[1] Um mistério ao teu alcance
Os portugueses tinham o seu pedaço de África, os holandeses a Indonésia, os ingleses a Índia. E os franceses tinham a Indochina. O conceito era deles: antes da ocupação, nenhum vietnamita sonharia jamais em associar-se com um khmer ou um laotiano. Foi a agregação mais ou menos fortuita, mais ou menos violenta, por parte de uma potência colonial europeia destes três países Vietname, Camboja, e Laos que forçou uma coerência geopolítica ao bocado de planeta que se estendia entre o então império da China e o reino da Tailândia.
Na visão expansionista de alguns franceses visionários, na realidade até seria possível apresentar um fio condutor, um símbolo de coesão, uma lógica geográfica para a entidade colonial chamada Indochina: o rio que a atravessa. O Mekong podia ser o elemento agregador da Indochina francesa.
Mas primeiro era preciso compreendê-lo, mapeálo, conquistá-lo! Este rio não é um rio qualquer. É o décimo segundo maior curso de água do mundo, um épico internacional que nasce no Tibete, atravessa o sul da China, faz de linha de fronteira várias vezes a vários países e, depois de quase cinco mil quilómetros de turbulência e poder, desagua no Oceano Pacífico.
Quando os franceses consolidaram a sua presença na Indochina, compreenderam que o Mekong era um mistério não apenas para a Europa, mas também para as próprias sociedades que desde sempre habitavam as suas margens. Ou seja, muito pouco se sabia deste rio. Não era por acaso.
Desde os desfiladeiros profundos dos Himalaias, aos remoinhos traiçoeiros da fronteira da China com a Birmânia, às cataratas intransponíveis entre o Laos e o Camboja, passando pela malária, o dengue, as sanguessugas, as diarreias, a época das chuvas e incluindo por fim a animosidade de vários principados ao longo do seu curso, tudo se conjugava para fazer do Mekong um buraco negro no mapa das explorações europeias do século XIX. Num esforço inglório e hoje pouco recordado, gerações de exploradores franceses Henri Mouhot, Doudart, de Lagré, Francis Garnier, Auguste Pavie conseguiram por fim completar e mapear o curso do brutal Mekong para, com grande frustração, concluir que o rio não só não era comercialmente navegável, como não representaria nunca uma artéria de coesão cultural e de controlo político.
Hoje várias guerras, ditaduras e genocídios depois da frustrada colonização europeia o Mekong continua a ser pouco navegável e pouco conhecido.
A região por ele banhada vive por fim uma estabilidade paradoxal de livre comércio e opinião controlada.
As novas estradas que se estendem pela sua bacia hidrográfica, cada vez mais percorridas por mercadorias de, e para, a China, tornam obsoleto o desígnio colonial de fazer do Mekong uma das vias comerciais incontornáveis do Sudeste Asiático. O transporte de passageiros é ainda mais obsoleto. Só mesmo em alguns troços é que existe um serviço regular e mesmo assim pouco considerado pelas populações locais. E no entanto, ou talvez por tudo isto, navegar o Mekong é um dos grandes desafios de uma viagem à Ásia.
O mistério subsiste. As margens continuam impenetráveis e encantatórias. O rio assusta, turbulento e imprevisível. Muitas embarcações mantêm-se arcaicas, vagamente inquietantes e desconchavadas, desafiando a sorte em cada nova viagem. Fora dos circuitos turísticos mais óbvios, e com uma boa dose de paciência e aventura, a navegação do Mekong pode ser feita por ti. Não é apenas um capricho, uma bizarria, uma mania de ser diferente. Escolher navegar o Mekong implica entrar na órbita de algumas das preciosidades culturais e paisagísticas do Sudeste Asiático. A questão não é: “para quê navegar o Mekong?”; mas sim, “porque não o fazer já que estou nas suas margens?” Qualquer manual das cem coisas que tens que fazer antes de morrer, qualquer top-ten das atrações asiáticas, te dirá: não percas os templos de Angkor, a cidade iluminada de Luang Prabang, as cataratas de Khone, as capitais de Phnom Penh e Saigão, o delta. Todas elas estão ao pé do Mekong.
E se o manual for afinal de duzentas coisas, e a lista for top twenty, então encontras mais umas quantas: o obscuro templo de Wat Puh, o arquipélago das 4000 ilhas, as grutas de Pak Ou, a vibrante pequena capital do Laos, Vientiane, as cidades pacatas de Paksè, Huay Xay, Battambang, as aldeias flutuantes do lago Tonlé Sap, os mercados flutuantes de Chai Doc e Cantho.
E se o manual incluir a minha lista, então estará lá a experiência irrepetível dos crepúsculos a bordo de um cruzeiro no Mekong, um café numa esplanada em Siem Reap, uma cerveja na praia de Phu Quoc. Todas estas etapas obrigatórias, estas listas imprescindíveis estão ligadas por um fio condutor, por uma lógica geográfica: o rio Mekong. Navega esse mistério líquido, vence o paradoxo francês, escreve a tua lista.
[2] Rio acima ou rio abaixo?
Segue uma descrição das várias possibilidades de navegação do mighty Mekong. Escolhi avançar de jusante para montante mas claro que o percurso inverso é igualmente exequível, e seria difícil concluir qual dos sentidos tem mais vantagens ou mais complicações.
Ainda por cima, estamos a falar de uma experiência intermitente, de trajetos independentes entre si, logo cada trajeto permite o seu próprio sentido de marcha. Tanto posso viajar desde Luang Prabang para Huay Xai como o oposto.
Mas por vezes, certas condicionantes terão que ser tomadas em conta: para entrares no Vietname precisas de obter antecipadamente um visto num consulado vietnamita; pelo contrário, para visitar o Camboja, podes obter o visto no posto de fronteira. Logo, fará mais sentido começares do Vietname vindo da Europa e continuar para o Camboja rio acima; do que fazer o inverso para todos os efeitos, terás sempre que te preocupar com o visto do Vietname com antecedência (para mais informações vê o guia prático na última página).
Por outro lado ainda, estamos a falar de um projeto que toca vários países separados por centenas de quilómetros, o que permite supor várias experiências de navegação repartidas por várias deslocações ao Sudeste Asiático. Ou seja, não é suposto fazer todas estas etapas numa mesma viagem, como se fosse esse o objetivo, a essência da própria viagem. Mas se for, porque não?
[3] Explorando o Delta
Encontramo-nos num dos pontos do planeta onde o arroz cresce mais e melhor. Civilizações ao longo dos milénios disputaram o delta do Mekong como se o paraíso na Terra se situasse aqui. E se calhar é essa a impressão que vais ter depois de passares uns dias no delta. Não existe propriamente um curso central, o Mekong divide-se e reparte-se para conseguir desaguar no mar, portanto a paisagem desmultiplica-se e esvai-se em canais, campos de arroz, planícies semi-inundadas, povoações lacustres e casas com um alicerce em terra e outro na água.
A partir de Saigão podes facilmente chegar de autocarro público ou em tour privado às principais localidades da região do delta, que são Mytho, Vinh Long e Cantho. Daqui arranjas facilmente barqueiros que levam turistas a navegar o Mekong, em cruzeiros que podem ser decididos à tua medida, quer o percurso, quer o tempo. Conta com cerca de dez euros por hora por embarcação.
Naturalmente, convém-te organizar um grupo para dividir o custo. Entre as várias atrações destes cruzeiros, incluem-se os mercados flutuantes, as povoações de pescadores, os viveiros de peixe e a paisagem. As possibilidades são muitas, a decisão é tua. Ultima sugestão: ainda na região do delta, mas mudando completamente de atmosfera cultural, encontra-se a ilha de Phu Quoc: praias brancas, palmeiras ondulantes, mar quente e azul. Mudaste de planeta.
[4] Cruzando a fronteira: de Saigão a Phnom Penh
Em Phnom Penh existe um lugar chamado Chattomukh que significa “quatro faces”.
É aqui que o curso superior do Mekong recebe as águas do Tonle e logo se desdobra em dois canais, o Bassac e o Mekong propriamente dito. Ou seja, não é por acaso que existe a capital do Camboja.
Existe onde o Mekong lhe indicou que ali tinha a sua razão de ser. Não foi pela beleza do encontro das águas, mas pelo que ele representa em termos económicos, biológicos, religiosos. Para nós, interessa saber que o rio Mekong permite uma interessante ligação desde o Vietname até Phnom Penh pelo braço do rio Bassac. O ponto de partida (ou de chegada, recorda-te que podes viajar no sentido que te for mais conveniente) deste cruzamento de fronteiras é a cidadezinha de Doc Chau, no Vietname.
Não tenhas pressa em partir de Doc Chau (a cerca de cinco horas de autocarro de Saigão), pacata e amigável com a sua praça central que recorda qualquer coisa de latino (o sul da França, talvez), um animado mercado alimentar que te permitirá algumas das fotos mais exóticas da tua viagem (visita a secção das cobras vivas) e uma pitoresca marginal fluvial onde converge toda a vida durante a manhã cedo. Podes visitar o mercado flutuante e os viveiros de peixe num par de horas, sem teres que te preocupar em procurar um guia ou um barqueiro: eles vêm ter contigo.
A viagem para Phnom Penh demora cerca de 8 horas, e a embarcação para no posto de fronteira para as formalidades migratórias. A chegada à capital do Camboja, o desembarque na marginal elegante e cosmopolita, transporta-te a um tempo antigo em que funcionários coloniais, mercadores chineses, senhoras de sombrinha e servos cabisbaixos utilizavam a Compagnie des Messageries Fluviales para, em 32 horas, viajarem entre Saigão e Phnom Penh. Agora é a tua vez: chegaste à “Pérola da Ásia”. O nome está obsoleto, a pouca opulência e qualidade de vida flutuam num mar de miséria generalizada, mas a joia asiática que antes estava à vista de todos aninha-se agora na discreta capacidade evocativa do teu olhar.
[5] Ao encontro de Angkor
Tal como Phnom Penh, também Angkor existe por causa do Mekong. Mas aqui a razão deste imperativo é mais complicada. Quando por volta do século XVIII o povo Khmer começou a descer o Mekong desde a moderna região de Champasak, no Laos, os contactos comerciais com as populações a jusante estavam já afirmados.
Ou seja, os Khmer sabiam ao que vinham. Sabiam da existência de um Grande Lago, cujas águas alimentavam o rio Tonlé, que por sua vez alimentava o Mekong. Mas um extraordinário fenómeno verificava-se, e ainda hoje se verifica, neste curso de água. Durante parte do ano o Tonlé inverte o curso e desagua no Grande Lago.
Com efeito, durante os meses do fim da monção, o caudal do Mekong é tão impetuoso e desmedido que não só não permite que o seu afluente Tonlé desague nesse encontro das águas que deu origem a Phnom Penh, como chega mesmo a empurrar o rio para trás, de volta ao lago de onde nasceu. Esta curiosa inversão é tão fertilizante, tão rejuvenescedora, que faz do Grande Lago a principal fonte de peixe e arroz do Camboja. A isto vieram os Khmer: à abundância de alimentos, à vida fácil nas margens do Grande Lago. A generosidade bruta e infalivelmente cíclica do Mekong permitiu Angkor, a lendária cidade de templos, stupas, torres, baixos-relevos e selva impenetrável, uma das maravilhas arqueológicas do mundo.
A cidade e o império atingiram o apogeu por volta do século XII, época da construção do templo de Angkor Wat, ainda hoje a maior estrutura religiosa do mundo. E no século XV, tal como todos os organismos vivos deste planeta que têm como único destino certo a sua própria morte também o império Angkor acabou por desaparecer, diluindo-se, fraturando-se, vencido, exausto.
Um dos lugares culturais mais visitados do mundo, Angkor encontra-se a sete quilómetros de Siem Reap, a moderna cidade que contém as infraestruturas turísticas de apoio: hotéis, restaurantes, tour operators, aeroporto, central de autocarros, etc… No teu caso, interessa-te o cais de desembarque dos passageiros fluviais. Tens duas possibilidades.
A primeira, mais banal, consiste em dar uma voltinha pelo lago com visita às aldeias flutuantes das margens (que na realidade merecem ser vistas por conta própria e não num tour do lago); a segunda possibilidade e essa, sim, tem a ver contigo é a de viajar desde Phnom Penh pelo rio Tonlé acima, um percurso de cerca de 8 horas que não é dos mais cómodos nem dos mais honestos na relação qualidade-preço, mas que acrescenta mais um ponto ao longo conto que tens vindo a contar Mekong acima.
[6] Quatro mil ilhas e uma catarata
Escreve Milton Osborne, no livro Mekong – Turbulent Past, Uncertain Future que “no final dos anos 30 demorava mais tempo navegar pelo Mekong desde Saigão (Vietname) até Luang Prabang (Laos) que navegar desde Saigão até Marselha”. Vários obstáculos se opunham ao trânsito fluvial, mas o mais formidável de todos era o espetacular salto de águas das cataratas de Khone.
Não por acaso, esta barreira intransponível marca também a fronteira entre o Camboja e o Laos, e é neste país que retomamos a navegação do Mekong.
Imediatamente acima das cataratas encontra-se um dos destinos menos badalados do Sudeste Asiático, uma daquelas pérolas da geografia que merecem ser vistas rapidamente antes que cheguem as massas: o arquipélago de Si Phan Don, que significa “quatro mil ilhas”.
Talvez “quatro mil” seja um número exagerado para esta coleção de pedacinhos de terra firme na corrente do Mekong. Para todos os efeitos, nas ilhas de Don Khong, Don Det e Don Khon concentramse as infraestruturas turísticas da zona. Podes visitar as cataratas e explorar a linha de comboio que os franceses construíram, na sua obstinação em fazer do rio uma via comercial e que servia para transportar mercadorias e passageiros, ao redor das cataratas, desde um navio a jusante até um a montante.
Mas as atividades fluviais são as que aqui interessam mencionar: observação da rara espécie de golfinhos do Mekong, kayak e rafting, ou simplesmente ir visitando o arquipélago num ritmo lento, numa das omnipresentes pirogas para alugar.
A existência de duas estradas, uma em cada margem, até Pakse, o principal centro urbano do sul do Laos, torna obsoleto o transporte fluvial de passageiros, mas aconselho-te vivamente um cruzeiro turístico que uma vez por semana liga o arquipélago a essa cidade (vê o guia prático). Serão três dias de serenidade oriental, com direito a visitas guiadas às importantes ruínas de Wat Phu, antepassadas de Angkor, e ao templo de Oum Muong, fantasma silencioso de um passado ainda por decifrar.
A alternativa económica a esta sugestão consiste em viajar de autocarro desde Pakse até Wat Phu pela margem oeste do Mekong, atravessar no ferry regular para Ban Muang, retomando então o autocarro até às 4 mil ilhas, agora na margem leste. Se for este o caso, assegura-te que também aqui estarás bem posicionado em cada fim da tarde, para assistires a um dos melhores poentes da tua vida.
[7] A cidade encantada
E nestes mesmos nove dias, nós os Portugueses, com licença do Embaixador fomos ver algumas cosas que a gente da terra nos tinha gabado, de edifícios antigos, templos sumptuosos & ricos, quintais, castellos, & casas que estavam ao longo deste rio feitas por hum estranho modo de fortaleza & custo grandíssimo…”. Assim descreve Fernão Mendes Pinto a sua passagem por Luang Prabang.
Para um viajante que dedicou duas décadas a percorrer o Oriente, e que viu tudo o que um ocidental nunca vira ou jamais sonhara, a sua descrição entusiasmada revela a riqueza e a monumentalidade da antiga capital do Laos.
O estatuto de prima-dona do reino iria terminar com a tomada de poder pelos comunistas, que aboliriam a monarquia e mudariam a capital para Vientiane. Uma sorte para nós, pois a modernidade, o progresso, o crescimento e a especulação imobiliária passaram ao lado de Luang Prabang.
Vais precisar de alguns dias para visitar esta joia da Humanidade segundo a Unesco, portanto não tenhas pressa de continuar a subir o Mekong. Aluga uma bicicleta e perde-te no emaranhado de ruelas, reencontra-te no silêncio dos templos, passa um dia pasmado nas grutas budistas de Pak Ou, que o teu compatriota Mendes Pinto chamou de Lapa dos Penitentes, e em cada novo crepúsculo muda de esplanada nesta cidade que é como a proa de um navio sobre o encontro dos rios Nam Khan e Mekong.
Poderás então embarcar-te num slow boat para os dois dias de viagem rio acima até à fronteira da Tailândia, uma das odisseias fluviais mais gratificantes de toda a Ásia. A embarcação para ao final do primeiro dia na aldeiazinha de Pak Beng, onde não terás tempo de procurar um hotel: eles encontram-te. No cais, dezenas de jovens com brochuras de hotéis tentarão convencer-te a segui-los. Segue-os. A paisagem ao longo destes dois dias que separam Luang Prabang de Huay Xay transforma-se sempre, é por vezes humana, por vezes infernal, mas nunca monótona.
Huay Xay é uma agradável aldeola de fronteira debruçada sobre a velocidade serena e pardacenta do Mekong. Na outra margem, a aldeola de Chiang Khong é já a Tailândia. Será talvez tão agradável e mais desenvolvida do que Huay Xay, mas não tem o pôr do Sol a seu favor. Se tens que dormir aqui, dorme do lado do Laos e, se o teu destino é a Tailândia, atravessa na manhã seguinte. Para todos os efeitos, podes despedir-te aqui do Mekong. O melhor que ele tinha para dar, já tu o recolheste com as mãos em concha.
[8] Rio acima
Muito bem, queres continuar ainda um pouco mais. A derradeira possibilidade de navegares o Mekong, uma que eu próprio nunca tentei, é a de embarcares na Tailândia e seguires para a China através do pedacinho de rio que pertence à Birmânia. Tranquilo, não precisas de nenhum visto para o país dos generais, nem sequer te dão a possibilidade de desembarcar em território birmanês. A embarcação sai três vezes por semana e demora nove horas de viagem non-stop desde Chiang Saen, na Tailândia, até Jinghóng, na China ou, para sermos mais corretos, no Yunnan, essa província “para lá das nuvens” que sempre constituiu uma entidade aparte dentro do Império do Meio. Chegaste, na minha opinião, ao lugar mais bonito da China. Agora, desembarca, sacode a humidade, põe a mochila às costas. Tens a curiosidade em ebulição. Tens Dali, a mais bem preservada das cidades medievais chinesas. Tens Lijiang, que nem um terramoto conseguiu destruir-lhe a beleza dos lugares Unesco. Tens a Garganta do Tigre que Salta, o mais fabuloso percurso de trekking do Extremo-Oriente. Tens Shangri-la, que é a evocação de todo o exotismo do mundo. Chegarás talvez ao Tibete, ao coração dos Himalaias. Onde o rio é, por fim, apenas uma memória. Aliás, várias memórias: as tuas.
VISTOS
Laos: Obtém-se na fronteira. Precisas de uma foto tipo passaporte e de trinta dólares. Leva mais um par de dólares para eventuais “taxas” que por vezes o funcionário da migração te tentará extorquir.
Camboja: Obtém-se na fronteira. Leva uma foto tipo passaporte. Custa 20 dólares, mas vão tentar extorquir-te mais uns trocos.
China: Tratar em Portugal, na embaixada da China, antes de viajares.
Tailândia: nenhum visto
Vietname: Terá que pedir um visto antes de chegar ao país, se vieres de um dos países asiáticos pede o visto no consulado mais perto (em Kunming, na China, é muito fácil, assim como em Phnom Penh e Banguecoque). 30 Usd. A partir de Portugal terás que tratar do visto na net ou através da embaixada do Vietname em Paris.
CRUZEIROS
Vat Phu Cruises: Navega entre Pakse e Si Phan Don, Laos.
Luang Say: Navega entre Luang Prabang e Huay Xay, Laos.
Compagnie Fluviale du Mekong: Navega entre Saigão e Angkor, e outras rotas no Camboja e Vietname.
LIVROS
“Mekong – Turbulent Past, Uncertain Future“, Milton Osborne (Allen & Unwin)
“The Living Mekong” Joe Garrison, Delia Paul (Silkworm Books)
“The Greater Mekong“, Nick Ray (Lonely Planet)