclusivo para assinantes. Clique aqui para continuar a ler.