DEVE SABER:
Formalidades de entrada – É necessário passaporte em dia, com validade de seis meses. Os portadores de passaporte português estão isentos de visto para estadias não superiores a 21 dias. Para solicitar outro tipo de visto, contacte o Consulado Honorário das Filipinas em Lisboa (213 531 502).
Quando ir – A melhor época é de Dezembro a Maio, que coincide com a época baixa dos tufões. Durante estes meses, as precipitações são escassas e as temperaturas agradáveis. Entre Março e Abril, os famosos campos de arroz de Luzon revelam-se no máximo do seu esplendor.
Idiomas – A língua oficial é o filipino, um idioma baseado fundamentalmente no tagalo, mas que incorpora elementos de outras línguas do país. O inglês continua a ser a língua administrativa, muito utilizado nos serviços e centros turísticos.
Moeda – A moeda oficial é o peso filipino (p), que se divide em 100 centavos (€ 1 equivale a 67 pesos). O euro e o dólar trocam-se com facilidade.
Precauções sanitárias – Exige-se um certificado de vacinação contra a febre amarela para pessoas oriundas de zonas afectadas. É aconselhável a vacina contra as hepatites A e B e contra o tétano. Fora das zonas urbanas e das planícies existe risco de paludismo abaixo dos 600 metros de altitude. É importante não beber água que não esteja engarrafada e a fruta deve ser comida descascada.
A rede de saúde é deficiente, pelo que o viajante deverá fazer um seguro cuja apólice englobe a assistência hospitalar (os tratamentos médicos são muito caros) e o repatriamento.
VER:
ILHA DE LUZON
Manila – Antes de partir para o Norte de Luzon, aconselhamos uma visita rápida pela capital. Destaque para a Catedral de Manila, classificada Património da Humanidade pela Unesco, e o parque Rizal, local ideal para passeios.
Banaue – Os “terraços de arroz” de Banaue são Património da Humanidade, para muitos considerados a 8.ª Maravilha do Mundo. As melhores vistas obtêm-se de Viewpoint (quatro horas de subida intensa e três de descida). Na cidade de Banaue, merece uma vista o museu, que alberga uma colecção de peças antigas relacionadas com a cultura ifugao.
Sagada – Esta cidade encravada nas montanhas é famosa por conservar antigos rituais funerários dos igorot. Os caixões pendurados no vale do Eco e as grutas de Lumiang ou Sumaging são o seu principal atractivo, mas as cascatas de Bokong e os campos de arroz das planícies também merecem uma visita.
Vigan – Património da Humanidade, é, possivelmente, a cidade mais antiga do arquipélago das Filipinas. Situada a 408 quilómetros de Manila, quando o rio Gobantes desagua no mar do Sul da China, é uma das vilas coloniais espanholas mais bem conservadas de toda a Ásia. A sua arquitectura é uma mistura singular das culturas espanhola, filipina e chinesa.
ILHA DE BORACAY
White Beach – A ilha de Boracay é famosa pelas suas idílicas praias de areia branca. A mais conhecida e turística é White Beach, que abarca 4 quilómetros de costa. Durante o dia, pode praticar-se todo o tipo de actividades aquáticas e, à noite, enche-se de festa. A praia Bulabog é o paraíso dos surfistas.
ILHA DE PALAWAN
Sabang – No fim do Parque Nacional de Puerto Princesa, declarado Património da Humanidade em 1999 pela diversidade do seu ecossistema e por ter um dos maiores rios subterrâneos navegáveis do mundo.
Taytay – Antiga cidade colonial, com várias igrejas e um forte de madeira do século XVII.
El Nido – Pequena e tranquila povoação do Norte de Palawan. Daqui organizam-se excursões para explorar o arquipélago Bacuit; algumas ilhas são desertas, enquanto outras albergam belos lagos e grutas.
ILHA DE BOHOL
Montanhas de Chocolate – Ao todo, são 1 268 montanhas de uma singular forma arredondada que mudam de cor segundo a época do ano, passando do verde ao tom chocolate. Do miradouro de Cármen, obtém-se uma boa vista aérea.
Tarsier Visitors Centre – Selva vedada, onde pode observar-se o társio, o mais pequeno primata do planeta, no seu habitat natural.
Baclayon – Nesta localidade, a 6 quilómetros de Tagbilaran, encontra-se uma das igrejas mais antigas do país, construída em 1595 por jesuítas espanhóis.
DORMIR:
EM LUZON
Hotel Manila – Parque Rizal, Manila. Um dos hotéis mais prestigiados da capital.
Hotel Intramuros de Manila – Praça San Luis, Potenciana, Manila. Instalado numa antiga casa colonial do século XVIII.
Banaue Hotel – A melhor opção em Banaue, a cinco minutos da cidade. Os seus ambientes recordam cenas do filme The Shining.
Native Vilage Inn – A 45 quilómetros de Banaue, na direcção Hapao. São sete casas tradicionais ifugao, com esplêndida vista para os campos de arroz.
Sagada Gueshouse – No centro de Sagada. Quartos espaçosos e boa relação qualidade preço.
Grandpa’s Inn – Bonifacio St, 1. Vigan. Camas feitas no interior de um carro antigo; com ar condicionado.
Villa Angela – Quirino Boulevard, 26. Vigan. Quartos decorados ao mais puro estilo colonial.
EM BORACAY
Hotel Villa de Oro Resort White Beach, entre os cais 2 e 3. Vários bungalows de madeira, entre palmeiras, frente ao mar.
Pearl of the Pacific – White Beach, cais 1. Quartos luxuosos em cabanas de bambu.
White Beach Terraces Resort – A Norte do cais 1, em White Beach. Tranquilo, e com vistas fantásticas.
EM PALAWAN
Bachelor’s Inn – Estrada Palay, Puerto Princesa. Situado a uns quilómetros a sul da cidade, numa zona muito tranquila.
Mary’s Beach Resort – Na praia de Sabang. Com cabanas viradas para o mar. A melhor opção nesta zona.
EM BOHOL
Nuts Huts – Em Loboc, perto do caudal do rio. Cabanas de bambu, em plena natureza. Ambiente tranquilo e uma deliciosa comida euro-asiática.
Villa Alzhun Tourist Inn and Restaurant – Rua Inting, Tagbilaran. Alojamento ao estilo colonial, com excelentes vistas, piscina, Spa e restaurante.
Bohol Tropics Resort – Avenida Graham. Tagbilaran. Um dos melhores complexos hoteleiros da zona. Com três piscinas, três restaurantes e várias lojas.
COMER:
O arroz está presente em quase todos os pratos filipinos e prepara-se de várias maneiras, como sobremesa ou prato principal. A influência da cozinha espanhola é evidente nos guisados, sempre com um toque do exotismo chinês e dos seus antepassados malaios. Os pratos europeus partilham protagonismo com os pratos tradicionais feitos à base de peixe, marisco, porco e leitão. O prato nacional é o leitão recheado de papaia e folhas de tamarindo e assado na brasa. Ainda que a cozinha filipina seja a menos condimentada de toda a Ásia, a pimenta, o alho e o gengibre são especiarias habituais.
Por ser um país essencialmente marítimo, o marisco tem um papel primordial na gastronomia. Destacam-se os camarões, a lagosta da pedra, os caranguejos, as ostras e as lulas, quase sempre preparados na grelha. Existem alguns restaurantes situados perto dos mercados que cozinham o marisco previamente comprado fresco. A sobremesa por excelência é o halo-halo, uma mistura de coco, gelo e gelado de leite. Entre as frutas, recomendamos a manga doce, que se serve acompanhada de gelo picado.
NA REDE:
www.tourism.gov.ph Página oficial do Turismo das Filipinas. Muito completa.
www.gov.ph Página oficial da República das Filipinas.
www.philtravelcenter.com Principais destinos turísticos e hotéis.
www.philippines.hvu.nl Vasta informação sobre o arquipélago. Inclui uma secção dedicada ao turismo.
www.ifugaos.org Todas as notícias relacionadas com os ifugao.
LER:
The Rough Guide to The Philippines – A história e cultura do país e os seus principais atractivos turísticos. Informação útil e conselhos onde ficar, comer, o que ver e comprar. Na Amazon.
Lonely Planet Philippines – Toda a diversidade e beleza do país, num guia prático e muito completo. Inclui cerca de 100 mapas e um capítulo dedicado à linguagem local. Na Amazon e na Fnac.
CURIOSIDADE: No reino das compras
As Filipinas são um verdadeiro paraíso para as compras, já que se costumam conseguir excelentes produtos a preços de saldo. Artigos feitos à mão, como cestos ou jarrões, estão presentes em todos os mercados. Também abundam os bordados em ponto cruz e os tradicionais barong tagalog, o traje nacional confeccionado com fibra de banana e ananás. Os móveis filipinos, em madeira talhada, vime ou bambu, são famosos em todo o mundo.
Em Banaue, existe um amplo mercado de souvenirs, feitos no próprio local, a preços muito mais baratos do que na capital.
Publicado na edição número 23 da revista “Rotas do Mundo” de Fevereiro de 2007