Mafalda Anjos
Aqui me despeço. Editorial de Mafalda Anjos
Tenho a certeza de que esta equipa vai continuar na luta e na defesa dos seus valores, que vêm desde 1993 – isenção, rigor, qualidade, independência
O erro de Costa. Editorial de Mafalda Anjos
António Costa tem, neste momento, dois alvos e um desígnio. Os alvos são evidentes: o Presidente da República e o principal partido da oposição. O desígnio é marcar um bom legado
Eu vi o futuro e era tenebroso
O Homem é capaz do melhor, mas, sobretudo, do pior, nestes tempos de leveza e estupidificação, e por isso nenhum desfecho destes me parece totalmente inverosímil
Palavras, promessas e forças centrípetas
Já se sabe que anunciar medidas e fazer promessas tem de ser gerido com cautelas, porque cria um problema de credibilidade em vez de atrair eleitores, mas nesta altura do campeonato não se olha a meios. As contas virão mais tarde
A tragédia espanhola, ou como vender a alma ao diabo
Sánchez, que ficou em segundo lugar nas eleições gerais, corre riscos de ganhar o governo, mas perder o país
Um minuto de silêncio pela imagem das instituições
Ficou à vista de todos o estado a que chegou a Justiça-espetáculo, que detém suspeitos à frente dos filhos, que durante seis dias prende pessoas para interrogar que acabam por não ficar em prisão preventiva, que revela fragilidades, lapsos e erros
Portuguesas e portugueses, bem-vindos ao pântano
O maior beneficiado é André Ventura, claro está, que nem por encomenda poderia ter um desfecho mais favorável aos seus intentos
O dia seguinte
Às lideranças internacionais responsáveis cabe agora tirar lições do passado, da invasão do Iraque, e insistir que se trace um plano realista para depois da guerra
O regresso do antissemitismo
Muitos, que arquivaram as histórias da Inquisição, da Segunda Guerra Mundial e do Babi Yar num passado que lhes parecia longínquo, dizem que, pela primeira vez, passaram a sentir medo das suas origens e da sua fé. Algo que nunca imaginariam que fosse possível
Israel e palestinos: a tragédia deles e o nosso desnorte
Ficou escancarada a absoluta incapacidade de a União Europeia conduzir uma política externa com o mínimo de coerência. As primeiras horas mostraram um nível embaraçoso de descoordenação e de desorientação
PSD, laranja amarga
Luís Montenegro critica o caminho escolhido, mas mostra um vazio de alternativas. Falta uma visão clara para o País, que entusiasme e galvanize
E se se acabar a paciência extraordinária?
Por mais amor que tenham à profissão e até ao SNS, os profissionais de saúde não são voluntários – são trabalhadores
Anatomia do engodo político
Nestes tempos de pós-verdade, os factos são, por alguns políticos, contorcidos de mil formas e intenções publicamente declaradas têm o prazo de validade de um gelado a derreter ao sol
Inflação: matar o tumor, sem odiar o médico
A inflação é como um tumor num organismo: há poucos fenómenos mais social e economicamente disruptivos. E debelá-la custa muito
OK boomer…
Os jovens sentem que os políticos mais velhos não falam para eles, não os entendem e não estão realmente preocupados em resolver os seus problemas
A educação e o elevador social encravado
Deve ser esta a função primordial da escola pública: servir de elevador social. E, assim, através da educação, corrigir desigualdades sociais e criar uma sociedade mais justa. O problema é quando o elevador encrava. Vivemos, parece-me, um desses momentos, e quando é mais importante que ele funcione
A Presidência e os candidatos do tipo “vai bem com tudo”
Marques Mendes e Mário Centeno partilham, como eventuais candidatos à Presidência, uma vantagem: a possibilidade de apanhar uma boa fatia do eleitorado ao centro
Marcelo, o líder da oposição fofinha
Confirmar o Mais Habitação sem alterações é sintoma de um azedar de relações e de uma notória “absolutite aguda”
Dois abre-olhos
O resultado das eleições espanholas devia fazer abrir a pestana das lideranças do PSD: a demarcação clara do Chega, sem rodriguinhos nem cartas na manga, tem de ser feita
A reconciliação é uma miragem
Em vez do anunciado “Governo que resolva problemas e crie oportunidades”, a imagem que fica é a de um Governo que cria problemas e falha oportunidades, e que só é salvo pelas Finanças e pela Economia
A degradação do ambiente político
Nas dinâmicas contemporâneas do espaço público, a moderação e a reflexão são ativos, mais do que subvalorizados, dispensáveis. Uma opinião fácil, extremada, julgadora, cabalística e, na maior parte das vezes, irresponsável tem mais tração